Sobre o bela, recatada e do lar: da impossibilidade de ser única
Autor Goretti Lima - EFT
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 4/21/2016 11:06:30 AM
Amo a multidão [e o isolamento]
Adoro o (meu) silêncio,[toda a mudez]
Sou da paz e da guerra [pelos meus desejos]
Sou do lar, da rua, dos mares, da noite, das manhãs
Sou de mim, de você, do Universo, de ninguém
Um pé na fé, outro na desilusão
Um pé na ciência, outro na religião, outro na crendice, outro no vazio, outro no medo, outro...já nem sei..
Quero estar junto e misturada, e separada também
Quero tudo e não quero nada
Quero amar e ser amada, ao som do silêncio do amor e do barulho da paixão, do toque tântrico, da energia viva que conduz a Deus
Sou única e igual, especial e comum, simples e complicada
Mas quero, [isso eu quero de verdade] é amanhecer serena, deixar o rio correr e refazer o instante de felicidade a cada segundo, pois ele se perde e retorna, se perde e retorna, e vai e vem, como as ondas do mar..
Não há como fechar um conceito de mim mesma, não há como radicalizar, estigmatizar. Há algo que parece permanecer em mim, há coisas que desandam e se rearranjam todos os dias. Quem dera pudesse me descrever Bela, Recatada e do Lar. Não! Posso até ser isso ou essa em alguns momentos, mas sou um universo de possibilidades, cada dia transitam e se renovam milhares de células em meu corpo. Como posso me definir única?
No Dicionário de Termos Médicos, de Manuel Freitas e Costa, edição da Porto Editora, a personalidade é definida como «comportamento ou modo de ser que caracteriza um indivíduo e que o faz distinguir de outro indivíduo»; e acrescenta que «a personalidade pode assumir diferentes facetas específicas, mesmo com aspectos patológicos (asténica, compulsiva, delirante, dependente, depressiva, esquizóide, fóbica, histérica, infantil, obsessiva, paranóica, etc.)». Quanto a caráter, diz que é «aquilo que distingue uma pessoa da outra, que lhe é próprio ou peculiar» ou «o que distingue moral e intelectualmente uma pessoa». Posso ter uma personalidade fraca ou forte a acompanhada de um bom ou mau caráter e vice-versa. Dependendo das circunstâncias, posso agir conforme meu caráter ou seguindo as tendências da minha personalidade. Ou alterar ambas, conforme a pressão do momento, do contexto, das emoções.
Assim, cuidemos nós para que não nos fechem em conceitos estáticos, pois devemos nos preocupar mesmo é em sentir-se bem conosco a cada dia, este é o grande desafio. Lidar com as oscilações de humor, de entusiasmo, de ânimo pela vida, de fé. Isso sim é importante. Conceitos morais e estéticos podem esconder uma falsa realidade, uma hipocrisia, uma tentativa de se encaixar na grande roda vida do capitalismo, do que se espera que sejamos e tenhamos, a fim de sermos “aceitos”.
A única coisa que devemos manter firmes e persistentes é o amor próprio, que logo se estenderá para o amor aos outros, ao universo, a vida. Se você consegue se amar quando acorda bonito ou feio, gordo ou magro, alinhado ou desarrumado, com ou sem grana, então já está de “boa”, já tem as ferramentas para transformar-se e transformar a realidade em que vive. Preocupe-se se lhe falar este amor próprio, se sentir-se constantemente rejeitado (a), isolado, desprezado, se não se sente bom o bastante ou se acredita que não merece ser amado. Isso sim é preocupante! Uma psicoterapia pode ajudar e a EFT é mestra no assunto, pois remove crenças limitantes, resgatando nosso amor próprio.
Mas não deixe ninguém lhe fechar em conceitos!
Goretti Lima, Psicóloga e Terapeuta em EFT
Avaliação: 5 | Votos: 3
Psicóloga Clínica, Hipnoterapeuta, Terapeuta em EFT, Reiki Nível I e II, Consteladora Familiar Sistêmica, Hipnoterapeuta Yageriana, Colunista no Jornal Portal do Sertão - Arcoverde/PE. Blog com artigos no www.efterapia.com e no STUM. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |
