Sathya Sai Baba: início da manifestação plena de Deus
Atualizado dia 17/08/2008 21:50:41 em Autoconhecimentopor Marcos Spagnuolo Souza
A manifestação de Deus utilizando o corpo humano foi precedida de inúmeras alterações físicas e psíquicas, pois o garoto não respondia a ninguém que falava com ele e não aceitava nenhum alimento, passando todo o tempo em silêncio. Ocasionalmente o silêncio era interrompido por cânticos e citações da filosofia Vedanta, outras vezes recitando longos versos em sânscrito. Ocorriam risos e choros alternados, eloqüências e silêncios profundos. Noutras vezes Ele cantava e falava sobre Deus, descrevia lugares de peregrinação os quais ninguém conhecia e dizia que a vida era uma peça teatral. Recitava versos sagrados e poemas. Algumas vezes demonstrava força de dez pessoas; em outras, ficava fraco como o talo de lótus.
No dia 23 de maio de 1940 o garoto Sathya Sai Baba se levantou da cama e imediatamente chamou as pessoas da casa para perto de si e lhes deu açúcar cândi e flores tiradas de “lugar nenhum”. Logo os vizinhos chegaram e Sathya Sai Baba deu a cada um uma tigela de arroz cozido em leite, flores e açúcar cândi materializados com o gesto de suas mãos.
O seu pai Venkapa Raju foi chamado para vê-lo daquela maneira. As pessoas pediram que fosse lavar as mãos, os pés e o rosto antes de se aproximar do Doador de Bênçãos e Graças. Isso o irritou, pois achava que as materializações eram truques e que as coisas estavam escondidas em algum lugar, para aparecer com um gesto da mão. Queria que aqueles fatos se encerrassem antes que se transformassem em uma tragédia. Deu uma gargalhada e questionou o menino de modo que todos ouvissem da seguinte maneira: “Isso está indo longe demais e deve ser interrompido”. Armando-se de uma vara, deu um passo à frente e ameaçou bater Nele gritando: “Você é um Deus, um fantasma ou um maluco? Diga-me”. A resposta veio imediatamente: “Eu Sou Sai Baba. Pertenço à linhagem do Santo Apasthamba; sou do clã de Bharadvaja. Sou Sai Baba. Vim para afastar todos os seus problemas; mantenham suas casas limpas e puras”. Venkapa Raju ficou em silêncio, aturdido. A vara caiu de sua mão e ficou olhando para Sathya Sai Baba tentando compreender as implicações daquela notícia.
O irmão mais velho, Seshama Raju, se aproximou e perguntou: “O que quer dizer com Sai Baba?”. Ele apenas disse: “Venkavadhtha rezou para que Eu nascesse na sua família, então, Eu vim”.
Venkavadhtha foi o mestre de Kondama Raju (avô de Sai Baba) o qual reunia com seu mestre todas as vezes quando Ele estava presente na aldeia de Puttaprthi. Kondama descreve Venkavadhtha da seguinte maneira: “Ele era uma brisa, uma nuvem, uma ave proveniente do céu. Ninguém sabia de onde ele veio de fato e por onde passou. Não aceitava ligação ou laços com nenhuma pessoa. Somente usava roupa quando tinha uma pessoa em sua presença e a retirava quando a pessoa ia embora. Sua voz era suave e seus olhos eram brilhantes. Ele era leve, delicado e não substancial. Quando Ele colocava suas mãos sobre a cabeça de alguém a pessoa via e sentia o prelúdio do paraíso. No passado o sábio Venkavadhtha abençoou Kondama Raju dizendo: “Deus um dia Se jogará em seu colo”.
Referência: Resumo do livro "A vida de Bhagavan Sri Sathya Sai Baba", volume um. Escrito por N. Kasturi. Publicação da Fundação Sai.
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