Trecho do livro Nêmesis o Deus Menino
Autor Dante Bolivar Rigon
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 10/13/2011 6:39:25 PM
Bom dia!
Conforme exposto anteriormente, segue trecho do livro de Ficção "Nêmesis o Deus Menino" à disposição no Seven Virtual Book no site https://www.biblioteca/ 24 horas.com
- Dez, nove, oito, sete, seis, cinco, quatro, três, dois, um, Já! A nave sofreu um leve estremecimento quando as velocidades foram aumentadas, modificadas, decrescidas, intensificadas e posteriormente estabilizadas. Agora era apenas coordenar a velocidade espacial nas mesmas coordenadas temporais. Teriam que percorrer cinco centilhões de milhas náuticas na 4ª potência exatamente a uma velocidade L 3,2 em perfeito sincronismo com um túnel temporal que os levaria ao local onde a Terra esteve a cento e sessenta e oito milhões de anos atrás. A corrida levaria um tempo de duas semanas, três dias, seis horas, quatro segundos e nove centésimos. A sincronia espaçotemporal seria desfeita com uma rápida aceleração igual ou superior a L 4.0.
Meu caro Professor! Na verdade, devo estar pouco mais de quarenta uarenta e cinco mil anos à sua frente em se tratando de idade espiritual. Eu mesmo muitas vezes inquiri-me desnorteado a mesma pergunta que hoje ouço, pergunta essa que bateu em meus ouvidos milhares de vezes. Sendo eternos, crescemos continuamente em direção ao Infinito da mesma forma que o peixe nada em direção a nascente dos rios que desovou. A diferença, é que em sua limitada vida, ele sai rumo ao desconhecido, passa por mil obstáculos, inimigos famintos, pescadores predadores vorazes com suas redes eletrônicas, e passando por milhares de obstáculos retorna à origem, às vezes sozinho, para reiniciar o ciclo da vida, pois seus irmãos sucumbiram ante as agressividades naturais e artificiais que lhes serviram de estimulo. Aos moldes do peixe, o espírito parte de Deus, segue vasto caminho também cheio de obstáculos mil que servem para enrijecê-lo, amadurecê-lo, ensiná-lo. Caminha resolutamente, galga montanhas, vaza mares, viaja inicialmente pelos caminhos continentais, depois pelas estrelas, e continua a perseguir o infinito amadurecendo, aprendendo, construindo, sempre em busca da nascente primordial, de Deus. Cada obstáculo é uma prova, cada conquista uma alegria, cada desafio um estímulo, mas quando se encontra ante o insondável sente-se desnudo, pequeno, esquecido dos embates passados, das promessas lacrimosas, dos medos mortais
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