O ter




Autor Rodrigo Durante
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 10/06/2020 08:36:53
A palavra "ter" geralmente é associada à posse, algo que é ou pode vir a ser nosso. Numa visão espiritualista, podemos associar o "ter" ao apego, à dependência de algo exterior a nós. Aprofundando-nos um pouco mais em seu efeito e não só no significado, encontramos no "ter" e "possuir" a razão da nossa desconexão com nosso Eu Superior e apego às sensações mais densas do emocional como referencial para sabermos quem somos.
Uma das coisas que nos prende nas reações e sofrimentos é a ilusão de sermos e termos algo emocional que estamos sentindo. "Sou triste", "eu estou feliz", "fulano é muito nervoso", "tenho ou sofro de depressão" e assim por diante. Existe nestas afirmações uma identificação do "Eu" com a emoção vivenciada, primeiramente dizendo que "Eu" sou algo diferente do Eu Superior, da pureza e perfeição do Divino que é universal e está em tudo o que há. Segundo associando o "Eu" às emoções, permitindo que estas o definam. Se estamos profundamente identificados com algo que sentimos, acreditamos que somos aquilo, ou seja, nós pensamos, falamos e agimos a partir daquilo como se fosse realmente nosso. Uma reação baseada no medo ou raiva, por exemplo, que limita nossa consciência da situação ativando nosso piloto automático previamente programado.
Porém, uma vez que nos reconhecemos como o Eu Superior e não como o personagem, imediatamente aquela sensação não é mais nossa, é apenas uma emoção que está de passagem e não precisamos mais viver a partir dela, a partir de nossas reações e limitando nosso livre-arbítrio.
Reconhecer a nós mesmos como "a consciência que a tudo observa" nos permite estarmos em paz em meio às turbulências da vida, em alegria sem dependências exteriores, em plenitude sem necessidades de preenchimento especiais, em amor sem carências e em aceitação sem condições de como nós mesmos, os outros e a vida devem ser.
Podemos praticar a consciência do ser em meditação, nos aproximando cada vez mais de quem verdadeiramente somos. Porém, quando sentimos algo e dizemos "é meu", logo nossa consciência volta ao personagem, ao que acredita ser o possuidor ou o fazedor das coisas, dessa forma nos identificando com a emoção e agindo novamente a partir dela.
Neste momento, nossa transição ao ser requer atenção e prática, o que nos facilitará nos libertarmos cada vez mais facilmente dos incômodos da dualidade emocional. Enquanto ainda temos antigas questões do emocional a resolver, este simples conhecimento quando posto em prática nos ajuda a mantermos ou restaurarmos nosso equilíbrio interior, superando assim tranquilamente nossos desafios.
Em breve, na medida em que paramos de alimentar nosso personagem com sua ilusão de ter e fazer, nossas descargas e reações emocionais vão perdendo seu poder sobre nós e a paz, amor, alegria e plenitude perenes se revelam!
Em Paz,
Rodrigo Durante.









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