Qual é o Propósito da Vida?
Atualizado dia 03/10/2016 15:30:30 em Autoconhecimentopor Paulo Tavares de Souza
Para que você possa entender as razões da própria existência é preciso um olhar profundo em sua condição pessoal. Será necessário partir de um novo ponto de vista, entendendo, por exemplo, que a Vida presente busca objetivos quase sempre diferentes dos que possui em sua essência.
Eu sei, meu caro amigo, que é difícil assimilar a vontade da Vida, pois, em muitos casos, ela se coloca em um posição diametralmente oposta à sua, ou seja, à vontade do seu ego, mas é isso que Jesus quis mostrar em seu diálogo com a Vida (Deus): “Se não puder afastar de mim esse cálice, que seja feita a sua vontade e não a minha”.
O homem, enquanto personagem, sofre por não assimilar as injunções dessa instância maior, pois acredita única e exclusivamente nos sentidos, vive preso aos fenômenos grosseiros da realidade corpo-mente e não compreende por que passa por tantas dificuldades.
Na verdade, estamos sim, desconectados dos propósitos da Vida e bem longe do nosso verdadeiro Ser; muitas vezes, insistimos em caminhos equivocados e acabamos sendo surpreendidos por alertas de toda espécie, como doenças, acidentes, dificuldades financeiras e misérias de toda sorte. Diante de tanta teimosia, inúmeros recados da Vida surgem com o propósito de nos tirar desse sono hipnótico, através de sucessivos chacoalhões. A Vida nos quer em sintonia com a dinâmica evolutiva do Universo; no entanto, a cegueira provocada pela programação de consumo, pela escravidão dos desejos e por esse mundo de ilusões criado pela ignorância humana, impedem-nos de despertar.
O homem ainda desconhece a própria Natureza, pois se coloca fora dela como um explorador, como alguém à parte, e assim, tenta de forma insana se destacar, custe o que custar, mesmo que isso implique em produzir desequilíbrios enormes nesse mesmo ecossistema.
Existe uma Força estranha que não dá a mínima para os seus desejos, essa força é a própria Vida, seguindo suas programações e é com ela que deveríamos nos alinhar. Todo esforço em busca de uma condição de destaque nesse mundo de Maya é inútil, pois retrata apenas a nossa total ignorância (avidhya).
O sofrimento, segundo Buda, é a primeira Nobre Verdade. A segunda Nobre Verdade é que esse mesmo sofrimento tem uma causa e essa causa é a ignorância. Enquanto o homem desconhecer que já é um ser iluminado, que a Vida presente dentro dele é a própria expressão Divina, jamais deixará de sofrer. Não há solução para o personagem com qual nos identificamos, apenas o total desinteresse por esse "falso eu" nos faria acordar.
Por sermos ignorantes, estarmos completamente cegos e nos sentirmos quase sempre desamparados pela Vida, quaisquer que sejam as sugestões de fora, que se lançam como verdades absolutas, ganham profunda aderência em nosso ser. Com isso, as religiões, os conceitos filosóficos, as tradições atávicas e assim por diante, encontram um campo fértil para semear suas doutrinas em nosso ser.
O homem só precisa ser o que já É, nada mais; no entanto, para isso, precisa pegar em armas e encarar justamente aquilo que ele não é. Enfrentar esse bom combate que não é nada mais do que desapegar-se de todas as mentiras que escolheu acreditar.
Texto revisado
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