UM OLHAR AMOROSO
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Autor Debora Casalechi
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 21/01/2005 22:48:52
Você conhece alguém que seja considerado ‘chato’? Com certeza conhece! Todos conhecemos... e será sobre esse tipo de pessoa que concentrei minha atenção recentemente, ou melhor, da postura adotada diante desse tipo de comportamento tão comum nos dias de hoje.
Observei que a grande maioria das pessoas, tem um comportamento ‘padrão’ nesses casos, ou seja, uma impaciência e até um pouco de irritação quando percebe próximo a si, alguém com esse mau-humor crônico. Como não é agradável, é comum se afastarem, colocando o ‘chato’, à margem dos acontecimentos, sem nem ao menos, pensar na possibilidade de que essas pessoas, com certeza, passaram por alguma dificuldade e não souberam como se livrar da dor, permanecendo na defesa indefinidamente, para não sofrer ainda mais e que por isso, em algum ponto de sua dor, criaram a ilusão de que o ataque seria a melhor defesa...
Por outro lado, essas pessoas com esse tipo de comportamento problemático, também seguem repetindo seu padrão de comportamento, reagindo com mais agressividade para se proteger... E o círculo vicioso se fecha novamente!
Percebi também, que eu mesma reagia me afastando, em alguns casos. Então por identificar em mim um comportamento que acho inadequado, decidi mudar de atitude e aqui estou dividindo essa experiência com quem queira compartilha-la. O que fiz, foi passar a observar este tipo de pessoa, com um olhar mais amoroso, mais sensibilizado, mais afetivo mesmo... Procurando encontrar nesse pseudo-chato, o seu lado mais simpático. Pode parecer difícil e inútil, mas sempre aparece algo... Gosto de pensar que, agindo assim estarei dando a essa outra pessoa, a oportunidade de perceber que não é preciso estar sempre com ‘quatro pedras na mão’ e também, a oportunidade a mim mesma de exercitar esse sentimento tão necessário nos dias de hoje, que é a afetividade.
Em minhas observações, aprendi que se cada um buscar em si uma forma mais positiva de enxergar o outro, tudo fica mais fácil!
Mudando de atitude, conseqüentemente, adotaremos uma postura diferente diante desse tipo de pessoa e poderemos dirigir a ela uma palavra mais amável, independente do seu ‘azedume’ costumeiro, ajudando-o(a) dessa forma, a tomar consciência de que pode mudar sua situação, quebrando assim o antigo círculo vicioso no qual estava presa.
Entretanto, apesar da boa vontade em ajudar, não devemos jamais tentar impor um comportamento (por melhor que seja) à outra pessoa, ou então influencia-la com nossas opiniões. A decisão de mudar deve sempre partir dela e a forma de mudar também! O que podemos (e devemos) fazer é oferecer gestos ou palavras simpáticas, que indiquem o caminho. Caberá a ele(a) decidir se irá trilha-lo ou não.
Com a experiência adquirida, posso afirmar que com o tempo, esse exercício de afetividade, torna-se mais fácil e também, que por mais sutil que seja a atitude que adotamos, a outra pessoa percebe que algo mudou... e é visível que se sente tocada de alguma forma!
O mais importante, é manter os olhos da alma sempre atentos, para somente assim, conseguir perceber e valorizar o que há de bom em cada um dos que convivemos ou apenas conhecemos, colocando de lado os defeitos (que afinal, todos temos em algum grau) e ajudando assim, mesmo que de forma discreta e inicialmente imperceptível, essa pessoa problemática a iniciar seu processo pessoal de crescimento interior. Só será necessário um pouquinho mais de nossa atenção, ou quem sabe, apenas de um sorriso!...
Não é tão difícil assim! É só começar!
Grande abraço e até breve,
Débora Casalechi.
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