SER OU NÃO SER, EIS O SENÃO!
Autor Rose Romero
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 3/7/2004 8:27:25 PM
ESPIRITUALIDADE & PSICOLOGIA FEMININA
SER OU NÃO SER, EIS O SENÃO!
“Ser” efetivamente, presente de corpo e alma na própria vida, é falar e agir com sinceridade, sem inibição, temor ou agressividade. É ser claro e afirmativo, sem deixar dúvidas sobre o que pensamos e sentimos, porém, sem agredir ou provocar incômodo na outra pessoa.
Assim, SER NO MUNDO é a arte de defender nosso espaço vital, nosso “mundinho particular”, sem recuar e sem agredir.
Nem sempre é fácil nos expressarmos dessa forma porque, desde pequenos, nos ensinaram que a passividade , a omissão e até mesmo a submissão, em alguns casos, seriam nossas aliadas para viver em paz e longe dos conflitos. Essa cultura é o maior obstáculo para que adotemos atitudes assertivas no nosso dia-a-dia.
Outro obstáculo para sermos quem verdadeiramente somos, está na dificuldade em se falar e ouvir “não”. O “não” representa a quebra de uma expectativa. Ninguém gosta de ouvir um “não”, porque “não” é rejeição, e ninguém gosta de ser rejeitado. Nós não somos educados para aceitar a rejeição como uma circunstância normal da vida. Dizer “não” é sempre arriscado, embora, muitas e muitas vezes, seja necessário, imperioso, urgente, adequado e conveniente.
O grande segredo é “aprender a dizer não” e “aprender a ouvir não”, porque a forma de dizer e a forma de ouvir podem fazer a diferença entre o prazer e o desencanto, entre a harmonia e o conflito.
O ser humano precisa aprender a conviver com o “não” como uma contingência natural do convívio e, a partir dessa regra, jogar o jogo da vida com as cartas de que dispõe.
Se você decidir ser coerente com seus atos, pensamentos e palavras, provavelmente irá :
. expressar seus sentimentos com espontaneidade, naturalidade e calma;
. adotará uma posição clara e transparente, sem disfarces ou máscaras;
. dirá sim ou não como decorrência de análise imparcial e jamais tendenciosa;
. enfrentará os problemas e não as pessoas, seu foco será o “fato” e não o “agente do fato”.
Será firme, quando necessário, sem ferir ninguém. Flexível, sem abandonar seu espaço vital nem invadir o do outro. E fará valer os seus direitos sem, contudo, negar os direitos dos outros, que considera tão importantes quanto os seus.
Difícil? Nem tanto!
Comece por investigar seus mais antigos hábitos e veja se costuma dizer sim quando gostaria de dizer não. Se teme ou receia desagradar as pessoas com quem tem contato, para evitar conflitos. Se omite suas opiniões em discussões para não pôr seu “espaço” em risco. Se só pensa na resposta depois que a oportunidade passou; se a ficha cai tarde demais. Se quando agressiva, responde muito vigorosamente, com rispidez, causando forte impressão negativa e, mais tarde, arrepende-se de ter agido assim. Se passa pela vida cheia de inibições, cedendo à vontade alheia e acaba guardando desejos e sonhos sem jamais tentar realizá-los....
Com uma breve reflexão sincera sobre o seu modo de ser e estar no mundo, você mesmo pode listar os pontos que precisam ser revistos e trabalhados.
Quando assumimos responsabilidade pelas conseqüências de nossos atos , pensamentos e palavras, somos capazes de reconhecer as oportunidades e não temos medo de agir em relação a elas. Mesmo quando nossas opções são limitadas, o fato de poder escolher nos faz independentes. As pessoas mais infelizes, geralmente, são aquelas que acreditam não ter opções na vida.
É preciso comprometer-se diariamente a se dar uma hora de atenção especial e amorosa.
Assim, com vontade e determinação, riscamos todos os senões que atrapalham a expressão da própria luz, e podemos encontrar, aceitar e manifestar a própria força e poder pessoal.
Rose Lane Romero da Rosa.
Psicóloga – Analista Junguiana
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Psicóloga Junguiana, Teóloga e Facilitadora das Oficinas ArteVida de Meditação do Projeto Labirinto E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |
