RELAÇÕES AFETIVAS
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Autor Veronica Mucury
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 3/18/2006 4:22:41 PM
Ouço muitos questionamentos sobre as trocas afetivas e me pergunto sempre por que é tão difícil aceitar as pessoas como elas são ou por que temos que mudar ao longo da relação e, ao mesmo tempo, cobrar do outro mudanças de comportamento! Quando as pessoas se conhecem, elas simplesmente são espontâneas e são elas mesmas mas, aos poucos, vão perdendo sua força e sua naturalidade, tornando-se personagens frustradas dentro de um relacionamento que vai perdendo a graça, a alegria e a liberdade.
De quem é a culpa? Dos dois. Analise por que você precisa mudar, por que é necessário se tornar um cobrador do outro. A liberdade, na realidade, permite que as pessoas fiquem juntas porque simplesmente se gostam. O ciúme e a posse começam a gerar a perda do afeto; a desconfiança torna o afeto desgastante ao invés de garantir “estabilidade e confiança”. Deixar o outro livre e simplesmente confiar e gostar de estar junto geram a aproximação de fato e funcionam, fazendo com que o outro venha e fique o tempo que quiser ficar.
A queixa é sempre que o outro não está atento às nossas necessidades. Será que o outro tem que estar sempre nutrindo carências que, às vezes, nem são compreendidas sequer por nós mesmos, pois estão lá na infância ou em vidas passadas ou dentro das expectativas que não foram realizadas nesta vida?
Como espíritos somos tão complexos e ao invés de buscarmos atitudes simples e honestas criamos turbilhões emocionais extremamente intensos diante do dia-a-dia. Criamos traumas que vão se somando e se tornando cada vez mais desgastantes. O afeto deve ser celebrado um dia de cada vez, ser saboreado como algo gostoso que está à nossa frente. Se eu não inventar uma ilusão ou se eu não criar expectativas mirabolantes, com certeza, vou aprender a conviver com tranqüilidade e com a naturalidade necessárias.
Outra coisa que observo é como se perde facilmente a intimidade em um casal, pois eles deixam de conversar coisas tão simples e entram num processo de críticas e julgamentos e, pior, de “achismos” ou falsas crenças: tudo se torna uma grande nuvem negra de pensamentos e sentimentos tão absurdos, de um em relação ao outro, que me assusto ao observar do que a mente é capaz de criar no plano mental e, ao mesmo tempo, do que se forma no plano espiritual em conseqüência desta energia.
Desejo apenas que as pessoas sejam capazes, em que nível afetivo for, de conseguir simplificar o dia-a-dia e as relações; que se abram com seus parceiros e que, antes de acharem ou deduzirem, simplesmente perguntem um ao outro o que se passa na verdade, que falem dos seus sentimentos com mais naturalidade e menos cobrança.
Lembrem-se: ninguém é obrigado a dar o que não tem.
Verônica Muccury
17/03/2006
Texto revisado por Cris
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