O TRABALHO - UMA DAS LEIS MORAIS, UMA VISÃO ESPIRITUALISTA - parte I
Atualizado dia 5/1/2008 1:41:23 PM em Autoconhecimentopor Euckaris Guimaraes Mendes
Quando o trabalho é honesto, fortalece os sentimentos de dignidade pessoal, torna o ser humano respeitado pela comunidade e pela família. Realizado com empenho e dedicação proporciona uma sensação de segurança e satisfação pessoal.
Nem sempre o “ganhar muito dinheiro” vai trazer realização e satisfação íntimas. Existem pessoas muito bem pagas que são muito infelizes e insatisfeitas com seu trabalho e terminam enfartadas e desempregadas.
Muitas vezes temos que realizar trabalhos que não são muito agradáveis, que não nos trazem muita realização imediata, mas se usarmos o nosso bom senso e nossa criatividade podemos nos adaptar ao esquema, colocar nossas aptidões e realizando-o com gratidão e boa vontade, até adquirir habilidades novas e desenvolver talentos que antes não sabíamos ter.
Valorize sempre o que você faz, seja o que for... seja como o pedreiro que ao ser perguntado sobre o que fazia, responde com orgulho e elevada auto-estima: "Estou ajudando a construir uma catedral!" Enquanto o outro com baixa auto-estima e falta de entusiasmo, diria: "Estou empilhando tijolos e carregando pedras." Esse coitado, com esse pensamento, vai fazer isso para sempre, mesmo que esteja construindo sua própria casa. Ele não tem entusiasmo que é “Deus dentro de si”. Falta Deus, falta tudo!
Temos que considerar que o trabalho seja de que natureza for, indistintamente, desde que desenvolvido com dignidade e presteza, concorre para o progresso e o bem estar social. Que sería de nós sem o lixeiro? Sem o pedreiro? Sem o médico? Sem o enfermeiro? Sem o engenheiro?
A Lei Moral do Trabalho não isenta ninguém da obrigação de ser útil. Quando Deus nos favorece de maneira a que possamos alimentarmo-nos sem verter o suor do próprio rosto, evidentemente não é para que nos entreguemos ao hedonismo, prazer individual e imediato, como sendo a única finalidade da vida. Na verdade é para que movimentemos, na prática do bem, os “talentos” que a Vida nos confiou. Assim, temos uma forma de trabalho que enobrece e engrandece nossa alma, tornando-a rica daqueles tesouros que a “ferrugem e a traça não corroem”, nem os “ladrões podem roubar”.
A limitação do trabalho sendo, como é, fonte de equilíbrio físico e moral, deve ser exercido por tanto tempo quanto nos mantenhamos aptos.
Aposentadoria: as leis do Brasil permitem que os homens cruzem os braços por conta de uma aposentadoria vergonhosa, com até menos de cinqüenta anos de idade. Trata-se de erro clamoroso pois não há sistema econômico que resista a essa aberração de milhões e milhões de homens, cheios de vitalidade, ganharem sem produzir, valores insuficientes que levam o indivíduo a viver miseravelmente ainda estando saudável, rico em experiências e competências adquiridas ao longo da vida, para trabalhar e viver com qualidade e excelência.
A natureza exige o emprego de nossas energias e aqueles que se aposentam, sentindo-se ainda em pleno gozo de suas forças físicas e mentais, depressa caem no tédio, tornam-se depressivos, desassossegados, irritadiços e às vezes hipocondríacos. Alguns mais privilegiados, tentam resolver o vazio de suas horas com viagens, diversão; quase todos, porém, se cansam de uma coisa e outra entregando-se ao alcoolismo, à jogatina e a outros vícios que lhes arruínam a saúde, a paz íntima, atraindo e abrindo as portas para os obsessores.
Psiquiatras e psicanalistas afirmam com conhecimento de causa que “todos os seres humanos precisam encontrar alguma coisa que possam fazer”, pois “ninguém consegue ser feliz sem que se sinta útil ou necessário a alguém.” Essa é a nossa Natureza Divina.
O ideal, o recomendado por especialistas e terapeutas, é que os homens de negócios, ao invés de interromperem bruscamente o ritmo de suas ocupações ou o peso de suas responsabilidades, diminua o ritmo repartindo-as gradativamente com os auxiliares, adquirindo algum outro interesse que os mantenha ocupados intelectualmente. Se assalariados, que encontrem ao aposentarem-se uma ocupação leve, porém proveitosa, com que preencher saudavelmente sua vida.
Condenarmo-nos à ociosidade é a pior coisa que pode acontecer a alguém. “Cabeça vazia é oficina do diabo.”
Benjamim Franklin tinha 81 anos quando foi chamado para colaborar na elaboração da Carta Magna dos Estados Unidos.
Goethe acabou de escrever “Fausto”, a mais famosa de suas produções, com 81 anos também.
Edison, tendo começado a trabalhar quando era ainda uma criança, manteve-se operoso durante cerca de 75 anos, sem nunca ter estado doente. Morreu aos 84 anos, deixando milhares de invenções.
Michelangelo, o famoso artista italiano, aos 89 anos ainda continuava produzindo obras de arte.
O Marechal Rondon, notabilíssimo sertanista brasileiro e um dos grandes benfeitores da humanidade, falecido em 1958, aos 92 anos de idade, trabalhou intensamente por toda a vida apesar da rudeza do meio em que passou a quase totalidade de sua fecunda existência.
Rockefeller, ao completar 90 anos, declarou: “Sou o homem mais feliz do mundo porque posso trabalhar. Parece-me começar a viver agora. Os dias não são suficientemente longos para que eu possa fazer tudo o que desejo. Indubitavelmente, o trabalho é o segredo da felicidade.”
O Repouso: nas respostas que deram às questões 682 e 684 formuladas por Kardec, os Espíritos esclarecem que “o repouso é também uma lei natural, sendo uma necessidade para todo aquele que trabalha”. Que “oprimir alguém com trabalho excessivo é uma das piores ações, constituindo mesmo grave transgressão do Código Divino.”
Muitos homens dominados pela ambição impõem-se regime de escravidão, para si mesmos e para os outros que com eles dividem o trabalho ou estão a eles subordinados. E ainda se vangloriam disso como se fossem heróis dignos dos maiores aplausos, quando só merecem lástima.
Hoje que a vida se transformou em desenfreado consumismo, exigindo gastos excessivos de energias físicas, mentais e recursos financeiros, a necessidade que temos de repousar periodicamente tornou-se maior. Sem contar os momentos que precisamos estar disponíveis para convivermos com nossos filhos e familiares, os quais necessitam cada vez mais da nossa orientação e vigilância constantes.
O trabalho dos pais não deve ser um desencadeador de desgraças e desavenças familiares; muito ao contrário, deve ser um elo de convívio saudável, harmonioso, rico em trocas diárias de informações e exemplos saudáveis, no convívio da família, ao final de um dia abençoado pelo Criador, quando todos se reúnem à mesa das refeições e trocam suas experiências, vividas ao longo do dia.
Conta-se que uma criança, não conseguindo a atenção do ...
Leia a continuação deste artigo em "O Trabalho - Uma das leis morais, uma visão espiritualista - parte II".
Euckaris Guimarães Mendes
Texto revisado por Cris
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