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O que está por trás dos vícios

Atualizado dia 3/30/2015 10:46:47 PM em Autoconhecimento
por Isha Judd


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Quando pensamos na palavra vício, costumamos pensar nas drogas ou no alcoolismo. Muitos de nós podemos pensar que não somos viciados em nada, mas a sociedade moderna em general está cheia de comportamentos viciados. Tudo o que usamos para nos distrair de nós mesmos é uma forma de vício. De fato, todos os vícios se derivam da necessidade de se afastar do que se sente, para adormecer a dor, o vazio, a desilusão. Talvez o uso da televisão ou da internet para sair de nós mesmos. Talvez abrir a geladeira ou acender um cigarro a cada vez que se sente ansioso. A forma do vício pode variar, segundo o nível de obsessão, mas o sentimento interno de descontentamento é a raiz de todo comportamento viciado.

A razão de termos tanta dificuldade para estarmos conosco é que perdemos de vista nossa verdadeira essência, o que eu chamo amor-consciência. O amor-consciência é a experiência da absoluta liberdade e a alegria que se encontra dentro de cada um, mas que devido a todas as coisas que temos passado em nossas vidas, jaz oculto. Encontra-se embaixo das camadas de dúvidas, de ressentimento e frustração acumulados através das decepções e traumas de toda uma vida. Não se foram a outro lugar, só nos distraímos, tão acostumados a olhar para fora de nós mesmos em busca de nossa satisfação que nos esquecemos onde encontrá-lo.

A maioria de nós não gosta de estar conosco mesmos nem sabemos como consegui-lo, mas para começar é necessário aceitar nossas partes que rejeitamos como o ressentimento, os ciúmes, a ira, a vergonha, e descobriremos a verdadeira força que emergirá ao abraçar-nos assim, o poder da vulnerabilidade. Achamos que a vulnerabilidade é fraqueza; convido-lhe a encontrar seu poder e fortaleza; convido-lhe a sentir a potência do amor por si mesmo.

É difícil estarmos conosco, isto é algo que desde pequenos não aprendemos, mas aprendemos o contrário, ir sempre para outro lugar ou para as outras pessoas. Quando somos pequenos se choramos nos dão chupeta ou nos dão de comer e assim tampam a boca, calam nossa expressão. Se estamos tristes ou chateados nos compram ou presenteiam algo para que estejamos alegres, isto começa a programar o consumo de qualquer coisa para gratificar, para mudar o estado anímico, para não sentir o que acontece dentro e pouco a pouco nos desligamos, focados só na ação externa do consumir, já seja fumando, comendo, comprando ou fazendo.

Esta ação está nos levando sempre a um momento futuro em que queremos conseguir um efeito diferente ao do momento presente, é sempre um bilhete para fugir deste momento, e geralmente vem acompanhado por uma briga interna. Esta briga diz: não gosto disto, não gosto como sou, quando ele faz isso me deixa sentindo isto e não se importa comigo, não sou suficiente, não me amava por isso me abandonou, se eu lhe tivesse importado, blá blá blá; ao redor destas ou de outras coisas pode ser que seja o discurso permanente de nosso intelecto, nosso sentir se torna mais e mais confuso e assim nos afundamos em algo que não tem saída. Geralmente este é o panorama que precede a ação de consumir, de ir buscar, de acender, de ingerir, de comprar, de conquistar, para não sentir esse tipo de coisa e demonstrar o contrário ou preencher a insatisfação. Todos sabemos que dura pouquinho essa ilusória satisfação, pois para realmente curar e mudar este mecanismo autodestrutivo temos que encontrar a raiz, e arrancá-la.

O ponto em comum que tem todos estes aspectos é a falta de amor, falta de amor por si mesmo que desesperadamente busca que algo ou alguém mais lhe brinde. Então, temos que encontrar esse lugar de amar-nos e em vez de escapar-nos a buscar um consolo, abraçar o que não gostamos de nós mesmos com amor e assim dar o primeiro passo de mudança. Se não sabemos ou não aceitamos o que acontece em nós, não podemos mudá-lo. Se não olhamos para dentro e sempre culpamos o lado de fora, não podemos sair do lugar de vítimas dos outros ou do externo. Quando começamos a olhar para dentro nos dizendo um sim, abraçando o que seja que encontremos, começamos a dar os primeiros passos para encontrar e experimentar o poder pessoal que jaz no centro de nós mesmos quando vibramos no amor incondicional. Este poder transformador pinta de alegria, de paz e de regozijo tudo, pois é amor, e quando vamos curando essas raízes que geram sofrimento, desfrutamos este resultado que nos guia permanentemente em nossa evolução.

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Conteúdo desenvolvido por: Isha Judd   
Isha é mestra espiritual reconhecida internacionalmente como embaixadora da paz. Criou um Sistema para a expansão da consciência que permite a auto-cura do corpo, da mente e das emoções. Site oficial www.ishajudd.com
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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