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Prevenção ao uso de drogas

Atualizado dia 06/06/2006 21:57:23 em Autoconhecimento
por Sylvio Alipio Pinto Filho


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Hoje o relacionamento entre pais e filhos é a principal estrutura do indivíduo, mas a falta de condições sociais faz com que a escola cada vez mais assuma também esse papel; escolas, hoje, são restaurantes, pronto-socorro, até consultório sentimental.

O papel da família na formação da auto-imagem, auto-estima e auto-confiança da criança ou adolescente é, sem dúvida, importantíssimo. Reunindo-se valores, amor e carinho, obviamente, se caminha para uma vida melhor e dotado de bom caráter; a escola só confirma; porém, praticamente, estão invertendo os papéis.

O trabalho repressivo da polícia combatendo traficantes é inadequado para a prevenção, pois enquanto se prende um traficante em atividade “quantos estarão traficando no mesmo momento?“ É importante resgatar a própria fala, restaurar os valores perdidos dentro do contexto social existente e através dele mesmo, a “conscientização”. A ação preventiva terá tantas chances ou mais do que o consumo de drogas, se conseguirmos passar como “um” entre muitos que comprometem o bem estar social.

O uso de drogas é um problema que deve ser cuidado ao nível da saúde e da educação e não de repressão. A drogadição é a resposta limite da impossibilidade de ajustamento psíquico-social a uma sociedade agressiva e discriminatória.

O USO DE DROGAS

Não se trata de modificar um comportamento para torná-lo adequado às culturas e normas sociais. Trata-se de conscientização das pessoas para que conheçam sua história e estória. Por que? Muitos caminham através das drogas.

Nunca podemos deixar de observar a realidade do Brasil e as condições sócio-econômicas.
O apelo às drogas é como se fosse uma receita mágica para solucionar os problemas que o homem enfrenta em sua relação com o meio ambiente, levado pela vontade ou, às vezes, sem ter consciência do que está ingerindo. O uso de drogas está contido em todas as camadas sociais e faixas de idade.

No cotidiano temos contato com vários tipos de drogas, vendidas legal ou ilegalmente; por exemplo, os agrotóxicos usados nos gêneros alimentícios, necessários ao modelo econômico e acabam como lixo industrial poluindo a água, terra e ar, elementos indispensáveis à nossa sobrevivência. A visão normativa insiste em se limitar aos resultados patológicos ou à delinqüência individual.

É inexorável perceber as interferências que o uso e abuso de drogas causa no dia-a-dia de uma sociedade que negligencia a responsabilidade por desajustes em todo ecosistema, gerados pela sua falta de organização.

Há necessidade de se ter uma casa, vestir-se, alimentar-se, estudar, amar... questões humanas vitais “negadas ou reprimidas”, substituídas pelo consumismo, produtividade acelerada, competição, abrindo assim um espaço para a supervalorização da auto–afirmação em detrimento sine qua non dos valores de integração social.

O uso coletivo de drogas muitas vezes se dá de forma integrada à cultura dos povos, seja religioso ou por “costume”. Tomamos como exemplo o álcool no Ocidente. Incentivados pela mídia o álcool e o tabaco deixam a garantia que “temos alguma coisa em comum“. A advertência das conseqüências para a saúde é feita de modo silencioso e não com a mesma euforia que sugere o uso. Tenta-se transmitir que o indivíduo é cidadão, sendo necessário despertar para a vida com sentimento, sem medo de expressar o amor e a cordialidade entre a sociedade que o cerca. Todavia percebe-se que todos encontram-se numa crise análoga, sendo fácil de perceber pelas manifestações de todos os dias estampadas nos jornais. Somos propensos ao desemprego, falta de habitação, crise na assistência à saúde, educação, segurança, poluição e outros desastres ambientais; uma onda crescente de violência e crimes e assim por diante.

Minha principal proposta é uma nova ótica da realidade procurando desenvolver a visão sistemática de vida, mente, consciência e evolução; ou seja, a “filosofia holística”, desenvolvendo um trabalho totalmente holístico e pedagógico na área de prevenção às drogas, usando do próprio contexto social da platéia atendida, falando a linguagem deles.

“A droga não é o problema, nunca foi e nem será.” A droga é um composto químico pois alguém planta, alguém colhe, alguém colhe, alguém processa em laboratório - rústico, mas processa - alguém vende e alguém usa e esse alguém é um ser humano, um animal que chamamos de racional.

Portanto, o problema é o ser humano e seu comportamento; falta de estrutura de educação familiar, valores, informações, orientações, etc...

Sylvio Alípio Pinto Filho
CRT 28491
Especializado em Prevenção e Tratamento de Dependência Química, com formação em New York, na Daytop International Inc., USA.

Texto revisado por Cris

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Conteúdo desenvolvido por: Sylvio Alipio Pinto Filho   
Comece agora , Formação em Clinica de Psicanálise e Mestrado em Psicanálise a Distância.
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