QUANDO O SEXO É ABUSIVO



Autor Flávio Bastos
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 11/23/2005 2:20:40 PM
Rafael chegou ao consultório trazendo consigo um considerável histórico patológico: primeira crise de depressão aos 18 anos seguida de sintomas da síndrome do pânico e, por último, diagnóstico médico, esquizofrenia.
Na consulta avaliativa a queixa principal do paciente foi: falta de amor, afeto e sexo em sua vida. Apesar da idade, 38 anos, Rafael ainda não tinha tido experiência sexual com o sexo oposto. Era o que mais ansiava e desejava: ter uma vida normal.
Seu drama começa aos 18 anos quando ao exibir a genitália para uma vizinha fora denunciado por esta e intimado a comparecer à Delegacia de Polícia. Lá, conforme suas palavras, teria sido pressionado psicologicamente pelos policiais que o teriam amedrontado e ameaçado. Antes deste episódio, porém, o paciente havia confidenciado que em algumas ocasiões também perseguira meninas pelas ruas da sua cidade.
A partir daquela experiência na Delegacia Rafael começou a sofrer de depressão, pois o fato repercutira entre os moradores da pequena cidade do interior. Da depressão seu quadro clínico evoluiu para a síndrome do pânico, momento em que iniciou o seu tratamento químico com um psiquiatra da previdência social.
Apesar de 20 anos de tratamento químico ele manifestava sintomas de ansiedade. Foi-lhe receitado, então, um composto floral ansiolítico como terapia auxiliar à psicoterapia. Após várias sessões de psicoterapia e com a ansiedade já controlada foi programada a 1a. regressão. Nesta experiência, talvez Rafael tenha acessado a situação mais traumática de sua vida: a ida à Delegacia de Polícia. Com minuciosos detalhes relatou o que acontecera naquela ocasião como sendo uma experiência de tortura psicológica, marco no seu processo psicopatológico.
Na sua 2a. regressão o paciente acessou imagens do seu inconsciente remoto, a memória periespiritual: cenas de orgia sexual coletiva onde ele descrevia detalhes significativos como ambiente, vestuário das pessoas, mobília, etc. Via-se envolvido naquela cena, ora com pessoas que ele reconhecia do seu círculo familiar, ora com pessoas desconhecidas de suas relações sociais. Parecia a Roma antiga.
Numa 3a. regressão programada quatorze dias depois, como "tira-teima", pois suspeitou-se que o paciente pudesse estar fantasiando e, pelo aspecto da carência afetiva, criando mentalmente imagens, novamente Rafael revivencia cenas de orgia sexual. No entanto, com mais riqueza de detalhes como objetos em cima de mobílias e roupas jogadas pelo chão. Sem dúvida, pela descrição, era a época da civilização romana.
Encaminhando para o final gostaria de chamar a atenção do leitor para o que é mais importante na apresentação deste caso clínico: de como funcionam, nesta vida, os "gatilhos" que acionam situações e mecanismos, por exemplo, da Lei de Causa e Efeito. Como Rafael em vidas passadas abusara do sexo reencarnou na vida atual programado para a limitação e a responsabilidade de encontrar o equilíbrio nesta área em que no passado moralmente transgredira. Como reincidiu no erro ao perseguir meninas e ao exibir em público a sua genitália foi acionado o "gatilho da Delegacia de Polícia", momento em que iniciou o seu processo de depuração e de severas restrições ao que diz respeito, até então, à prática do sexo.
Nas sessões de psicoterapia que seguiram foram estabelecidas, para uma melhor compreensão por parte do paciente, as conexões mostradas pelas regressões com as situações da vida atual. Associações necessárias para que Rafael chegasse à elaboração conclusiva que realmente chegou: resgatar o que fora combinado durante a sua programação reencarnatória e que não fôra por ele cumprido, e a necessidade de (re)encontrar nesta vida o ponto de equilíbrio no uso saudável da energia sexual.
OBSERVAÇÃO: a verdadeira identidade da pessoa foi preservada.
Psicoterapeuta Reencarnacionista, Terapeuta de Regressão e Psicanalista clínico.
Texto revisado por Cris
Avaliação: 5 | Votos: 22




Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |