QUE TAL NOS UNIRMOS?
Atualizado dia 5/15/2006 3:01:54 PM em Autoconhecimentopor Deborah Valente B. Douglas
Essa foi somente uma situação de uma pessoa. Imagino os policiais e parentes de policiais, em que estado de aflição devem estar. Imagino as pessoas que necessitam se locomover de ônibus para ir trabalhar. Imagino os reféns enclausurados nos motins das penitenciárias.
E agora, longe da imaginação mas em situação real, sinto todos assustados e com medo. Com medo de bandidos que preferem usar seu lado sombrio para reivindicar direitos que nem possuem. Com medo de policiais corruptos que estão por traz das gangues. Com medo de advogados corruptos que, por algum dinheiro, preferem se aliar aos bandidos. Com medo de políticos corruptos que simplesmente esqueceram que o seu dever era o de representar o povo. Enfim, com medo não só do presente, mas também do futuro.
E é nessa situação que, não só São Paulo, mas que muitas cidades do mundo vivem. E cidades cheias de criminosos que, na hora do “aperto”, rezam a Deus para que lhes ajude. Cidades cheias de criminosos que dizem ser religiosos e simplesmente brigam para defender sua religião. Cidades cheias de maníacos que simplesmente atiram numa escola cheia de crianças e depois se suicidam. E por aí vai a violência no mundo.
Alguma explicação cabível para isso? Existe, sim. Tudo, queira ou não queira, gira em torno de baixos interesses e, principalmente, dinheiro. O que não se faz para conseguir dinheiro? E pensar que ele foi inventado somente para facilitar a vida da humanidade. Para facilitar as condições de troca de mercadoria. E, espiritualmente, para que as energias pessoais possam ser compartilhadas, isto é, com a troca de dinheiro haveria também intercâmbio energético, unindo assim a humanidade.
O que vemos é uma deturpação da origem benéfica de uma invenção.
Aí, penso, como criar simultaneamente tamanha perfeição e imperfeição juntas? Será que o bem somente poderá se sobressair se o mal existir? Será que a paz necessariamente deverá vir depois da guerra? Será que, nos dias atuais, quem sofre de síndrome de pânico é mais lúcido do que aquele que vive tranqüilo?
Pregamos o amor, pregamos a paz, pregamos a solidariedade, pregamos o respeito mútuo. Isso, fazem as pessoas que querem o bem do próximo. Mas os bandidos também querem o bem do seu próximo, porém de forma violenta. Mas como costumo tirar alguma coisa boa de toda a tragédia, uma coisa eles nos ensinam: a união. Esse movimento de violência, por incrível que pareça, está mostrando uma união forte entre seus membros. Se todas as pessoas de bem, ao invés de estarem espalhadas aqui e acolá, se unissem reivindicando melhores governos, melhores policiais, melhores advogados, enfim, reivindicassem melhores condições para quem quer o bem, a situação seria bem diferente.
Dizem que nada cai do céu. Em vista disso, a luta é árdua. Que cada um possa encontrar mais um e mais um e assim por diante, para passar, não só palavras, mas exemplos de como é viver do lado do bem.
A união para o bem faz a força benéfica vencer. Que tal nos unirmos?
Texto revisado por Cris
Avaliação: 5 | Votos: 11
Comecei no Stum em 2001. Escrevia artigos como forma de desabafo, mas vi que a qualidade não estava boa. Estudei bastante e me aperfeçoei na poesia. Hoje tenho dois livros editados, O UM e ATOS REVERSOS, sob o pseudônimo de Alma Collins. Escrever é a sublimação do pensamento posto no papel. Espero que gostem E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |