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Paralelos

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Autor ALZiRiTA

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 10/16/2009 11:19:55 PM



Ao ler o livro: O mundo de Sofia, um romance sobre a história da filosofia, deparei-me, na página 77, com o subtítulo: O homem no centro, uma abordagem que o grande filósofo Sócrates (499-399 A.C.) e Jesus Cristo, defenderam. Imediatamente, outra personalidade surgiu em minha mente: Carl Rogers, um conceituado psicólogo humanista.
Percebi nessas personalidades, pontos em comum (aliás, o autor, traça alguns paralelos entre Sócrates e Jesus Cristo), em relação à preocupação com o ser humano, como enfoque principal nas suas teorias, ou visões de vida.

Sócrates
Considerado um dos fundadores da Filosofia Ocidental, possuía um “interior absolutamente maravilhoso”. Ele não impingia os seus ensinamentos às pessoas. Ele não gostava propriamente de ensinar: dialogava, discutia, dava a impressão de querer aprender, junto com o seu interlocutor. Ao “ensinar”, descartava a posição de um professor tradicional. Para Sócrates, o verdadeiro conhecimento, a fé deveria vir de dentro, e não ser introjetada. Ele irritava as pessoas pela sua “ironia”, sua sabedoria, pois ele ensinava ao outro a raciocinar, e a encontrar a sua própria verdade.
Sócrates “pregava” nas praças públicas. Ele dizia ouvir uma voz divina dentro de si: a sua consciência. Ele era uma pessoa humilde, apesar de ser considerado um sábio. Imortalizou-se a sua célebre frase: “Eu só sei que nada sei”. Sócrates vivia mergulhado em pensamentos. Ele era considerado uma pessoa enigmática. Protestava contra a pena de morte, recusava denunciar seus inimigos políticos. Em 399 A.C., ele foi acusado de “corromper a juventude” e de “não reconhecer a existência dos deuses”. Finalmente, devido às suas atividades, como filósofo, ele foi julgado e condenado à morte, por um júri de cinqüenta pessoas.
Porém, ele não pediu clemência. Ele considerava a sua própria consciência e a verdade, mais importantes que a sua própria vida. Sócrates afirmava que tudo o que fizera, fora para o bem do Estado. Preso em uma cela, e em companhia dos amigos mais íntimos, bebeu um cálice de cicuta. Preferiu morrer a denegrir suas idéias.
Sócrates não escreveu uma única linha sobre a sua Filosofia. Platão, seu discípulo, outro grande filósofo, foi quem tornou Sócrates conhecido através dos seus Diálogos, onde dá a palavra ao seu mestre.

Jesus Cristo
Considerado uma pessoa simples, humilde, enigmática, vivia mergulhado em pensamentos e meditações. Não escreveu absolutamente nada, uma linha sequer, sobre sua filosofia.
Nenhum registro escrito por ele foi encontrado no decorrer da sua existência. Seus discípulos, Mateus, Marcos, Lucas, e João, é que escreveram sobre sua história de vida, narrando fatos e ensinamentos que vivenciaram em sua companhia. Jesus Cristo não ensinava. Ele dialogava com as pessoas, através de parábolas, historietas mais ou menos longas, que ilustram uma lição de sabedoria. Ele falava em nome da Verdade, mas não impunha nada a ninguém. Ao contrário, Ele demonstrava com Sua vida, o caminho que levaria ao Pai.
Jesus desafiava os poderosos da sociedade; criticava todas as formas de injustiça, abuso de poder... Ele foi às últimas conseqüências, mostrando o caminho para se viver o amor incondicional e o perdão, com o objetivo de se alcançar a Vida Eterna.

Assim como Sócrates, Jesus foi um mestre da retórica. Pela ameaça que representava à sociedade, e principalmente aos governantes, Ele foi levado ao júri popular, tendo como juiz: Pôncio Pilatos que, por receio de ser considerado o responsável pela sua absolvição, ou sentença de morte, lavou-se as mãos, deixando a palavra final para a turba ímpia que assistia impaciente ao resultado final.
Jesus Cristo foi crucificado, tendo aos seus pés, tanto amigos quanto inimigos que aguardavam o desenlace fatal. Ele não bebeu um cálice de cicuta; com sede, pediu água; porém, deram-lhe de beber apenas uma esponja embebida em vinagre, aumentando ainda mais o seu sofrimento. Tanto Sócrates quanto Jesus Cristo foram extremamente corajosos. Enfrentaram a morte de cabeça erguida. Ambos tinham mensagens a transmitir, e superando todos os obstáculos, conseguiram levar a termo suas Verdades. Nenhum dos dois nos legou uma obra escrita. Por isto, tanto o “Sócrates histórico” quanto o “Cristo histórico” são apenas tênues reflexos do que escreveram seus discípulos. Eis um enigma que permanecerá indecifrável.

Carl R. Rogers
Importante psicopedagogo norte-americano, precursor da psicologia humanista, e criador da Abordagem Centrada na Pessoa (ACP), uma investigação plurifacetada, verdadeiramente revolucionária, durante décadas, foi constantemente atacado por colegas psicólogos, consultores, pedagogos, psiquiatras, por se sentirem ameaçados pelas suas teorias aplicadas ao processo terapêutico.
Desgostoso, Rogers afastou-se, durante um longo período, das obrigações profissionais e das exigências do dia-a-dia, entregando-se a meditações profundas sobre suas idéias. Escreveu vários livros, dentre os quais: “Terapia centrada no paciente”; “Tornar-se pessoa”; "Psicoterapia e Relações humanas"; “A pessoa como centro”.
Em Rogers vamos encontrar uma Escola Humanista baseada nos princípios de respeito ao próximo: não julgar, aceitar, compreender, e confiar na natureza humana. Na sua escola, o psicoterapeuta é um facilitador que serve como instrumento para o crescimento pessoal do outro, pois existe, em cada ser humano, uma tendência natural para o seu desenvolvimento completo, tendência esta, que está presente em todos os organismos vivos. Para Rogers, o verdadeiro conhecimento tem que vir de dentro, e não, ser simplesmente introjetado, pensamento este similar ao de Sócrates.

Assim como Sócrates e Jesus, Rogers não impôs suas opiniões. Através do método não-diretivo, o papel do psicoterapeuta rogeriano consiste em dar ênfase aos sentimentos e emoções da pessoa, concentrando sua atenção no conteúdo emocional da conversa, distanciando-se dos problemas que a estão afligindo. Através da empatia, que significa compreender, sentir com o Outro, o psicoterapeuta rogeriano tem a capacidade de se colocar verdadeiramente no lugar do Outro, e de ver o mundo como o Outro o vê.
Na experiência terapêutica, consegue-se enxergar as próprias atitudes, ambivalência de sentimentos e percepções, objetivamente expressas por um Outro, fato este que prepara o caminho para a aceitação em si mesmo. Através disto, consegue-se a reorganização do eu e um funcionamento mais integrado da pessoa.

Sócrates, Jesus Cristo e Carl Rogers viveram em épocas cronologicamente distantes; porém, em se tratando do mundo de suas idéias e valores, percebe-se que os três transmitiram a mesma mensagem, tendo como personagem principal o homem, no centro do nosso universo infinito, insondável.



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Musicoterapeuta, Radiestesista e Escritora. Criou o Portal SER - Saúde, Energia & Resgate / Centro de Qualidade de Vida & Desenvolvimento Humano, com a intenção de proporcionar recursos de informação para as pessoas que buscam o autoconhecimento. E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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