Um olhar que contempla a alma
Atualizado dia 6/14/2007 11:24:56 PM em Autoconhecimentopor Flávio Bastos
Só que a percepção, fundamentada no "perceber" dos sentidos normais, condição que trazemos com a nossa genética e por intermédio da herança de padrões e condicionamentos culturais, educacionais e formativos, já não são suficientes no sentido da concepção do indivíduo pertencente a um contexto integral e de natureza multidimensional.
Esse novo "sentir" perceptivo passa pela reeducação do profissional à medida que compreende, aceita e, acima de tudo, começa a praticar a psicanálise que contempla - sem preconceitos - as realidades paralelas e os níveis dimensionais do ser.
Esta postura diante do novo, exige do psicanalista uma quebra de paradigma em relação aos condicionamentos baseados em uma limitada leitura perceptiva de seu paciente. Por isso, o exercício de um novo direcionamento na forma de perceber o que o paciente está informando através da associação livre e dos mecanismos interdimensionais que interagem nesse contexto multidimensional que significa o indivíduo, representa o avanço que começa a sinalizar a psicanálise do terceiro milênio.
No entanto, abrir as portas da percepção para o novo conhecimento, não significa fechar a técnica psicanalítica no baú do conhecimento desatualizado e inútil. Mas, ao contrário, uma vez que reconhece uma readaptação à nova orientação sensório-perceptivo que contemple e se ajuste à riqueza da importante técnica psicanalítica de investigação do inconsciente em sintonia com os aspectos interdimensionais do indivíduo.
A área da saúde mental, com o avanço das inevitáveis transformações em todas as áreas do conhecimento, precisará passar por processo de adequação às novas exigências formativas e experienciais de suas profissões. Porque perceber na leitura do paciente somente o conteúdo inconsciente do "aqui-agora" sem conectar com o conteúdo subjacente de vidas passadas, ou não perceber que o paciente tem bloqueios a níveis de chakras que influenciam diretamente em seu comportamento (e saber como lidar com isso...); ou ainda, ter outro nível de entendimento (portanto, percepção...) das verdadeiras origens de muitos casos de psicopatologias e como tratar tudo isso dentro de uma nova concepção metodológica, será um conhecimento defasado e perdido no labirinto da paralisia consciencial.
Portanto, para que o discernimento e a lucidez atuem como elementos imprescindíveis na transformação ou autotransformação necessárias, será fundamental o processo de desprogramação mental que condiciona e aprisiona ao "velho" conhecimento, para uma reprogramação mental livre de preconceitos e que vislumbre outros níveis de realidades dimensionais que se inter-relacionam e formam essa fantástica estrutura multidimensional chamada ser humano.
A psicanálise surgiu com um olhar penetrante nas entranhas do inconsciente humano, e deve continuar o seu obstinado caminho investigativo ao penetrar além dos limites do inconsciente estudado por Freud e seus seguidores, indo fundo na alma humana em busca da verdade de cada um.
Precisamos de um novo olhar psicanalítico voltado para a "dissecação" do homem não mais visto como um simples corpo inerte colocado à nossa frente, mas como um ser em constante movimento à procura de algo mais que explique a sua angústia ou a sua "doença" em relação ao desconhecimento de sua grandeza de natureza divina.
Psicanalista Clínico e Interdimensional
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Texto revisado por Cris
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Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |