TRANSIÇÃO INDIVIDUAL
Autor Maria Lúcia Pellizzaro Gregori
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 4/20/2025 12:10:44 PM
Somos humanos.
Sim somos.
Isso nos foi dito há muito tempo e sempre será dito, pelo menos querendo significar que somos passíveis de erros e devemos ser perdoados exatamente porque somos humanos.
Mais um significado nos mostra que, como temos as limitações humanas, devemos nos aprimorar todo o tempo para chegarmos num ponto mais elevado que justifique a imagem e semelhança que recebemos de um Ser Grandioso que chamamos de Pai.
É interessante o que acontece quando percebemos nossas capacidades, aos poucos vamos nos tornando mais amenos e capazes de nos relacionarmos com os demais seres, não só os humanos, mas com os animais, com as plantas, com os minerais, enfim, com tudo que está presente no universo de forma mais ampla e amorosa.
Nossa consciência está plena de possibilidades e quando entendemos que permanecer na falta, nas perdas, nas angústias, na tristeza é apenas uma parte nossa que insiste em negar o quanto somos capazes de criar, de transformar sentimentos, de abraçar a vida, tudo muda. Quando passamos a perceber que isolados nada criamos, mas sim, inserindo tudo e todos no nosso contexto de evolução, somos capazes de avançar pois entendemos que a existência é uma estrada infinita com todas as multidões presentes.
Nossas experiências são ricas de possibilidades e precisamos aprender a retirar delas o que elas podem nos ensinar para que nossos passos seguintes cheguem mais perto da prosperidade em todos os sentidos.
Quando compreendemos o significado mais profundo da vida, quando identificamos nosso propósito, nós escolhemos os caminhos que nos levam lá mas, se não sabemos o que buscamos ou quando negligenciamos o estágio no qual queremos chegar, ficamos apenas gastando a sola dos sapatos e quando ela fica cheia de buracos nem conseguimos caminhar.
As solas dos nossos sapatos são metaforicamente a força que todos recebemos para seguir em frente, seja em que sentido for, e os buracos representam o desgaste de andar a esmo, alongando os itinerários e não chegando a lugar nenhum pois, somos vencidos pelo cansaço de um vazio desbotado.
Quando temos um propósito, vislumbramos os horizontes pelos quais estávamos procurando, os muros que construímos ao longo da vida se desmoronam, as pontes aparecem e a transição acontece.
Nesse momento ímpar, compreendemos todos os desafios pelos quais passamos, compreendemos todas as ofertas que nos foram feitas, compreendemos as dores, os prazeres, as flores, os espinhos, compreendemos o que chamávamos de perdas, o que nem identificamos como ganhos, enfim, tudo faz sentido e agradecemos.
A gratidão vem de um lugar em nós onde a consciência se torna una com a Grande Criação.
E assim é!
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