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Será que você é refém das suas emoções?

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Autor Ricardo Keller

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 22/08/2017 20:02:53


Será que você é refém das suas emoções? 

Por Ricardo Keller - Arquitetura do Ser

“Somos o resultado de nossas ações repetitivas. A excelência, portanto, não é uma atitude, mas um hábito.” – Aristóteles.

Talvez um dos maiores desafios que nós meros mortais enfrentamos seja controlar nossas emoções e tendências perante os desafios que a vida nos lança.

Para tanto é preciso auto conhecimento para compreendermos nossas atitudes, perceber e saber quais situações geralmente irão provocar fortes emoções e como iremos reagir diante delas.

Você sabia que 90% de nossas decisões são motivadas por impulsos instintivos, intuitivos, emocionais e sentimentais ( a neurociência já percebe como 95%!)? Isso mesmo, predominantemente decidimos emocionalmente e depois racionalizamos.

A questão é o quão sábio temos sido em nossas decisões, escolhas e reações perante as mais diversas situações e desafios da vida, desde comprar um novo sapato até mudar de emprego ou carreira, bem como decidir-se por uma vida de casado ou se separar.

Em 2002 o psicólogo israelense Dr. Daniel Kahneman ganhou o Prêmio Nobel de Economia defendendo a tese de que no processo de tomada de decisão, os impulsos primitivos e genéticos como o instinto, a intuição, a emoção e os sentimentos se sobressaem à razão.

Vejam algumas situações do dia a dia em que temos que tomar decisões e que as emoções sobressaem à razão.  Por exemplo, quando estamos dirigindo nosso carro em direção a um compromisso, reunião, e levamos uma fechada de outro carro. Independentemente do motivo (se foi sem querer ou intencional), qual é geralmente nossa reação? Geralmente ficamos zangados, as vezes xingamos e outras, mais extremas, damos o troco fechando o carro de volta. Quantos casos ficamos sabendo de brigas no trânsito que muitas vezes poderiam ser evitadas?

O serviço telefônico de emergência da Polícia Militar (PM) de São Paulo registra, em média, 2.100 ligações mensais relatando desentendimentos de trânsito na capital paulista. A cada dia da semana, são 70 chamados apontando discussões variadas entre condutores de veículos. Pelo menos 20 acabam em agressões físicas – todos os dias.

Ou quando esperamos o (a) namorado (a) nos pegar no trabalho ou em casa para um compromisso e o mesmo se atrasa, como você reage ao vê-lo? Muitas vezes ficamos chateados, pra não dizer bravos ou até desconfiado e acabamos sendo mal educados com o parceiro (a), a ponto de estragarmos o dia com uma discussão briga que poderá ser evitada.

Poderíamos citar um série de eventos e suas típicas reações e possíveis consequências, apenas para constatar o quanto emocionais e reativos somos em situações que “perdemos o controle” ou que estão fora do nosso controle, que nos pegam de surpresa, e assim, nos tornamos reféns de nossas emoções por reagirmos sem pensar. E o pior, por vezes, nos arrependendo de nossas reações, quando não nos tornamos vítimas das circunstâncias.

E é aqui que entra uma das habilidades mais importantes que todos nós deveríamos aprender a usar, a Inteligência Emocional, seja na vida pessoal como na profissional. Diferentemente de reagir instintivamente passamos a agir mediante reflexão, ou seja, uma ponderação entre o sentir e o pensar, ou se preferir, pensar com sentimento, agir com discernimento.

Para termos uma ideia da importância do que estamos falando, a Inteligência Emocional é uma das 10 habilidades que vão ganhar destaque no mercado de trabalho, segundo relatório do Fórum Econômico Mundial.

A Inteligência Emocional, em poucas palavras, é saber gerenciar nossas emoções. A gestão das emoções é fundamental para os profissionais que querem ter alta performance e se destacar num mercado muito competitivo e imediatista a resultados, tanto quanto a pessoa que quer conviver e se relacionar bem com os outros.

Vamos compreender um pouco melhor o que é Inteligência Emocional, conceituando brevemente inteligência e emoção para vermos como estão muito interligadas:

Conforme a pesquisa "Mainstream Science on Intelligence", que foi assinada por 52 pesquisadores em inteligência, em 1994, inteligência é definida como "uma capacidade mental bastante geral que envolve a habilidade de raciocinar, planejar, resolver problemas, pensar de forma abstrata, compreender ideias complexas, aprender rápido e aprender com a experiência... uma capacidade mais ampla e mais profunda de compreensão do mundo à sua volta - 'pegar no ar', 'pegar' o sentido das coisas ou 'perceber'"

A palavra emoção deriva do latim emovere, onde o e- (variante de ex-) significa "fora" e movere significa "movimento", ou seja, mover para fora.

Emoção é uma experiência subjetiva, associada a temperamento, personalidade e motivação, envolvendo reações orgânicas, bioquímicas e comportamentais. São reações puramente instintivas, enquanto os sentimentos são as emoções processadas pela razão humana, ou seja, uma racionalização da emoção.

Nossas emoções são fundamentais para nossa sobrevivência e orientação nos alertando de situações perigosas, quando nossas necessidades naturais estão em escassez ou quando nos sentimos incomodados com o comportamento de uma pessoa. Neste momento nossas emoções nos alertam e o mais interessante, nossas emoções nos ajudam a tomar decisões podendo causar importantes impactos no nosso bem-estar, na saúde física e mental, nas interações sociais, além de influenciar a capacidade de resolução de problemas (Smith e Lazarus -1990).

 Indo um pouco mais além, a emoção corresponderia a uma reação psicobiológica complexa, que envolve inteligência e motivação, portanto um impulso para ação. (Smith & Lazarus, 1990).

Assim a inteligência emocional envolve a capacidade de perceber com mais acuracidade, de avaliar e de expressar emoções e controlar emoções para promover o crescimento emocional e intelectual. (Mayer & Salovey, 1997, p. 15).

Não poderia deixar de citar Daniel Goleman, o percursor da Inteligência Emocional e talvez o mais conhecido dos autores e estudiosos do assunto. Em seus livros define 5 principais habilidades da I.E. , que se aprendermos a usar no nosso dia a dia, teremos grandes chances de sucesso:

  1. Auto Consciência: ser consciencioso, responsável, controlar os impulsos.
  2. Gerenciar Emoções: auto controle, dominar os impulsos, podemos mudar como reagimos a determinadas situações; não somos determinado estado de espírito, estamos no estado de espírito, portanto podemos mudar e escolher o estado emocional que queremos estar.
  3. Motivação: melhora contínua, vontade de realizar, ser protagonista.
  4. Empatia: perceber e sentir como as pessoas nos percebem, escutar atentamente os outros.
  5. Habilidades Sociais: como lidamos com relacionamentos, cada interação com o outro pode ser para melhor ou pior:
• É o poder de fazer os outros se sentirem melhor ou pior.

• É a habilidade de solucionar conflitos criativamente.

• Persuasão é a habilidade de convencer outros a fazer algo que você deseja.

Saber agir emocionalmente com inteligência pode trazer diversas vantagens no nosso dia a dia, desde a melhorar nossos relacionamentos com os outros até nos tornarmos melhores e mais hábeis gestores na vida profissional.

A inteligência emocional nos permite sermos mais sábios e serenos por ter a tranquilidade e discernimento para buscar as melhores estratégias para tomar decisões, lidar com mais maestria com os desafios que a vida nos traz, sejam eles mudanças, medos, inseguranças, perdas, ganhos e insatisfações em prol do sucesso nas atividades e na busca de alcançar objetivos.

No próximo artigo vamos falar como podemos gerenciar nossas emoções. Até lá desafio vocês a experimentarem respirar um pouco antes de reagir a alguma situação (respire umas 3 vezes, profunda e discretamente), a colocar mais sentimento no pensamento (usar o coração e a mente, a emoção e o pensamento) compreendendo e controlando suas emoções com mais discernimento e serenidade nas suas próximas decisões e escolhas visando serem protagonistas de suas vidas e não reféns de suas emoções. Sucesso!

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Ricardo Keller
Consultor de Desenvolvimento Humano 
Facilitador, Coach & Terapeuta Holístico
 
ARQUITETURA do SER
Desenvolvimento Humano 
& Organizacional

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