Resgatando sentimentos de amor
Atualizado dia 5/15/2007 12:53:49 AM em Autoconhecimentopor Flávio Bastos
Lembro de várias situações ocorridas na infância associadas às experiências de regressão espontânea a vidas passadas que aconteceram na fase adulta. Foi após as revivências que comecei a ter insight a respeito das experiências infantis em conexão com o conteúdo regressivo.
A partir de cerca de 12 anos, comecei a passar férias de verão no campo e a sensação de liberdade que sentia, apesar de ser apenas uma criança nascida e criada em cidade grande, era indescritível, tal era a afinidade que tinha com a natureza selvagem do lugar.
Lembro que os meus tios preocupavam-se com as minhas saídas solitárias a pé ou, depois de adolescente, também a cavalo. No entanto, por confiarem no meu senso de orientação, sabiam que mais cedo ou mais tarde eu retornaria "são e salvo".
Gostava imensamente de estar em contato com a água dos rios e córregos; de caminhar descalço na grama do campo; de subir em árvores ou cerros e observar detalhadamente a natureza ao redor e de imitar o canto dos pássaros ou o som emitido pelos macacos ou graxains do mato.
A natureza era o meu elemento, era onde sentia-me integrado e em casa. No entanto, a minha "verdadeira" casa, a minha família, ficava à 600 Km de distância daquele majestoso lugar. O que explicaria esta confusão de sentimentos na cabeça de uma criança? Porque essa criança criada em apartamento de cidade grande teria tanta desenvoltura e familiaridade no contato com a natureza selvagem?
Trinta anos depois fui saber a resposta através de uma regressão espontânea rica em
detalhes que havia sido, na antepenúltima vivência, um índio da nação sioux, hoje território pertencente ao Estados Unidos. Sabemos como foi a sorte destes índios das planícies norte-americanas, contudo, o que fica na memória extracerebral de vidas passadas, não são somente os traumas, as tristezas ou o sofrimento. Temos que considerar as experiências que nos deixaram marcas positivas com repercussões nos dias atuais da nova vida.
Portanto, o significado de "vidas passadas" deixa de ter uma associação como se fosse o final de várias jornadas com a "morte" como pano de fundo, à medida que percebemos o lado positivo e saudável do que fomos e, que de certa forma, continuamos sendo. Porque o espírito jamais retrocede no seu caminhar evolutivo e as experiências regressivas servem para que o indivíduo compreenda que a vida é uma continuidade do que viemos sendo com o passar dos séculos.
Aprendemos com as vivências passadas a bloquear ou a liberar sentimentos que nos propiciaram desgostos ou satisfações e prazeres. Por isso, nas regressões, devemos perceber também o lado positivo do que fomos e associá-lo ao que hoje somos. Sentimentos intensos que nos trazem prazer, normalmente, são sintonias que permanecem latentes em nosso inconsciente e que precisam vir à tona da consciência para que possamos aproveitá-lo na continuidade da existência do espírito. O amor à natureza, por exemplo, é um deles, e pode vir revestido de um significado muito mais profundo do que possamos imaginar.
Psicanalista Clínico e Reencarnacionista.
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Texto revisado por: Cris
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Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |