Simplifique-se!
Atualizado dia 7/15/2020 10:39:49 PM em Autoconhecimentopor Rodrigo Durante
Explicando de maneira mais simples, nós criamos uma necessidade que verdadeiramente não existe, para quando a conquistarmos nos permitirmos liberar quimicamente em nosso corpo uma sensação de alegria e realização. Colocamos nosso sistema nervoso e endócrino para funcionarem baseados no personagem que acreditamos que somos, com todos seus sistemas de crença e não no ser, nossa parte já realizada, a fonte da compaixão, alegria, segurança, plenitude, paz e verdadeiro bem estar em nós.
A maneira que temos funcionado é tão complicada e distorcida da verdade de quem somos que para permanecermos assim precisamos de constantes atualizações, nos programando com mais informações e criando mais necessidades para estarmos bem, para nos equilibramos, nos sentirmos seguros ou sentir que a vida vale a pena.
Assim, enquanto crescemos em detalhes e tecnologia, regredimos em consciência e praticidade, precisando de cada vez mais esforço para sentir aquilo que em verdade não requer esforço algum, a paz.
As complicações que colocamos como condições para estarmos bem foram tão "bem" pensadas que criamos também mecanismos de segurança para não sairmos delas, nos amarrando em crenças limitantes e aprisionantes neste sistema. Sentimos medos inexplicáveis, vazios, propensões e impulsos que nos conduzem automaticamente a um caminho ou outro, uma solução ou outra, mas deixando-nos andando em eternos círculos sem sairmos do lugar. Mudam-se os cenários e as circunstâncias, mas são sempre os mesmos sofrimentos e anseios os ingredientes de nossa eterna insatisfação.
Conscientes ou agindo em total inconsciência deles, o sofrimento e o medo do sofrimento que sentimos em nosso corpo às vezes são tão grandes que muitas vezes não conseguimos nos desidentificar deles ou parar para mudar o padrão, mas apenas sucumbimos aos seus apelos desesperados por alivio imediato, que sempre nos manterão presos nestas condições.
Enquanto agindo ou reagindo motivados por estas crenças e emoções, estamos identificados com o ego/intelecto. Porém, ao pararmos e apenas observarmos a sensação emocional que foi disparada em nós, instantaneamente nos colocamos no observador e, por mais que ainda sintamos a dor e sofrimento da emoção que tenta nos controlar, já não estamos mais presos a ela, interrompendo assim o ciclo de sofrimento e sacrificada busca exterior por satisfação.
Para cada condição exterior que damos importância como regra para nossa realização e bem-estar, ainda que momentâneos, podem ser disparadas emoções desagradáveis quando lidamos com tal assunto, quando passamos por algum acontecimento, lembramos de algo ou ouvimos algo de alguém relacionado a isso. Assim, o exercício da atenção plena ao que sentimos é importante, sabendo que somos o observador, não aquilo que observamos.
Aos poucos, a cada sofrimento e exigências que afloram, ao não nos sucumbirmos a elas nos reafirmamos como aquele que apenas observa e vamos nos desidentificando da necessidade de satisfação exterior para estarmos bem. Da mesma forma, nos observando, também passamos a reconhecer que a compaixão, a alegria, a segurança, a plenitude e a paz sempre estiveram dentro de nós e que nunca dependeram da nada externo para existir.
Simplificar a nossa vida significa primeiramente abrir mão das complicações que acreditamos serem necessárias para nossa felicidade e bem-estar, enquanto atentos ao mecanismo de busca exterior, pois buscar pouco ou muito é a mesma coisa, nos mantemos condicionados e em sofrimento da mesma forma. Já ao encontrarmos dentro de nós a Fonte de tudo o que é bom, nossa busca e sofrimento se encerram, pois nos reencontramos com nosso ser.
Em Paz,
Rodrigo Durante
Texto Revisado
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