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Série Sobre os Egos - III - A Mãezona (A Imperatriz)

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Autor Vanessa Mazza Furquim

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 07/08/2007 21:34:00


Cada Arcano Maior retrata em profundidade aspectos muito enraizados de nossas personalidades, que são demonstradas simbolicamente por meio dos arquétipos universais – uma espécie de base psíquica existente em todos os seres humanos, que identifica símbolos e conceitos, independente de cultura e educação - que, desde o Egito Antigo, como se acredita, vêm ilustrando as cartas do baralho e igualmente suas consultas.

O terceiro Arcano Maior do tarô é A Imperatriz. No Tarô Mitológico, ela é representada pelo mito de Deméter (chamada de Ceres pelos Romanos), a deusa que representava a vida, a colheita, a abundância e também a maternidade.

Assim, com o mesmo desvelo e atenção com que Deméter nutria a terra, a pessoa representada por este ego nutre suas relações pessoais: como uma grande mãe. Entretanto, como este estudo vem revelar mais o aspecto negativo do ego do que as boas qualidades associadas ao Arcano, a pessoa regida pela carta da Imperatriz pode ser chamada de A Mãezona.

A Mãezona (ou o Paizão) é aquela pessoa que vive para agradar e ajudar aqueles que admira e gosta. Enche a vida dessas pessoas com pequenos gestos carinhosos e agradáveis surpresas. Faz muito mais do que é pedido e parece estar sempre vigiando seu objeto de atenção, em busca de alguma necessidade a suprir. Assim, dedica grande parte do seu dia-a-dia a resolver problemas alheios, gastando preciosa energia vital e desvalorizando-se gradativamente.

Pois, quando vivemos nossa vida em função de outra pessoa, deixamos de realizar muito por nós mesmos. Não praticamos atividades que gostamos, não cuidamos do nosso próprio corpo, não conseguimos falar “não”, tudo por acreditar que se falharmos alguma vez, se não suprirmos “aquela necessidade”, seremos rejeitamos e deixados de lado.

Quando se vive de maneira tão intrinsecamente ligada aos desejos de outro(s) ser(es) humano(s), perdemos nossa essência e acabamos ficamos extremamente dependentes. Se o outro está feliz, ficamos felizes, se está triste, nos entristecemos, tal como uma verdadeira mãezona, que não consegue se desvincular da vida de seus pequenos (que nunca vê crescer) e que chega mesmo a desejar secretamente que não se tornem independentes, para que ela continue sendo grande em suas vidas. Grande e necessária.

Se você se reconhece neste perfil, é importante começar a reparar onde sua vida termina e começa a do outro. Se nos dedicamos demais ao amigo(a), namorado(a), marido(a), amante, familiar, não só o sufocamos com tanto afeto, a ponto de sermos considerados “pegajosos”, como acabamos por tirar o mérito das conquistas que eles possam alcançar, assumindo inclusive culpas por erros que foram de única responsabilidade deles.

Além disso, ao não vivermos de fato nossas vidas, ficamos estacionados no tempo e deixamos de evoluir, aprender, conhecer outras pessoas. Fora que sempre seremos perseguidos pelo fantasma da ingratidão. A maioria das pessoas atendidas com todo este desvelo de mãe, costuma não retribuir à altura e até a ficar mal-acostumado, a ponto de exigir cada vez mais, não libertando ou acordando a Mãezona da ilusão em que vive.

É preciso, portanto, ser firme para deixar que as pessoas que amamos caminhem com as próprias pernas. Muitas vezes as veremos cair e sofreremos ao saber que não devemos sair correndo para levantá-las, pois é este esforço ao se reerguer que as farão mais fortes.

Devemos igualmente não confundir sacrifício moral e abnegação com o ego da Mãezona. Grandes Espíritos que vivem e viveram neste mundo foram exemplos magníficos de dedicação ao próximo. A diferença entre eles e o nosso ego da Imperatriz, é que eles nunca esperaram nada em troca e muito menos deram exclusividade de cuidados a poucos. Eles abraçaram o mundo.

Então, cuide de si mesmo em primeiro lugar, enchendo-se de carinho e atenção e livre-se do apego. Todos nós somos livres e temos nosso livre-arbítrio. É bom começar a usá-lo adequadamente.

Ler Série Sobre os Egos – Qual é o Seu?
Próximo texto: IV – O Tirano (O Imperador)

www.manik33.blogspot.com

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