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Prefiro ser inteiro a ser bom

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Autor Alzira Boechat

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 21/02/2011 13:36:09


Li a história de um chefe indígena em que ele, numa conversa com seu neto, falava sobre dois lobos que vivem dentro de nós: o lobo branco e o lobo negro.
Contava que o lobo branco é bom, gentil e nao faz mal a ninguém. Ele vive em harmonia com tudo a sua volta; é certo de quem ele é e do que é capaz; briga pra se proteger e à familia; toma conta dos outros lobos e nunca se desvia de sua natureza.
Já o lobo preto é ruidoso, zangado, descontente, ciumento e medroso. Briga com todos o tempo todo, sem razao. Só procura confusao onde quer que vá; nao confia em ninguém e nao tem amigos.

O velho cacique espera que a história dos dois lobos penetre na mente do jovem e aí fala: “Às vezes é difícil conviver com esses dois lobos em mim, pois eles brigam para dominar meu espírito”. E o menino interessado, olha o avô e pergunta: “E qual dos dois vence, vovô?”
E o cacique responde: “Aquele que eu alimentar”.
Fiquei surpresa com a conclusao. Nao era bem surpresa. Era um estranhamento que eu nao entendia.
Guardei essa surpresa/estranhamento lá dentro de mim à espera de entendimento um dia.

Agora no início de outubro voltei a Aachen depois de 2 meses no Brasil com meu curso sobre Visualizacao Criativa. Cansada, cansada.
Voltei com muitos livros na mala. A maioria carreguei de uma cidade para outra sem abrir. Alguns abri e li até o final.
Aqui, levei para o lado da minha cama o “Como entender o efeito sombra em sua vida” da Debbie Ford. Já na página 30 parei maravilhada. Com o título “Muitos eus, um só mestre” era um texto que comecava com a história do cacique cherokee.
Fui lendo a história já minha conhecida até a pergunta do neto:” Qual dos dois lobos vence, vovô?”
E o cacique dá outra solucao à briga entre os 2 lobos dentro dele quando responde: “Os dois, filho.”

Bingo! penso eu. Agora entendo meu estranhamento. Essa era a resposta que eu esperava ler no outro texto.
E o cacique continua: “Veja, se eu alimentar só o lobo branco, o preto ficará à espreita, esperando o momento em que eu sair do equilíbrio ou ficar muito ocupado e atacará o lobo branco, causando problemas a mim e à tribo. Ele ficará com raiva e brigará por atenção. Mas se eu prestar atencao ao lobo preto, compreender e aceitá-lo como a forca poderosa que é, respeitar seu caráter, posso chamá-lo quando eu estiver em apuros. Ele ficará feliz, o lobo branco também e ambos vencerão.
Todos venceremos.”

E o menino: "Nao entendi, vovô. Como os dois podem ganhar?"
O cacique explicou:
“Veja, filho, o lobo preto tem muitas qualidades de que eu posso precisar. Ele é feroz, determinado e nao se deixa subjugar. Ele é inteligente e astuto, o que é importante em tempos de guerra. Ele tem os sentidos agucados e superiores que só aqueles que olham através da escuridao podem apreciar. Em meio a um ataque ele poderia ser nosso maior aliado.”
O cacique tirou da bolsa pedacos de carne defumada e colocou-os no chao, um à direita e outro à esquerda. Apontou para a carne e disse: “À minha esquerda está a comida para o lobo branco e à minha esquerda está a comida para o lobo preto. Se eu optar por alimentar os dois, eles nao brigarao mais por minha atencao e eu poderei usar cada um deles quando precisar. E como nao haverá guerra entre eles, poderei ouvir a voz da minha sabedoria profunda e escolher qual dos dois pode me ajudar melhor em cada cirscunstância.
Se sua avó quer uma carne para uma refeicao especial e eu esqueco, posso pedir para o lobo branco me emprestar sua magia e consolar o lobo preto da sua avó, que estará zangado. O lobo branco sempre sabe o que dizer e me ajudará a ser mais sensível às necesidades dela.”

E ele continuou:
“Veja, filho, se você entender que há duas grandes forcas dentro de você e respeitar igualmente as duas, as duas sairao ganhando e haverá paz. Um homem que tem paz dentro de si tem tudo. Você é um jovem e precisa escolher como vai lidar com as forcas opostas que vivem no seu interior. A sua decisao determinará a qualidade do resto da sua vida. E quando um dos lobos precisar de atencao especial, você nao terá do que se envergonhar; poderá simplesmente admitir isso e conseguirá a ajuda de que precisar. Quando você tornar isso de conhecimento público,aqueles que já travaram essa mesma batalha podem oferecer-lhe a sua sabedoria.”

Entrar em contato com essa outra possibilidade de concluir a história me trouxe uma enorme sensacao de leveza e plenitude. E a autora continua falando sobre todos os eus/lobos que moram dentro de nós.
Vou continuar a ler o livro. E a sensacao de libertacao por poder conviver bem com os dois lobos que vivem dentro de mim vai me acompanhar para sempre.
E comprei carne defumada para os dois!
“Prefiro ser íntegro a ser bom” disse Jung, aceitando todos os lobos interiores e se tornando mestre de todos eles.

Paz para todos nós.
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