Surgiu a doença, e agora?
Atualizado dia 01/12/2007 16:17:39 em Autoconhecimentopor Flávio Bastos
Por um lado, a medicina contemporânea apesar de ter evoluído consideravelmente no sentido do controle das enfermidades através de medicamentos químicos e vacinas preventivas, no avanço do conhecimento e da tecnologia cirúrgica e também no extraordinário progresso da medicina psicossomática, o médico, por uma questão cultural, continua com dificuldades de vivenciar na prática os aspectos psicológicos e espirituais da doença.
Por outro lado, a linha holística resumida na famosa advertência de Platão, "O grande erro dos nossos dias, ao tratarmos o corpo humano, é separar a alma do corpo", considera o indivíduo como entidade global, isto é, espírito e matéria, mente e corpo. Mas apesar do surgimento da homeopatia como alternativa ao tratamento médico tradicional e, em parte, a integração dos enfoques ocidental e oriental na psicologia e nas psicoterapias que propiciou excepcional avanço no sentido da integração bio-psico-sócio-espiritual do homem em forma de tratamento, falta à linha holística, a abordagem emergencial de casos mais graves que somente a medicina ortodoxa possui através da alopatia. Estamos, é óbvio, falando em procedimentos médicos que levem o paciente ao alívio imediato e, portanto, paliativo da dor e/ou sofrimento, e não à cura.
Diante do panorama atual que evidencia as limitações de ambas as linhas de tratamento das patologias humanas, o indivíduo fica, muitas vezes, confuso e sem saber a quem recorrer no sentido do tratamento: se um profissional da linha tradicional, um profissional da linha alternativa, ou ambos ao mesmo tempo.
Penso que nessa importante fase de transição que atravessa a humanidade, em que as descobertas científicas e o avanço tecnológico se processam numa impressionante velocidade, seja o momento de começarmos a unir sem preconceitos, os conhecimentos das duas escolas, a tradicional e a alternativa, visando aumentar as expectativas de cura ou como preferem alguns, de auto-cura do indivíduo enfermo.
São várias as experiências registradas desde o final do século XX até nossos dias. A título de exemplo, registraremos uma experiência que procurou contemplar a unificação das duas linhas de tratamento: a experiência do Hospital Espírita de Psiquiatria "Bom Retiro" que baseado na visão holística do homem como sendo um ser complexo, sistêmico, sinérgico e bio-psico-sócio-espiritual, conseguiu aos poucos transformar o que era antes uma realidade de hospital psiquiátrico clássico.
Vamos às mudanças através da fonte "Desafios em saúde mental", livro editado pela Associação Médica Espírita de Minas Gerais e relatado pelo Dr. Célio Costa:
1- A família é responsável pelo paciente e parte integrante do tratamento (visão espírita da reencarnação e da família).
2- Os serviços médicos, de psicologia, de terapia ocupacional, fisioterapia, de musicoterapia, enfermagem, de assistência social e assistência espiritual (SAE) estão perfeitamente integrados e com a mesma importância nas reuniões administrativas e clínicas.
A visão bio-psico-sócio-espiritual está assim representada no programa de tratamento do hospital:
a) O biológico: atividades físicas, fisioterápicas e energéticas; medicação alopática e homeopática.
b) O psicológico: grupos terapêuticos de sentimentos, operativos, psicodramáticos e psicoterapia individual.
c) O social: a presença semanal da família; as visitas constantes dos familiares; as licenças em final de semana; as reuniões de famílias com a presença de familiares, do paciente e do terapeuta; as festas de confraternização; o contato do serviço social com a família sempre que necessário.
d) O espiritual: trabalhos de fluidoterapia; trabalhos de desobsessão; reuniões semanais chamadas "Momentos de reflexão" nas unidades; ambulatório de atendimento e orientação espiritual aos pacientes; reuniões semanais de orientação espiritual aos familiares.
Considerando-se a minha práxis profissional, a Psicoterapia Interdimensional e a Terapia Regressiva é uma metodologia que contempla as duas linhas psicoterápicas, ou seja, a tradicional e a alternativa. Por esse motivo procuro passar às pessoas que me procuram e que possuem histórico de tratamento tradicional que continuem a seguir seus tratamentos químicos, porque apesar dos efeitos colaterais que o uso continuado de remédios proporciona, ainda não existe uma alternativa de efeito emergencial que seja utilizado por aqueles portadores de patologias estruturais mais suscetíveis a riscos.
Como o psicoterapeuta não opera milagres, ele não poderá em curto espaço de tempo desfazer o que a história daquele espírito reencarnado construiu na passagem de milênios. Portanto, o autoconhecimento de nível avançado - e aí as psicoterapias alternativas confiáveis levam vantagem - ao mesmo tempo que poderá ajudar o indivíduo a libertar-se do padrão energético-espiritual que carrega consigo há muito tempo, também poderá levá-lo ao processo de conscientização do que deve ser transformado em relação a si mesmo visando a auto-cura.
Em suma: o remédio é o paliativo para a dor e o sofrimento, enquanto o autoconhecimento avançado é o caminho para a cura.
Psicanalista Clínico e Interdimensional.
flaviobastos
Texto revisado por Cris
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Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |
