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Padrão comportamental, o que é?

Atualizado dia 11/10/2006 10:12:11 em Autoconhecimento
por Flávio Bastos


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Ultimamente, muito se tem falado em padrão de comportamento, principalmente entre as terapias que lidam com regressão a vidas passadas. Como este conceito é novo e vem recentemente sendo utilizado em psicoterapia, faremos uma análise para tentarmos esclarecer o leitor a respeito da forma como este conceito é assimilado e interpretado na prática terapêutica.

Até então, a psicoterapia tradicional analisava o paciente através de seu comportamento baseado em seu histórico de vida. A partir do surgimento da psicologia transcendente esta ótica passou a ser direcionada para um outro nível de entendimento, o da existência de um comportamento padronizado que vem acompanhando o indivíduo, vida após vida, com pouca ou nenhuma mudança comportamental significativa.

Os sentimentos de maior intensidade que costumam nos causar transtornos interferindo no cotidiano de nossas vidas, como por exemplo os sentimentos em forma de sintomas encontrados nas crises depressivas, ou aqueles que "aparecem" periodicamente sem mandar recado, travando-nos no sentido da busca do crescimento em todos os seus níveis, provocando prostração, inércia, são exemplos de sintonias que fazem parte de um padrão comportamental por nós adquirido com o passar das sucessivas experiências na matéria.

Temos, em psiquiatria, o conceito de comportamento como sendo uma atitude adotada como resposta à solicitação de um estímulo que foi integrado pela personalidade humana e dependente, portanto, do estímulo (agente excitante) que pode ser interno (orgânico e psíquico) ou externo (ambiente), de sua aceitação ou rejeição e da integração (assimilação ao organismo) e, finalmente, da resposta ou reação que apresenta um caráter de grande especificidade individual.

O comportamento não é um reflexo simples e sim de alta complexidade e que se torna condicionado, ligado a comportamentos ideacionais, estados emotivos, fatores culturais e genéticos, inteligência e estados fisiológicos. Tem importância fundamental em psiquiatria por se tratar de reações individuais acessíveis ao observador. O comportamento importa em ajustamento do indivíduo a si próprio, ao ambiente e ao grupo social. Quando este comportamento se desajusta estamos diante de uma neurose ou psicose.

Ainda em psiquiatria a motivação é causada por fatores conscientes e inconscientes. Está na finalidade de tudo o que o indivíduo realiza, persegue, deseja, ambiciona e almeja em sua vida. Toda motivação ou interesse implica em procura, crescimento e desenvolvimento. Nossos atos não derivam de mero esforço tensional, há na raiz do comportamento uma orientação positiva, dirigida em determinado sentido de crescimento, auto-realização e de gratificação de necessidades.

Teríamos, neste sentido, uma verdadeira escala de necessidades por hierarquia. Primeiro estariam as necessidades fisiológicas, alimentação, proteção, respiração, sexo e outras. Em segundo, as necessidades relacionadas à segurança e proteção. Em um nível mais elevado, encontramos as necessidades de amor, aceitação e carinho, pois todo ser humano depende do afeto das pessoas e de grupos sociais. Na falta de gratificação dessas necessidades superiores, poderemos prever conseqüências gravíssimas que irão desde o simples desajuste até as mais severas formas de psicopatologias.

Finalmente, ocorre novo grupo de necessidades bem mais elevadas que são: as necessidades de competição, capacidade, equilíbrio, realização e reconhecimento do valor próprio. Na ausência da satisfação dessas necessidades sentimo-nos desanimados e sem motivação, passivos e inertes, ao passo que de sua gratificação surge uma nova meta: a força motivadora da maturidade e que vai nos ajudar a tornarmo-nos o que realmente podemos ser, que almejamos ser e que podemos conseguir em nossa vida emocional, social e cultural. Esta possibilidade varia de pessoa para pessoa e depende, essencialmente, da satisfação das necessidades fisiológicas, de segurança, afeto e valorização.

Voltando à nossa análise, podemos concluir, após consulta realizada no Dicionário de Termos Psiquiátricos, de Isaac Mielnik, que comportamento não é algo estanque, imutável; pelo contrário, é um processo cuja motivação independe da pré-existência de um padrão comportamental e que dependerá, fundamentalmente, da consciente participação dos pais biológicos ou substitutos responsáveis pela educação. Com esta atitude de compromisso assumido com a criança, o adulto poderá estar interferindo significativamente na mudança de padrão negativo do comportamento de seu filho.

Outra possibilidade de alterar um padrão comportamental de tendência negativa que há séculos acompanha um espírito, é através dos diversos métodos psicoterápicos, sejam eles considerados tradicionais (oficiais) ou alternativos (não oficiais) que trabalhem terapeuticamente o conteúdo da vida atual e (ou) de vidas passadas, ou ainda, os conteúdos associados no sentido de levar o paciente a alterar para melhor o seu nível comportamental, que é o que importa.

Com relação às revivências através das experiências de regressão a vidas passadas, entendemos que estas sejam necessárias à medida que possam reforçar para o paciente a "teoria" do comportamento padronizado, assim como tornam-se importantes nestas experiências, outras situações que também costumam ocorrer, mas que não caracterizam-se como regressão, como a simbólica projeção do inconsciente que precisa ser analisado e interpretado e o contato espiritual através de "presença(s)". Não menos importante é a experiência de regressão até a situação intra-uterina da vida atual.

Tudo... todos os dados investigados são importantes quando realizamos psicoterapia. E a responsabilidade aumenta, consideravelmente, quando na outra poltrona encontra-se um ser humano à procura de ajuda.

Psicanalista Clínico e Reencarnacionista.
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Texto revisado por Cris

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Conteúdo desenvolvido por: Flávio Bastos   
Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia.
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