Ser iluminada
Atualizado dia 11/27/2006 11:34:44 AM em Autoconhecimentopor Júlia Signer
Este tempo infinito, construído sobre o quê? Estas lindas mandalas-vidas de areia que se formam e se desfazem na mais pura alegria de criar e varrer. Mandalas e mais mandalas, infinitas em número, uma em vivência. É uma só mandala ou, de fato, são infinitas? Se o tempo nunca existiu como qualquer movimento é possível?
E é esta a existência, todo o eterno, imutável, criativo manifesto em tempo, espaço e pensamento. Dual, concreto, feito desta matéria imaterial. E assim de fora sólido, não o é em verdade; é incrível como esta realidade por mim experimentada me é fixa e definida; o tempo conta e eu mesmo tenho que fazer coisas dentro dela e há papéis a se representar e tudo se resume a isto: a vida e aos encontros criados e toda esta solidez nada sólida é. Se pela física nos aproximamos por demais de algo já não é algo, é movimento. Se por meditação experimento a realidade, ela em si não manifesta e manifesta tudo em todos os momentos.
Existir lá e cá ou cá e mais cá ainda. Infinita e por graça finita. Sem isto ser uma contradição. Agora, agora, existência única inerente. Tudo sempre existiu, por isso há de existir para o futuro também. É como se o passado se visse no lago e a sua imagem é o futuro, o presente é a película d´água que acomoda qualquer reflexo. E o que tem importância?
A experiência preciosa do agora, dos encontros, da forma que estamos, humana, na idade em que estamos, na condição qual é, o sentir, tudo aquilo que é único, a experiência de ser quem se é neste instante e fazer o que se faz neste momento. Desfrutar da manifestação, descobrir-se, descobrir-se em si, descobrir-se no outro, descobrir-se na paisagem. Descobrir-se do que impede o desfrutar livre fluído.
É tanta perda de tempo procurar acreditar demais no manifesto. A existência é como uma bela obra de arte! Mantenha-se no êxtase estético, não analise, mas sim compreenda, empreendendo todos os seus sentidos na compreensão. É uma dádiva o mundo, é uma dádiva sermos muitos em consciências separadas para experimentarmos uns aos outros. Dádiva, dádiva. Não desperdice nada, nenhuma flor, nenhum elogio, nenhum ato de carinho, não despreze o amor, seja verdadeiramente feliz. Permita que a alegria seja espontânea. Não há nada, entende? É este eterno presente, esta eterna dança cósmica, este eterno existir em mandalas de areias, ou não. Não há mandalas e sei lá o que há, se há. O existir há.
Desfrute o desenho da mandala, abarque ela toda, respire profundamente todos os dias e VEJA, SINTA, AJA dentro deste desfrutar de cores. Optar por dissabores não chateia a existência, a existência não tem essas coisas; nós, manifestos temos, temos guerras, temos brigas, temos terrorismo, produzimos medo uns nos outros. Pra que? Pra que, eu me pergunto?
Optem, meus eus espalhados pelo mundo, optem pela beleza, a real beleza que é além de ser manifesto em tantas partes, o amor permeia todas elas e nós podemos experimentar o amor, ou podemos experimentar o ódio. Na mandala, não há diferença, as cores são as mesmas. Mas no ódio não há desfrutar.
No amor... convido-o a amar, mesmo, completamente, cada pedacinho da manifestação; amar sinceramente a existência e experimentar todo o desfrutar que irá se proporcionar. Optem, optem, optem pela cura. Vem, amigo, desfrute da manifestação comigo.
Mensagem enviada como produção dos anjos em carne, para todo o mundo.
17/out/2006
Texto revisado por Cris
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