Pensando fora da caixa...
Atualizado dia 9/26/2007 5:49:40 PM em Autoconhecimentopor Maria Silvia Orlovas
E, afinal, que caixa é essa?
Podemos em princípio pensar que a caixa seja apenas a nossa mente, ou melhor a nossa forma de pensar, mas refletindo sobre o assunto acho que a expressão se refere a algo mais que isso.
Recordei também das pessoas que conhecia que pensavam fora da caixa. Lembrei de algumas que tinham uma forma de vida diferente da convencional. Uma dessas pessoas é uma atriz. Com um espírito jovem, bem disposta e totalmente descolada, ela veio na minha mente como uma pessoa que vive fora da caixa. Foi nesse momento que veio um insight interessante sobre o que é a caixa, pois até então, estava pensando ser uma forma diferente de viver, mais livre, mais solta e aberta às coisas do mundo.
No entanto, lembrando dessa atriz, fui recordando de algumas situações bastante sofridas que ela enfrentou e das suas reações.
Na verdade, ela se tornou minha amiga, mas nosso relacionamento começou num encontro profissional. Ela veio com um amigo também ator, para uma sessão de Vidas Passadas. Nordestina, vivia em São Paulo desde os dezenove anos, mas para sua sorte, mantinha ainda um pouco do sonoro sotaque da sua terra que lhe trazia um charme a mais. Bonita de corpo, pele morena e olhos expressivos, essa moça passava força e poder em cada movimento seu. Claro que a profissão ajudava, pois além de atriz ela também era bailarina. Porém, quando vimos suas vidas passadas percebemos o quanto ela se sentia vulnerável e o quanto se armava para não se ferir com os relacionamentos.
Ela era uma verdadeira guerreira, batalhadora e muito esforçada. Quem olhasse para ela, poderia facilmente notar essa fortaleza interior, mas mergulhando um pouco mais, a alma dessa mulher estava aflita por carinho, gentileza e amor.
Quando conversamos sobre seus comportamentos ela me confidenciou que sempre teve vontade de ter um relacionamento mais íntimo, ter um filho, constituir uma família. Por conta de sua vida profissional, acabava não dando espaço para isso acontecer. Agora o relógio biológico pedia esses ajustes e ela não tinha ninguém para ser o pai do seu filho...
Respirei fundo para refletir com ela sobre seus caminhos, pois não caberia a mim dizer o que fazer até porque o certo e o errado devem ser pesados na vida de cada um de nós. Se posso dizer algo que aprendi vendo as vidas passadas das pessoas é que não existem regras absolutas para a felicidade de ninguém e que as respostas não estão no outro, mas sim dentro de cada um.
Roberta estava presa à sua caixa. Vive diferente da maioria das pessoas porque não tem uma parada fixa, está sempre viajando, conhece diversas pessoas, veste-se de um jeito próprio, enfim, está totalmente fora dos padrões normais das pessoas, mas está na “sua caixa”.
O que me leva a refletir com você, amigo leitor, é que cada um de nós tem a sua caixa. E para ser livre, abrir o pensamento e de fato pensar fora da caixa, precisamos fazer um mergulho interior e enxergar nossas limitações.
Se ficarmos analisando as pessoas e a vida pelas aparências que chegam até nós não vamos aprender nada mais profundo e libertador. O esforço não é pequeno. E no caso da minha amiga tem sido um verdadeiro desafio, porque mesmo desejando um amor, um relacionamento mais duradouro e intenso ela ainda não conseguiu tirar a armadura da mulher guerreira que um dia teve que vestir para sobreviver na capital paulista e se destacar como atriz. Então o que fazer?
Trabalhar a autoconfiança, investir na auto-estima e, em seguida, ter coragem de mergulhar no buraco negro de nossos medos mais profundos.
Essa moça continua minha amiga e vejo que há nela uma verdadeira intenção de mudar seus paradigmas. Como todos nós, ela tem períodos mais felizes onde as coisas fluem com mais tranqüilidade e outros mais conturbados, quando tudo parece mais confuso e sem luz. Mas, entre altos e baixos, ela está vencendo suas limitações. Depois daquele nosso encontro, ela começou a fazer yoga e está muito feliz com os resultados.
Um dia me confidenciou que jura ter às vezes vontade de desistir de tudo isso, mas depois percebe que é importante investir no autoconhecimento. "Estava presa na armadura... agora é que percebo o quanto é importante me soltar", completa.
Assim, meu amigo, termino meu artigo de hoje sugerindo que você pense na sua caixa. O que você está aprisionando aí dentro de você?
O que você pode mudar na sua maneira de encarar a vida para ser feliz?
Se você já sabe da resposta, o que falta para colocar isso em prática?
Se não sabe, sugiro que você pense no seu caminho de vida, nas pessoas, naquilo que você desde o seu nascimento atraiu para viver. Porque essa caixa se refere a experiências da alma. Intenções de aprendizado que neste plano material viemos resolver... Então, isso significa que soluções lindas são possíveis e estão ao alcance de todos nós!
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Texto revisado por: Cris
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Maria Silvia Orlovas é uma forte sensitiva que possui um dom muito especial de ver as vidas passadas das pessoas à sua volta e receber orientações dos seus mentores. Me acompanhe no Twitter e Visite meu blog E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |