RECORDAÇÕES DE VIDAS PASSADAS
Autor Christina Nunes
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 6/12/2004 10:30:41 AM
Por que não as temos, ou quando as acessamos, é como se através de um véu que precisamos descerrar, enquanto ainda encarnados?
Faz-se útil abordar reiteradamente este assunto, de vez que é um dos mais aventados por aqueles que ainda necessitam de esclarecimento de dúvidas, acerca das características nas quais se dão as vidas sucessivas.
Costuma-se perguntar com muita frequência por que haveríamos de responder por coisas de um passado que não nos recordamos. Ora; imaginemos uma situação na qual, voluntária ou involuntáriamente, tenhamos provocado em alguém algum tipo de lesão. Uma agressão verbal gratuita, uma ofensa, ou um ferimento causador de grande sofrimento; e que, por eventual fatalidade, perdêssemos temporáriamente a memória de todos os acontecimentos, do dia anterior para trás. Acaso as consequências do que tenhamos feito desaparecerão como por mágica, somente porque não guardamos disso as lembranças?
Não mesmo. Vida é processo, e um ínfimo suspiro nosso desencadeia ondas na atmosfera. Que dirá de atos pautados no nosso eterno livre arbítrio, de monta a atingir ininterruptamente tudo e todos os que nos cercam, em interação constante, ocasionando respostas e reações?
Na nossa própria realidade física o observamos com frequência, embora disso não muito nos apercebamos, de dentro do turbilhão da correria da vida diária; a incúria do homem para com o meio ambiente, durante séculos, ocasionou o que agora presenciamos na situação climática, e no desequilíbrio com que por vezes nos surpreende, no terreno dos distúrbios ambientais. A contínua emissão de gases venenosos para a atmosfera planetária há pouco degenerou na cratera descomunal na camada de ozônio, necessária à nossa proteção contra a sobrecarga negativa dos raios solares. No contexto pessoal, quantas afinidades e animosidades se constroem, dia após dia, em decorrência da comunhão entre componentes de grupos que se formam, interagindo entre si? Em suma, tudo na vida é demonstração patente da lei das consequências.
É importante o entendimento de que nem sempre as recordações das vidas passadas podem nos ser úteis, para o que viemos de empreender neste momento da nossa jornada. Desta forma, o esquecimento, em muitos casos - não em todos, o que se confirma nas situações das terapias regressivas que vêm sanar variados gêneros de traumas, antes insolúveis - o esquecimento, repita-se, se confirma um dispositivo sábio criado pelas leis regentes das engrenagens evolutivas, no sentido de preservar a nós mesmos de impactos emocionais negativos para o que planejamos construir em parceria com outros, a nosso favor, e em favor daqueles que nos são próximos, no indispensável trabalho de harmonização com todos os seres.
Lembremos que em nada seria útil a recordação de que este ou aquele que hoje nos acompanha como valioso afeto familiar ou profissional fora, em vidas longínquas no passado que determinou o nosso crescimento até aqui, algum inimigo arraigado, ou personagem problemático e causador de tropeços e lágrimas nas nossas vivências. Abriríamos mão, hoje, destes afetos preciosos, em função de tais lembranças? Ou acaso valeria a pena que permitíssemos que estas recordações, em mais nada importantes numa situação já renovada, viessem denegrir o nosso progresso conjunto no esforço de união fraterna?
Nossa vida é una e contínua, do passado mais longínquo que vela as nossas origens, ao ponto na eternidade que não conseguimos entrever. Lembranças e acontecimentos são apenas nuvens conferidoras das paisagens variadas das nossas experiências e do nosso aprendizado. Devemos aprender a conotação sábia das disposições com as quais a Misericórdia suavemente nos direciona em direção àquela paragem de luz, onde nos nutriremos apenas da gloriosa realização das nossas divinas potencialidades.
Com amor,
Lucilla e Caio Fábio
"Elysium"
https://www.elysium.com.br
Lucilla é autora do romance psicografado lançado este mês, "O PRETORIANO", pela editora MUNDO MAIOR (www.mundomaior.com.br). Leitura fácil e envolvente, de autoria espiritual de Caio Fabio Quinto, o conteúdo trata de uma das vidas passadas vividas pela médium e pelo seu mentor, na Roma de Júlio César, de cujos exércitos Caio foi um dos comandantes, narrando lances de convivência no cotidiano dos personagens, ricos de ensinamentos ilustrativos da Codificação Espírita de Kardec, das leis de causa e efeito, e do aprendizado espiritual que a todos nós envolve no decorrer do nosso trajeto evolutivo durante as reencarnações terrenas.
Os direitos autorais estão revertidos às obras assistenciais da FUNDAÇÃO ANDRÉ LUIZ, no amparo aos deficientes.
Aos interessados, maiores informações para compra no site da editora, ou no da FUNDAÇÃO ESPÍRITA ANDRÉ LUIZ: link
Avaliação: 5 | Votos: 18
Chris Mohammed (Christina Nunes) é escritora com doze romances espiritualistas publicados. Identificada de longa data com o Sufismo, abraçou o Islam, e hoje escreve em livre criação, sem o que define com humor como as tornozeleiras eletrônicas dos compromissos da carreira de uma escritora profissional. Também é musicista nas horas vagas. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |