Suspeitas e Ciúmes - Os Delírios de Otelo
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Autor Carlos Eduardo Gomez
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 13/03/2016 23:28:30
Otelo, personagem criado por Shakespeare, padecia de incontrolável ciúme de sua mulher, Desdêmona. O ciúme que o consumia, foi deflagrado por Iago, que com conselhos de “amigo” insinuou que sua amada mantinha um caso amoroso com um subordinado. Com seus pensamentos tomados pelas insinuações de Iago, Otelo passa a interpretar fatos corriqueiros como prova de traição : as mãos suadas de sua amada representavam para ele, sinal de que estava nervosa por estar escondendo algo, quando na verdade, estava apenas ansiosa. O desfecho da história é trágico, pois Otelo, no auge de seu ciúme e delírio de traição, assassina sua mulher.
A mente humana, palco de grandes tragédias e comédias, é capaz de tudo criar e de acreditar em suas criações como se fossem verdade absoluta. Tudo começa com um pensamento, que alimentado durante certo tempo, torna-se obsessivo. Ao repeti-lo constantemente, a pessoa passa a acreditar que sua imaginação corresponde á realidade ou que sua fantasia mental realmente acontece. Por tal motivo, é muito importante selecionar os pensamentos, para evitar o risco de envenenar a mente. O veneno mental é o pensamento tortuoso, por vezes alimentado com insegurança, medo, certas projeções mentais (quando projetamos nosso conteúdo interior nas pessoas), e muitas outras vezes com sugestões vindas de outras pessoas, assim como aconteceu com Otelo. O mais trágico nessa criação mental é que um pensamento obsessivo faz a pessoa sentir e se comportar como se o pensamento fosse verdadeiro, provocando uma interpretação distorcida da realidade, gerando a “doença da suspeita”. A compulsividade de verificar constantemente os registros do celular, ou espionar o parceiro (a) para saber se há algum indício de traição é um exemplo disso. Assim acontece com muitas pessoas, que acreditam em tudo que sua mente diz e no que outras pessoas lhe dizem, e em sua mente, imaginam cenas e contextos inexistentes, acabando por destruir suas relações, mesmo sem ter posse de nenhuma prova concreta. A mente envenenada é capaz de grandes desatinos, pois a pessoa se encontra mergulhada na profunda ilusão de que está sendo enganada. O exemplo mais forte de envenenamento mental é a falsa memória. Criamos uma falsa memória quando alimentamos certos pensamentos e imaginação a ponto de criar uma memória virtual, como se estivéssemos vivido realmente a situação. Em uma ocasião, um homem foi condenado á prisão acusado de abusar sexualmente de sua filha adolescente. Algum tempo depois, ele foi solto; pois a filha estava com dúvidas se o fato realmente tinha acontecido. Investigações posteriores constataram que se tratava de uma falsa memória criada pelas fantasias da filha.
Imagine quantas injustiças se pode cometer por uma mente envenenada.
A dica é sempre questionar os seus pensamentos. Antes de permitir aceitar incondicionalmente todas as desconfianças que vêm á sua mente e o que outras pessoas lhe dizem, verifique se há coerência com a realidade. Desconfie quando uma pessoa, ao lhe dizer algo sobre alguém, te pedir sigilo do tipo: “ Vou te contar, mas não diga que fui eu”. Avalie fatos, pois entre palavras e fatos, o que realmente conta são os fatos. Se você não encontrar provas que comprovem sua desconfiança, pode ser que não haja nada de errado acontecendo e o melhor que tem a fazer é seguir adiante e deixar de lado desconfianças vazias.
Otelo e seu drama são um aviso para todos os que estejam se atormentando com pensamentos, desconfianças e crenças de traição ( seja em que âmbito for ); para que antes de “assassinar” suas relações, verificar os fatos. Eles certamente irão mostrar o caminho certo.
No caso de sentir dificuldades, consulte-se com um psicoterapeuta.
Certamente você terá uma visão lúcida e imparcial da situação.
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Biólogo; Pós graduando em Neuropsicologia; Naturopata especialização em Microsemiótica Oftálmica(Iridologia); Psicoterapeuta com práticas de Hipnose e PNL; Master em PNL; Hipnoterapeuta; Especialização em Reflexologia da Coluna Vertebral e Mobilização Neural; Psicoterapeuta, efetua Avaliação Iridológica Psicossomática; é Professor e Palestrante. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |