O respeito pela vida
Autor Leandro José Severgnini
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 23/04/2016 18:25:04
A solução de muitos problemas encontrados na era atual pode ser solucionada com um sentimento simples: o respeito e a reverência à vida. São tantas coisas que precisam ser mudadas: a corrupção política e econômica, a exploração religiosa e o “mercado da fé”, a luta pela igualdade de direitos, os desmatamentos promovidos pela ganância, a exploração indiscriminada dos recursos naturais, a intolerância política, religiosa e esportiva, as carências no sistema educacional, o uso de drogas lícitas ou ilícitas, etc... Todas essas questões poderiam ser resolvidas ou, pelo menos amenizadas se os seus agentes tivessem aprendido desde cedo o quão a vida é preciosa.
Quando digo que a vida é preciosa, não me refiro ao fator puramente existencial de um ou outro indivíduo, me refiro à vida em seu aspecto transcendental, coletivo e, ao mesmo tempo, unitivo e holístico. A vida é magnânima! A vida, por si só, é um fenômeno indivisível, portanto, incorre em erro quem julga que exista vida mais importante do que outras. Jovens se debatem em prantos quando seu ídolo do rock morre, mas aqueles que choram pela vida de um cãozinho são taxados de insanos. Onde está o amor e a reverência pela vida?
Repito: a maioria dos problemas que a humanidade encontra seriam resolvidos se todos aprendessem a amar a vida e suas manifestações. Vamos voltar um pouco ao passado e relembrar alguns eventos, por exemplo, as cruzadas religiosas, a “Santa Inquisição”, as guerras fratricidas da Idade Média, as recentes guerras mundiais e ataques terroristas, o evento da escravatura, as sangrentas disputas territoriais, a opressão sobre as mulheres, negros e gays, as fúnebres “revoluções” políticas... Pergunto: algum desses eventos teria acontecido se o ser humano olhasse a vida com mais amor? Algum político conseguiria ser corrupto se ele amasse a vida a ponto de ter consciência que a sua ação corrupta e egoísta prejudicaria a vida de alguém? Alguém conseguiria escravizar outro humano se seus olhos pudessem ver a criatura divina que lá habita? Alguém seria capaz de intoxicar o seu organismo com algum tipo de droga, apenas por uma sensação momentânea, se tivesse consciência do grandioso esforço que a vida opera em cada célula para nos manter respirando?
É por isso que o panorama existencial não nos agrada. Pouquíssimos amam a vida, pouquíssimos amam a si próprio e ao próximo e pouquíssimos fazem o devido esforço para sair da condição tendenciosamente egoísta em que se encontram para colocar em suas consciências o ensinamento do “Vós sóis deuses”.
A nossa vida não vai mudar se nós não mudarmos. O planeta não vai se tornar um paraíso se não deixarmos de olhar para o nosso próprio umbigo e agirmos mais em favor da coletividade. Precisamos eliminar a infrutífera tendência de apontarmos os defeitos do mundo sem perceber que eu sempre tenho a minha quota de participação. Antes de querer que o mundo mude, é preciso que eu me pergunte “o que eu posso fazer para tornar o mundo um lugar melhor?”. É certo que poucos tem a seu favor a possibilidade de mudar o mundo em grande escala, mas sempre compete a cada um fazer tudo aquilo que está ao seu alcance, em favor do próximo, em favor da vida, em favor do Grande Plano Cósmico chamado AMOR!
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Palestrante espiritualista e escritor. Autor dos livros intitulados "Dias de Luta, Dias de Glória", "Liberdade - Nada Menos Que Tudo" e "Em busca do infinito". E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |
