O retorno ao ser
Atualizado dia 8/12/2020 9:24:13 AM em Autoconhecimentopor Rodrigo Durante
Os hábitos que há muito tempo alimentamos como modo de funcionar na vida transformaram a maneira como percebemos a nós mesmos e aproveitamos nosso tempo aqui. Vivendo sempre tensos em busca de resultados e preocupados com o pior que pode acontecer, até nossos momentos de distração foram reduzidos apenas a oportunidades de extravasarmos emoções reprimidas, desconfortos e mal-estares acumulados, infelizmente muitas vezes também de forma desequilibrada e insalubre.
Com a justificativa de que "as coisas são assim e temos que dançar conforme a música", nos desviamos radicalmente do nosso estado mais natural de ser, da paz, plenitude e alegria características do ser humano. Por uma sucessão de escolhas rumo ao desequilibrado e ao artificial, nos programamos a viver e alimentar um sistema que se tornou prejudicial não só a nós mesmos, mas a todo o planeta, sem atentarmos ao fato de que somos nós que controlamos tudo, que não há ninguém além de nós mesmos nos dizendo qual música devemos dançar.
O foco no externo, na busca por segurança, preenchimento, felicidade e realização fora de nós, nos cega para a percepção tão fácil e natural do silêncio e contentamento que já existe em nós mesmos. Cada momento em si é completo e perfeito, mas só percebemos isso quando reconhecemos primeiramente a completude e perfeição dentro de nós. Assim, em meio a tantas insatisfações e urgências a resolver, vivemos em sofrimentos, tensos e focados unicamente em conquistar aquilo que acreditamos que nos falta ou que nos trará algum alívio.
Reconhecer o padrão que atua por trás dos nossos desconfortos é fundamental para mudarmos nossas vidas, nos desprogramando e nos descondicionando de uma vida focada no ter e fazer para uma nova vida centrada no ser, plena e realizada em nós mesmos. Isto não significa que não faremos mais nada e o mundo parará de progredir, mas que qualquer que seja nosso empreendimento e ação, já estaremos felizes, seguros e plenos, trabalhando em alegria, leveza e bem estar, sem cobranças, medos e obrigações.
Assim, o progresso não só continua mas se acelera exponencialmente, pois são das altas frequências vibratórias que surgem as melhores ideias, benéficas ao indivíduo mas ao coletivo também. Centrados no ser, não precisamos de tanto sacrifício para poucos momentos de distração, pois nenhuma atividade é estressante. Nosso trabalho se equilibra com todas as outras atividades de nossa vida, tornando-se uma expressão alegre e natural de nós mesmos, não mais uma obrigação para sobreviver.
Os grandes acúmulos também são desnecessários, pois tudo flui de acordo com a necessidade do momento de cada um e, assim, aquilo que precisamos sempre chega a nós. As grandes diferenças sociais vão diminuindo, uma vez que são os egos em desequilíbrio que as criaram e mantém. Sem as tensões geradoras de doenças, a perfeita saúde se instala definitivamente. A compaixão, o respeito e a verdade afloram como a principal conduta em nossas relações, uma vez que eliminamos o medo e o egoísmo da nossa mente e expressão.
Em paz, contentes e satisfeitos com quem somos, não temos mais necessidade de julgamentos e comparações, tampouco de nos defendermos dos outros e das surpresas da vida, certos de que tudo funciona em perfeita ordem, que tudo o que vivemos no mundo exterior é um reflexo de nós mesmos.
Sem exigências de como tudo deve ser e acontecer, aos poucos nos tornamos energeticamente mais leves, também tranquilos e relaxados, seguros e entregues ao momento presente, vivendo a partir do ser!
Em Paz,
Rodrigo Durante
Texto Revisado
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