Para o amor não há limites!
Atualizado dia 22/10/2008 22:19:54 em Autoconhecimentopor Flávio Bastos
Jesus Cristo
O que move um grupo de pessoas a se deslocarem nas noites de sextas feiras até o centro espírita para cumprirem as suas tarefas nas reuniões mediúnicas? O que motiva profissionais de diversas áreas, após uma semana de trabalho árduo, a cumprirem seus compromissos junto à espiritualidade Maior e às suas próprias consciências?
Pretendo responder a essas questões, descrevendo apenas uma experiência desse grupo de desobsessão de uma casa espírita de Porto Alegre. Experiência ocorrida recentemente e que sintetiza a importância que a nossa energia (a humana) representa para que possa ser estabelecido o vínculo energético com as entidades espirituais que são conduzidas às reuniões mediúnicas pelas equipes espirituais co-responsáveis por esses trabalhos que envolvem as duas dimensões da nossa realidade existencial. É o que veremos a seguir.
Inicialmente, apresentou-se ao grupo mediúnico e ao dirigente da reunião de desobsessão, somente um irmão relatando a sua agonia em relação à situação de sentir-se prisioneiro no lugar onde se encontrava. Dizia ele, por intermédio da médium que lhe dava passagem, que havia muitos outros naquele lugar e que conseguira sair com o auxilio da equipe socorrista porque pedira ajuda através de uma prece.
No momento em que esse irmão é conduzido para um hospital da espiritualidade Maior, uma outra entidade dá passagem por intermédio de outra médium. Apresenta-se ao grupo de uma forma arrogante e irada, dizendo: "Quem deu permissão a vocês interferirem em meus negócios?" E segue a sua fala nada amistosa: "Eles estão lá porque merecem, não é isso que vocês pregam por aqui? São devedores, por esse motivo mantenho-os sob minhas ordens como sempre foi e será. Eles trabalham pra mim e para outros que comandam essa organização".
O dirigente da reunião, percebendo o momento, pergunta à entidade qual a sua função naquele lugar, o que a mesma, orgulhosamente responde, reafirmando o que dissera antes: "Já disse que sou o responsável por comandar um grupo de subordinados que estão sempre sob minhas ordens".
O diálogo entre o dirigente e a entidade continua até o momento crucial em que o dirigente resgata de seu íntimo, sentimentos e emoções perdidas e esquecidas em um coração empedernido. Na seqüência, através de sua memória extra-cerebral, entram em cena referências afetivas de seu passado de vivências na matéria. Destaca-se em especial, uma delas que teria sido a sua amorosa mãe em uma vida de privações que experenciara com aquela família de origem humilde.
À medida que a sua sintonia começa a mudar, a entidade vai despertando de sua fixação em relação à vivência anterior. Recorda-se que fora um oficial nazista durante a Segunda Guerra Mundial, e que era responsável pelo comando de um grupo de sub-oficiais e de soldados incumbidos em capturar pessoas que eram levadas para o definhamento nos campos de concentração e para a morte nas câmaras de gás. E aquelas cenas de barbárie da "limpeza étnica" promovida pelo regime Hitlerista, começa a passar pela sua memória como se fosse um filme em que ele era um dos principais protagonistas.
Começa, então, a entender a sua situação em relação a praticamente o mesmo grupo que ainda comandava no nível espiritual (umbral) em que se encontrava. Eram cavernas, verdadeiros fossos escuros e lamacentos, e eram muitos, milhares de espíritos em lamentáveis condições, que auxiliados pela Luz dos irmãos socorristas, iam sendo resgatados de lugares inimagináveis.
Todos foram socorridos pelos irmãos da Luz. Um a um, foram retirados e conduzidos para tratamento em hospitais da espiritualidade. Era intenso o movimento de resgate de milhares de entidades individadas com atos praticados contra seus irmãos durante a tentativa de extermínio de judeus, ciganos e outros povos e raças que não fossem considerados arianos pelos nazi-fascistas durante a Segunda Grande Guerra Mundial.
Terminado o "filme" de sua memória extra-cerebral, o irmão, chocado com o que vira da sua vida passada, emociona-se mas logo sente o efeito do tratamento que começa a receber dos médicos socorristas que o atendem. Antes, porém, de adormecer, muito emocionado agradece ao dirigente da reunião mediúnica pela oportunidade recebida. O dirigente repassa o agradecimento ao Amor Maior que a todos recebe na Luz com o seu abraço acolhedor.
Após um breve silêncio, a mesma médium dá passagem a um irmão integrante da equipe espiritual que transmite-nos a seguinte mensagem: "Meus amigos, são milhares de irmãos socorridos que estão sendo encaminhados e tratados em nossos hospitais. Esse é o objetivo das nossas reuniões, não importando quem eles são ou foram. É a mão estendida no auxílio, na orientação, no esclarecimento e no tratamento de irmãos perdidos no desespero da revelação de suas próprias consciências, que faz das reuniões mediúnicas das casas espíritas, o canal onde o Amor Maior resgata almas que desviaram-se de suas trajetórias em direção ao progresso.
Vocês sabem, queridos amigos, que a espiritualidade necessita da energia de cada trabalhador para que se estabeleça o vínculo entre o encarnado e o desencarnado. Somente assim, com a participação da sintonia do coletivo mediúnico, é que conseguimos resgatar os irmãos que se distanciaram da Luz de suas consciências.
Perseverem e continuem unidos e concentrados em suas imprescindíveis funções de intermediários da energia do Amor Maior, em benefício do semelhante e em benefício de si mesmos. Que assim seja".
Psicanalista Clínico e Interdimensional.
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Texto revisado por: Cris
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Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |