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Os homens só se educam em comunhão com o lado feminino que é puro amor

Atualizado dia 2/9/2007 3:37:57 AM em Autoconhecimento
por Vera Godoy


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As mulheres de origem Celta eram criadas tão livremente como os homens.
A elas era dado o direito de escolher seus parceiros e a segurança de que nunca poderiam ser forçadas a uma relação que não era do seu agrado.
Eram ensinadas a trabalhar para que pudessem garantir seu sustento, além de serem excelentes amantes, donas de casas e mães.
A primeira lição que aprendiam era a seguinte:
"Ama teu homem e o segue, mas somente se ambos representarem um para o outro: amor, companheirismo e amizade.
" POEMA CELTA

Acompanhando o relato de muitas mulheres hoje em dia, mas, principalmente, aquelas que serão as sementes do feminino do nosso “amanhã”, as jovens e as meninas, que estão por aí, perdidas na sua condição feminina tão conturbada, e deturpada por uma educação falida, percebemos que elas carregam dentro de si uma frustração: para serem aceitas na sociedade, não conseguem expressar sua feminilidade, mesmo porque, nem sabem o que isso significa!

São educadas geralmente por mulheres sofridas, magoadas e insatisfeitas com sua condição e que mascaram essa realidade, criando uma definição errônea sobre “o que é ser uma mulher de valor”.
Para a maioria dessa mulheres, o ideal de todo homem (pelo menos dos mais ignorantes e insensíveis), a mulher ideal é aquela que se cuida e faz tudo o que é possível para ser jovem, bela e magra. Não sabem o que é entrega, pois, confundem com submissão, não sabem que o poder e a força do feminino está na amorosidade, na doçura, na delicadeza.

Mesmo com toda liberdade que a mulher conquistou no decorrer desse século, dentro e fora de casa, caiu nas teias de um poder ilusório e surgiu para ela uma nova prisão: o culto ao corpo, a postura masculina da competição, da conquista, e do padrão “do dar, do ficar”, e não sabem mais o que significa “fazer amor”, compartilhar, trocar.
E, conseqüentemente, os homens estão perdendo suas referências do feminino, porque o que encontram em suas parcerias, são "homens vestindo saias", o que acaba produzindo neles a falta de motivação e interesse nos relacionamentos.

A sociedade ajuda criando modelos de mulheres que aguçam a mentalidade e a carência da maioria delas, fazendo-as acreditar que também podem alcançar esse protótipo do corpo ideal, e acabam correndo atrás só daquilo que está "fora de si mesma".
E, quando não conseguem atingir a tão sonhada perfeição do corpo, transferem isso para o profissional, ou pior ainda, para o lado consumista e fútil.
Essa realidade me fez lembrar de um texto de Luiz Fernando Veríssimo que, resumindo, diz:

Dar não é fazer amor. Dar é dar.
Fazer amor é lindo, é sublime, encantador, é esplêndido.
Dar sem querer casar... Sem querer apresentar para mãe...
Dar porque a vida é estressante e dar relaxa.
Dar sem ouvir promessas, sem esperar ouvir carinhos, sem esperar ouvir futuro.
Dar é bom, na hora... Durante um mês...

Para os mais desavisados, talvez anos. Mas dar, é dar demais, e ficar vazio!!! Dar é não ganhar. É não ganhar um eu te amo baixinho perdido no meio do escuro.
É não ganhar uma mão no ombro quando o caos da cidade parece querer te abduzir.
É não ter alguém para querer casar, para apresentar para mãe, para dar o primeiro abraço de Ano Novo e para falar: “Que que ce acha amor?”.

É não ter companhia garantida para viajar. É não ter para quem ligar quando recebe uma boa notícia. Dar é não querer dormir encaixadinho... É não ter alguém para ouvir seus dengos...
Mas dar é inevitável, dê mesmo, dê sempre, dê muito.
Mas dê mais ainda, muito mais do que qualquer coisa, uma chance ao amor. Esse sim é o maior tesão!
Esse sim relaxa, cura o mau humor, ameniza todas as crises e faz você flutuar. Experimente ser amado...


A maioria das mulheres de hoje não sabe o que é isso. Não aprendeu a verdadeira concepção do amor, que na sua linguagem simples e popular seria o encontro de nossa alma afim para a realizar o verdadeiro ideal de convívio, de compreensão e perpetuação da espécie. Porque “os homens só se educam em comunhão”.
E entram no vazio, na mágoa, no sofrimento e na solidão.

O escritor argentino Jorge Luis Borges disse certa vez que alguém só morre de verdade quando se vai a última pessoa que se recorda de nós.

Mulheres, deixem a sua marca neste mundo, aprendam a trabalhar seu lado feminino, que é puro amor. O amor é um sentimento que começa pela aceitação e que leva em conta o outro - alguém com vida própria, com objetivos, limitações e um caminho individual em direção à sua missão como ser humano.

Quando uma mulher esquece sua essência espiritual, mantém-se afastada de Deus, da sua verdadeira criação, de seu real papel, e, mais cedo ou mais tarde, vive na sensação de vazio, uma ansiedade inexplicável; infeliz sem motivo aparente, mesmo sem problemas na vida, e a vida nos proporciona as oportunidades de despertar para nossa natureza divina, para expressão mais elevada de nosso verdadeiro eu.

O ser feminino honra sua essência, e vive para sustentar e curar seus relacionamentos; compreende que, somente pelo fato de estar junto com alguém amorosamente, consegue promover uma mudança.
O cientista David Simon explica a razão científica desse ato de amor da mulher, através da física quântica: “Quando há a colisão de duas partículas, há um intercâmbio de energias e informações. E a partir desse ponto, sempre que algo muda numa das partículas, produz-se um efeito simultâneo na outra. Da mesma maneira, sempre que encontramos alguém em alguma espécie de relacionamento, intercambiamos energias e informações uns com os outros, e, a partir desse ponto nunca mais somos os mesmos. Outra forma de dizê-lo é que nós nos transformamos para sempre como resultado desse encontro”.

Podemos, então compreender a responsabilidade de ser mulher e viver esse papel na sua totalidade, que é puro amor Crístico.
Passar a admirar mais nossa feminilidade, nossa capacidade de receber, de acolher a perfeição do mundo, ver o plano mestre de nossa vida, transcendendo nossos desejos de ego.
Só assim vivemos a experiência de um coração compassivo, um coração repleto de profunda compreensão e compaixão por todos.
Só assim alcançamos a visão interior e, através do espírito da Grande Mãe em nós, ouvimos Seu segredo maravilhoso. SER MULHER!!!
Através da Sua mística visão fazemos uma fonte de conhecimento brotar dentro de nós.
Uma fonte de poder que emana águas vivas; um dilúvio de amor de grande e abrangente sabedoria, como o esplendor da Luz eterna.
Isso é Ser Mulher! É viver, ensinar, e transmutar tudo em amor verdadeiro.

VERA GODOY

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