Ser Terapeuta
Atualizado dia 8/29/2008 4:21:13 PM em Autoconhecimentopor Rosane Portela Diniz
Lutar contra especialistas que o “fatiam” e só sabem tratar a “fatia” que lhe cabe, e contra a indústria farmacêutica que cobra “os olhos da cara” para lhe dar um remédio que a mãe natureza oferece gratuitamente, também não é! Ser politicamente correto para não melindrar a elite médica me faz crer que pisamos em ovos e que realmente a inquisição anda à espreita! Vestir-se de branco tentando imitar o médico é uma forma de tentar ganhar a confiança das pessoas que procuram a ajuda de um Terapeuta Holístico. Mas é um ledo engano!
O Terapeuta Holístico que acreditar nesse mito estará fadado a se tornar um fazedor de técnicas, assim como o médico que é incapaz de ouvir sua história com um ser total. Ele se atém ao “pé” que dói esquecendo que esse “pé” pertence a uma pessoa com uma história de vida! O “pé” faz parte de uma trama complexa que é o corpo humano, onde tudo está interconectado, onde um órgão depende do outro para que a máquina humana funcione perfeitamente.
Muitas vezes o Terapeuta Holístico teme não ser aceito, ser acusado de charlatão pelo cliente quando uma técnica X ou Y não produz o efeito desejado. Daí, tenta explicar seus métodos cientificamente e acaba se perdendo. Como explicar porque um magneto colocado num ponto auricular reflete num bem estar para o cliente? Que a cor azul acalma e a verde é curativa? Que a estagnação do Qi num determinado ponto é como um rio represado que uma hora vai acabar trazendo danos físicos à pessoa e que um shiatsu poderá dispersar esse Qi trazendo benefícios à sua saúde? Que o floral agindo de modo sutil, vai trazer à tona o lado melhor da pessoa?
Enfim, não dá para mensurar cientificamente as várias técnicas que um terapeuta pode usar para restabelecer a harmonia de seu cliente.
Mas também, temos um outro lado da moeda. Como houve um “boom” na profissão, é muito fácil o indivíduo fazer um curso de final de semana e sair atendendo como se dominasse plenamente a técnica. Isso denigre a imagem do profissional sério.
O que fazer, então? Como saber distinguir quem é de fato um Terapeuta Holístico e quem é um oportunista? Como se adequar ao mundo moderno sem perder a essência da profissão?
Acredito que a auto-regulamentação foi um grande passo no sentido de tornar a profissão algo mais palpável perante a sociedade trazendo mais credibilidade aos profissionais e um maior grau de confiança dos clientes, mas isso não é o suficiente. O terapeuta Holístico deve se aprimorar, respeitar e honrar sua profissão, bem como deve respeitar as pessoas que vem em busca de sua ajuda. Pensar no próximo como um ser humano total que não pode ser partido, “coisificado”.
Quem procura uma terapia alternativa quer algo diferente. Sejamos, então, simplesmente diferentes. Consciência, comprometimento com o próximo, ética e técnica são os pilares que todos deveriam seguir para resgatar a visão milenar da terapia holística.
Texto revisado por Cris
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