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Quem você realmente é?

Atualizado dia 5/4/2020 12:09:28 PM em Autoconhecimento
por Wiliam Wagner Silva Sarandy


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O autoconhecimento é o primeiro indício positivo de que temos qualidade de vida, pois, para melhor contato com o outro, interação saudável com o ambiente à nossa volta e harmonização com o TODO, precisamos reconhecer e aceitar os nossos próprios conteúdos e potenciais internos.

O que poderia lhe impedir de escolher ser quem você realmente é? Talvez, você argumente: isto é praticamente impossível, pois, constantemente somos forçados a exercer papéis (subpersonalidades) e muitas de nossas escolhas são inconscientes ou nem sempre nos é dado a oportunidade de escolher.

No entanto, perguntamos: O fato de exercer papéis mudaria a si mesmo? As escolhas inconscientes ainda assim não seriam escolhas e a conformidade em não escolher também não seria uma escolha?

Em busca de si mesmo...
 
Assim, quem é você? Empreenda uma busca íntima (intrapessoal) sobre esta frase. Responda a esta simples pergunta várias vezes, durante um tempo de cerca de 2 minutos. As respostas deverão ser marcadas por uma outra pessoa para que você não distraia a sua atenção do foco da questão:


QUEM É VOCÊ?
Reflita um pouco...

Eu tenho um corpo, mas não sou apenas esse corpo. Meu corpo pode se encontrar em diferentes formas e condições de saúde ou de doença. Porém, isso não tem nada a ver com o meu eu verdadeiro.

Tenho um comportamento, mas não sou esse comportamento. Todo o meu comportamento provém dos meus pensamentos e desejos. Talvez, eu ainda não tenha desenvolvido o melhor controle de mim mesmo, muitas vezes funcionando como um piloto automático e às vezes me comportando de forma inadequada... Mas ainda que me comporte bem ou mal, não sou esse comportamento. Isso não tem nada a ver com o meu verdadeiro eu.

Tenho emoções, mas não sou essas emoções. Talvez  ainda não tenha  desenvolvido o melhor controle de mim mesmo,  ocasionando algumas vezes emoções negativas  e outras  vezes positivas. Porém, à medida em que eu for compreendendo quem eu sou, a minha vida se descortina em novos horizontes... Embora uma onda de emoções às vezes possa me dominar, sei que não sou essas emoções. Minha verdadeira identidade não muda!... O meu eu verdadeiro permanece o mesmo.

Tenho uma mente, mas não sou essa mente. Minha mente é uma ferramenta que tenho para criar minhas emoções, meus comportamentos e o meu corpo físico, assim como todas as coisas que atraio para a minha vida! Talvez, ainda não tenha desenvolvido o melhor controle de mim mesmo, permitindo que a minha mente às vezes me governe, em vez de eu mesmo controlar a minha mente. Entretanto, a minha mente é apenas um instrumento, talvez o meu instrumento mais valioso, mas ainda assim não é aquilo que eu sou verdadeiramente!... 

Um conto das arábias...
 
Conta a lenda que Nasrudin decidiu conhecer mais sobre a natureza humana. Assim, colocou-se na mesma condição do povo, vivendo em seu meio como um igual.
 
Nessa condição, aprendeu muito mais do que esperava... dialogou, fez, sentiu e pensou sobre coisas antes não imaginadas pelo preconceito de quem não conhecia outros mundos, a não ser aquele restrito aos padrões superficiais impostos pela elite dominante. Surpreendido com as experiências vivenciadas, decidiu dividi-las com os homens nobres, a fim de mostrar-lhes quão nobres são todos os homens...
 
Entretanto, em um ímpeto de entusiasmo, foi ao Palácio Imperial tal qual encontrava-se junto ao povo. Nenhuma nova veste, nenhum novo adorno o cobria, mas suas expressões refletiam muito mais do que qualquer homem pensaria ser possível representar. Tal postura tão altiva e confiante confundiu os guardas da entrada do palácio, os quais titubearam à sua presença...
 
Dentro do grande salão, no entanto, causou olhares de espanto e murmúrios de crítica, não sendo reconhecido entre os nobres. Mais uma vez surpreendido, mas entendendo o ocorrido, caminhou em direção ao Trono Real, o qual encontrava-se vazio. Sentando-se nele, vozes de protesto levantaram-se, questionando-o:
 
– Quem sois vós? Como ousais sentar no Trono de nosso Rei? Sois, pois, um mensageiro de um reino vizinho vindo a nos dizer algo urgente e importante?
 
Ao que responde de modo matreiro...
 
– Hum... Eu sou muito mais do que isso!...
 
E, assim, continuando ora com um, ora com outro...
 
– Então, sois vós um ator palaciano a nos apresentar uma peça?
 
– Hum... Eu sou muito mais do que isso!...
 
– Sois vós, então, um poeta do reino que veio para nos elevar as emoções da alma?
 
– Hum... Eu sou muito mais do que isso!...
 
– Então, quem sois? Um sábio a nos compartilhar algo do vosso saber?
 
O que poderia ser um motivo de se encerrar a ansiedade das pessoas presentes, foi respondido, ainda de modo matreiro, e utilizado ao propósito ao qual se colocou imbuído:
 
– Hum... Eu sou muito mais do que isso!...
 
Estando a plateia confusa e não havendo mais personagens a destacar, alguém perguntou:
 
– Então, sois vós um Rei?
 
– Hum... Eu sou muito mais do que isso!...
 
– Impossível! (exclamou um) – Somente Deus é maior do que o Rei?
 
– Hum... Eu sou muito mais do que isso!...
 
– Blasfêmia! (esbravejou outro) – Ninguém é maior do que Deus?
 
Chegando onde desejava, concluiu:
 
– Quem sou eu?... O que importa uma definição? Palavras, são apenas como folhas ao vento..., pois... eu sou muito mais do que eu digo, eu sou muito mais do que eu faço, eu sou muito mais do que eu sinto, eu sou muito mais do que eu sei...

 
Exercício:
 
Verbalize, neste momento, a sequência abaixo:
 
– Quem eu sou?
 
– Eu sou muito mais do que eu digo...
– Eu sou muito mais do que eu faço...
– Eu sou muito mais do que eu sinto...
– Eu sou muito mais do que eu sei...
 
– Eu, sou eu!...


Eu me reconheço como um centro de autoconsciência pura! E me afirmo como um centro de vontade, capaz de dominar, dirigir e bem usar todos os meus processos mentais, as minhas emoções, os meus comportamentos e o meu corpo físico!

[Texto inspirado e adaptado da Técnica de Identificação e Desidentificação, conforme ASSAGIOLI, Roberto. Psicossíntese: manual de princípios e técnicas. 2a ed. São Paulo : Cultrix. 1992].

Texto Revisado

         








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Minha missão é apoiar as pessoas a desenvolverem seus potenciais interiores, vivenciarem melhores relações interpessoais, realizarem seus propósitos pessoais e profissionais e promoverem suas competências de comunicação e de liderança.
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