RESSENTIMENTOS!
Atualizado dia 5/4/2006 7:39:31 AM em Autoconhecimentopor Paulo Valzacchi
A maioria dos ressentimentos tem início devido à criação das mágoas que têm origem em alguma decepção amorosa; isso gera, na criatura humana, também a depressão, pois o indivíduo não consegue aceitar as perdas nem mesmo entender os revezes da vida. Estamos em tempos em que é muito comum as pessoas desistirem de seus relacionamentos e, em geral, aqueles que são traídos ou que foram abandonados (embora esse não seja o termo correto) são os que caem em desequilíbrio e depressão. Todo esse processo cria diversas fixações mentais e emocionais. Vamos analisar qual a origem de todo esse sofrimento e o ponto-chave da criação dos ressentimentos.
Quando estamos nos relacionando criamos o que chamamos de processo de sedução, ou seja, mostramos uma face especial do nosso ser: somos atenciosos, cativantes, românticos, especiais. Esses aspectos produzem o encantamento que funciona extremamente bem na união; este é um aspecto bilateral, ou seja, tanto o homem quanto a mulher executam consciente e inconscientemente esses atributos para a conquista. Passado algum tempo esses rituais de sedução vão sendo eliminados pois, afinal, cada um já obteve o seu objetivo que era a união. Nesse período o homem e a mulher dizem frases inesquecíveis como: "Faz tão pouco tempo que o conheço, mas parece fazer anos..." ou "Na primeira vez em que te vi, senti que a gente já se conhecia há muitos anos...". Frases místicas e ligadas à alma gêmea são fundamentais nesse processo.
Interessante que cada indivíduo cria a ilusão do mito, ou seja, a mulher endeusa o amado: ele parece ser o príncipe encantado, o deus grego, o gladiador audacioso, o cavaleiro em sua armadura; e o homem vê a mulher como aquela linda donzela, frágil, inocente, pura e bela.
Diante desses atributos gerais o relacionamento toma diversas direções, pois é colocada aí a grande expectativa em relação ao companheiro, exigências são inconscientemente adotadas, um perfil de ser humano perfeito é instalado e a partir do momento em que aqueles pré-requisitos não são preenchidos e as exigências e expectativas não são cumpridas, vamos avolumando as nossas decepções que, em determinado momento, explodem como uma bomba-relógio.
Os problemas de relacionamentos se concentram quando colocamos exigências e expectativas, ou seja, rótulos e pressão em cima do outro e, principalmente, quando depositamos a nossa felicidade em uma pessoa. Por isso pergunto agora: "Em quem você depositou toda a sua felicidade?" Se você respondeu no outro, certamente terá grandes decepções, pois somente nós é que podemos ter consciência integral sobre nossa felicidade, afinal, relacionamento é apenas uma parte dela.
"Quais foram as suas exigências e expectativas em relação ao seu parceiro?" Obviamente você responderá que muitas, como aquelas pessoas que acreditam ainda na obrigação do marido lembrar-se do aniversário de mês do casamento, ou o 6º mês de namoro ou que sua cor preferida é amarela, que eu não gosto do travesseiro baixo ou do tubo da pasta de dente amassado; enfim, milhares de pequenas coisas que nem sempre são as que amadurecem um relacionamento.
Depois de tudo isso ocorre a perda, que na verdade não deve ter esse nome; a palavra perda é adequada quando perdemos objetos; relacionamento não pode ter perdas, afinal, não perdemos nada por aí. Quando usamos esse termo é porque além de exigentes somos possessivos; isso mesmo: o apego pavoroso que destrói os relacionamentos, que gera o ciúme, a perda de liberdade, as mentiras, pois queremos dominar os nossos parceiros e aí começa esse jogo de domínio que obviamente termina em rompimento. Portanto, exigências, expectativas ilusórias que são muito diferentes de objetivos conjuntos e concretos, além de apego, dominação perfazem o que chamamos de imaturidade de relacionamento. E não pensem que isso é somente para os casais jovens; muito pelo contrário, existem ainda casais que estão neste jogo de dominação, mas ninguém quer dar o braço a torcer, então, criam a insatisfação, a negligência, a desilusão e a infelicidade conjugal.
Quando então acabamos com o relacionamento é gerado o desespero, como se não houvesse nenhuma perspectiva de se resgatar a felicidade; parece que a vida perde o sentido, as cores desbotam, a visão fica monocromática; existe um incrível vazio que dia após dia nos consome, parece que não vamos suportar que tudo o de mais belo acabou e, agora, estamos livres para o sofrimento eterno.
Todas essas conseqüências são marcantes. Olhamos para nós mesmos como se a nossa alma tenha sido arrancada e esquecemos de ver que até então cultivamos a felicidade; e no final esquecemos de pensar que quem está saindo do relacionamento era o que estava infeliz, pois vemos a outra pessoa partir simplesmente. Até com aquele ar de alívio; então, finalizamos julgando: a vida acabou. Mas a vida não acabou! Preste muita atenção no que vou lhe dizer: a vida começou!
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Texto revisado por Cris
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