PARA QUEM DESEJA SER MESTRE
Autor Hellen Katiuscia de Sá
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 9/13/2005 3:05:54 PM
A pessoa que estuda e quer repassar o conhecimento adiante, objetivando ajudar o próximo, deve observar-se primeiramente. Passar conhecimento requer não só a destreza acerca do assunto que se está levando às pessoas interessadas.
As bases didáticas vão muito mais além de um texto coeso. O sucesso delas depende (e muito) da maneira como se está repassando o ensinamento. O amor, a sensibilidade e a doação sincera são muito importantes para quem deseja repassar qualquer tipo de orientação.
As pessoas absorvem informações das mais variadas formas possíveis, utilizando todos os sentidos. Alguém que toma para si o papel de instrutor, além de disponibilizar bons textos, assuntos e/ou indicar bons livros para o instruído, deve - e primordialmente - ser paciente, estar disponível e amoroso nas colocações a serem ensinadas.
Um exemplo: um(a) aluno(a), buscando a compreensão sobre algo chega a seu instrutor, lhe faz perguntas acerca de um assunto qualquer; expõe suas opiniões ou mesmo relata-lhe algum acontecimento da maneira mais sincera possível. E a pessoa que se responsabilizou por repassar os conhecimentos adquiridos simplesmente ignora o(a) aluno(a), por não simpatizar com o(a) mesmo(a), não tendo paciência para responder. E de maneira grosseira e agressiva se dirige ao estudante. Esse “instrutor” revela-se incapaz de ser educador de qualquer espécie. É visivelmente inábil para a responsabilidade assumida. E a pessoa que antes era interessada passa a se afastar por responsabilidade única e exclusiva da pessoa encarregada de passar o conhecimento adiante.
Toda e qualquer informação, seja ela de cunho familiar, escolar, profissional, etc, deve ser repassada de maneira amorosa. Sendo a paciência e a humildade, seus aliados.
Se alguém é detentor de uma grande soma de conhecimentos porque leu inúmeros livros, freqüentou cursos e workshops, etc. e deseja dividir esse conhecimento com outrem, mas ao mesmo tempo é impaciente, não sabe lidar com pessoas e é recluso por natureza, primeiramente deve trabalhar a si próprio visando seu aperfeiçoamento moral, interpessoal e disciplinar. Só assim ele(a) se tornará Mestre.
Ser Mestre é cultivar paciência; ser humilde em suas colocações; estar aberto a qualquer tipo de diálogo; saber conversar; saber reconhecer seus próprios sentimentos e limitações para transformá-los em possíveis ferramentas favoráveis no seu papel de instrutor e não repelir pessoas que só buscam auxílio.
Um verdadeiro Mestre não pode repelir pessoas por achá-las inaptas ao conhecimento que está sendo repassado. Se você assumiu um papel de disseminador cultural, então seja isso a que se propôs. Trabalhe em si mesmo para depois trabalhar os outros. O amor transforma; a rigidez em demasia, afasta. Busque o real equilíbrio e seja um Mestre.
Hellen Katiuscia de Sá
13 de setembro de 2005
09h55
Texto revisado por Cris
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