Os Vieses Egóticos
Autor Marcos Spagnuolo Souza
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 5/8/2011 8:54:16 PM
Existe a macro consciência que podemos denominá-la de Logos, Deus ou "Brahmã", responsável pela existência. O Logos se reduz sendo denominado de meso consciência ou "atma" que se transforma em um ponto, ou micro consciência sendo denominada de "jivatma" ou alma individual. Existe uma relação de alta complexidade entre jivatma, atma e Brahmã e os três aspectos ou trindade estão no reino metafísico, fora do espaço/tempo. Os três aspectos transcendentais possuem seus corpos metafísicos que também estão além do espaço/tempo, formados por mônadas ou subpartículas não materiais incorruptíveis. Para facilitar o entendimento podemos dizer que "Bhahmã", "atma" e "jivatma" estão inseridos no reino superior ou divino. O reino superior seguindo o processo de si reduzir sem perder sua estrutura chega ao ponto de singularidade em que a energia de alta entropia passa para baixa entropia, ou em outras palavras, a energia que estava além da velocidade da luz se condiciona na velocidade da luz fazendo surgir as partículas elementares gerando o seu oposto que é o universo material, ou sombra do reino divino. O reino divino se caracteriza pela imortalidade, infinitude e dedução (fluição do maior para o menor), sendo que no viés material a propriedade básica é a mortalidade, finitude e indução (fluição do menor para o maior). No reino superior predomina o criacionismo e no reino de baixa entropia temos o evolucionismo. O menor no reino material são as partículas elementares materiais que formam os elétrons, átomos, moléculas e corpos materiais. Devido ao processo de combinação as menores partículas de baixa entropia se unem formando o universo da sombra que culmina com o nascimento do filho do homem, ou seja, produto da evolução genética. O filho do homem, resultado da combinação genética ao nascer passa a ser instruído ou ensinado em determinada cultura iniciando a formação do ego. O corpo material com aproximadamente dezoito anos possui o "ego" totalmente estruturado, podendo se manifestar em três vieses: relativista, materialista e religioso. O "ego" relativista se fundamenta no que for útil para si mesmo sem levar em consideração o outro. O ego materialista se baseia unicamente no captado pelos sentidos corporais, negando o não captado pelos cinco sentidos somáticos. O ego religioso cultua o incompreensível através da fé configurando o "ego adorans", ou seja, o filho do homem que cultua a firme opinião de que algo é verdadeiro sem conhecer diretamente as evidências pela confiança que deposita na fonte de transmissão. Podemos dizer que existem duas estruturas que produzem organizações diferenciadas: mundo metafísico e mundo físico. No viés humano existe o ego e seu corpo extenso e os corpos pontuais (não captados pelos sentidos). Enquanto o ego predominar no controle do corpo o "eu" (jivatma) não se manifesta. O Mestre Ramana diz: o desapego das ações destrói o ego. O caminho para a libertação está aberto, mas para trilhá-lo é preciso entregar-se sinceramente, despojar-se dos apegos, aniquilar o ego profundo. Pela prática constante da meditação é possível purificar-se, reconhecer o ego, desmascará-lo e aniquilá-lo.
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