O SILÊNCIO DO BEM...

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Autor Christina Nunes

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 17/02/2012 21:01:21


Astros rodopiam no infinito, e esta semana vários arco-íris se formaram nos céus do Rio de Janeiro. Houve lua cheia, e nuvens de formato curioso, lembrando grandes deuses alados pairando nas extensões ensolaradas.

A risada encantadora do bebê no anúncio televisivo me faz parar o que quer que esteja fazendo para correr e me contagiar. Por maior seja o cansaço, ou a seriedade do momento, eis, alí, uma risada atemporal, que nos dá a exata dimensão do que deveria prevalecer na vida humana!

É assim: tudo o que é luz, bom, e bem, normalmente se manifesta sutil, silencioso, gracioso.

Todo bem é parcimonioso. Não se impõe, ditatorial; não se revela aos berros, aos gritos, ou em quaiquer dimensões da agressividade mal assediadora dos nervos.

Li recentemente, em fabuloso artigo versando sobre os efeitos benéficos da música - da boa música! Sobre as influências indiscutíveis do mundo das energias no universo humano. Constata-se, com facilidade, que a lei impera, não somente no que se refere às influências musicais. Músicas retumbantes, de vibração grosseira, e tocadas em volumes ensurdecedores, simultaneamente agridem nervos e psiquismo, desencadeando reações de desajuste orgânico ou comportamental que, normalmente, nunca são associadas à sua interveniência nociva. Porque, tomando em conta que vibramos segundo sintonia instantânea com o assédio constante do mundo exterior, teremos, fatalmente, emoções mais ou menos exacerbadas, na proporção exata da influenciação assimilada de ambientes, circunstantes, ou circunstâncias.

Ninguém reagirá bem a uma agressão verbal. Menos ainda à física. Em caráter semelhante, sons de frequência por demais desarmoniosa ou grosseira nos afrontam a sensibilidade ao modo de gritaria inconveniente em momento no qual nos esforçamos por nos fazer ouvir.

Notícias trágicas nos exasperam as emoções. Acidentes, tragédias, notícias lúgubres acerca de crimes e de adversidades várias ao redor do mundo; informes de fome, de miséria ou injustiças. Informações sobre sofrimentos, lágrimas e guerras, normalmente saltam à vista, e também se sobrepõe ao nosso universo emocional,  quando invigilante, ao modo de invasão avassaladora de energias deletérias, compatíveis com os padrões destrutivos das suas idiossincrasias. Diz-se de que o que assenhora os nossos noticiários atuais é de tal magnitude deprimente, que há dos que, mais sensíveis, afinal filtrem, ou abandonem quase completamente, o hábito vicioso de ler e de assistir telejornais.

É compreensível. Se predomina a negatividade nos meios de comunicação e de entretenimento, de maneira generalizada, sob a alegação de que é o que o povo quer ver,  e o que soma pontos à audiência, não se reflete, nesta estatística lamentável, em última instância, nada além do grau supremo de invigilância de uma humanidade já viciada em alimentar os nervos e o universo emocional exauridos com sobrecarga doentia de sensações exaltadas até ao atordoamento, à nociva estagnação mental e espiritual.

Não significará, este estado de coisas, em nenhum tempo, que o bem, o bom, e o belo, não existam, ou que predominem em escala menor. Significará, antes, que fatos e cenários saudáveis são parcimoniosos, graciosos, gentis - evidenciando-se no cotidiano, sobretudo, em função de sintonia plena com os que, para eles, são mais sensíveis.

" O que mais me preocupa não é o barulho dos maus. Mas o silêncio dos bons" - Já nos asseverava Martin Luther King.

Entendo que o bom não é propriamente silencioso - mas parcimonioso.

Ele apelará, perpetuamente - mas sem agressividade e sem imposição, e sem despotismo - ao interesse daqueles que para isso já são sensíveis, que já se mostram acessíveis. Ou aos que, para a sua existência, vão, aos poucos, despertando.

Sempre haverá, portanto, os que apreciam devidamente o silêncio inerente à própria essência da Vida. Em nós e em torno de nós. Aqui, ou no espaço infinito.

Na gargalhada do bebê, no nascer e no se por do sol. Nos arco-íris, e no rumor marulhoso da beira-mar ao amanhecer. Num abraço sincero. Num bom livro, ou boa música. Na amizade verdadeira, na permuta amorosa.

Mesmo num amor não correspondido - na gratidão a este ser, que nos permite o simples experimentar deste supremo sentimento! 

Nos animais e nas flores; nas montanhas, nos ventos; nos mares, e nos astros!...

Como a própria eternidade da Vida, o bem será sempre discreto. Será como uma carícia terna. E prescindirá dos rumores do alarido.

E seduzirá, seletiva e gradativamente, a cada um de nós, segundo as nossas sintonias, e a partir do universo espiritual com que por ora nos afinizamos, entrando em ressonância com os nossos mais genuínos sentimentos.

Tudo o mais não passa de ruídos. Finitos. E não mais do que transitórios...

Um feriado de paz a todos.








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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Christina Nunes   
Chris Mohammed (Christina Nunes) é escritora com doze romances espiritualistas publicados. Identificada de longa data com o Sufismo, abraçou o Islam, e hoje escreve em livre criação, sem o que define com humor como as tornozeleiras eletrônicas dos compromissos da carreira de uma escritora profissional. Também é musicista nas horas vagas.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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