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Uma nova reconciliação

Atualizado dia 11/2/2022 11:07:56 PM em Autoconhecimento
por Ana Carolina Reis


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Acho que eu nunca admiti para mim mesma que eu tenho um estado depressivo interior.
Pois é, convivo com essa dor desde criança.
Ela já me assombrou muitas vezes, por ora se fez pequena (quase imperceptível)...
Mas sempre esteve ali por perto acompanhando meu desenvolvimento.

Importante destacar, desde o início, que esse não é um texto sobre autopiedade ou que busque evocar esse sentimento de alguma forma, do tipo: "puxa, que mal Ana, sinto muito"...
Pelo contrário, é um texto sobre coragem. Porque sempre fui muito corajosa, mesmo sentindo vontade de morrer muitas vezes, me mantive de pé, trabalhando, servindo à Luz... Mesmo querendo desistir dos meus sonhos e ideais, quase que diariamente (lá no meu íntimo bem profundo...) Eu sabia que não poderia me dar "esse luxo", que meu destino era outro - diferente do que levou meu pai e irmã (pela mesma doença).
Não é fácil admitir isso para mim mesma, admito! Tem uma dose de orgulho, que parece que não quer dar o braço a torcer... Como? Se me sinto tão forte, se tenho tanto conhecimento e bagagem espiritual, se tenho tanta energia das práticas integrativas que realizo e de não sei quantas terapias às quais me dedico assiduamente? Parece que não é o suficiente, ainda não foi.
Porque de tempos em tempos, mesmo como um vulcão adormecido, ele ainda está lá prestes a ser reativado a qualquer momento. Como uma bomba-relógio que não sabe quando será ativada. Como um dia nublado, cinza, que nos faz esquecer que existe o Sol por trás das nuvens...
O Sol está lá, continua ali, timidamente teimando em insistir, em dizer: "ei, olha aqui pra mim, vem pra Vida!"...
Acho que foi isso que fui buscar quando me matriculei no curso de Constelação Familiar. Compreender a raiz disso tudo, a origem, a fonte desse estado nebuloso interno.
Tem dias que é altamente desafiador... Temos uma expressão na turma que reflete bem esse estado: "jogada na BR" (essas rodovias, mesmo), bem assim...
E quanto mais me reviro nessa lama, nesse poço sem fundo, mais eu encontro a força em mim. Essa força misturada com coragem e orgulho que me diz: "eu posso fazer diferente, honrando toda dor que cada um teve que viver. Eu acolho, com amorosidade em meu coração e escolho seguir o meu caminho: o caminho da Ana Carolina".
Não é o caminho da Aurora, quem eu tentei ser, para fugir dessa dor, para tentar sobreviver... Tenho muita, mas muita gratidão mesmo a esse período da minha vida, que me permitiu resistir e renascer, de certa forma, com a lembrança que o Sol estava ali, dentro de mim, na minha consciência adormecida... Era eu que precisava despertar para toda a Vida que pulsava em mim, escondida, em camadas, esperando para ser olhada, apreciada... Apesar das mortes, hoje eu escolho viver. É muito duro passar por tanto luto, lutos reais e simbólicos, mas é a Vida que traz a sua beleza em todas as cores, inclusive no cinza.
Eu me reconcilio com a depressão em mim. Não escolho ter isso, nem alimentá-la (como um bicho de estimação), nem carregá-la (como um troféu). Mas a acolho e honro o seu lugar, seus aprendizados e desafios que me traz. Absorvo toda pepita de sabedoria com humildade e me coloco humilde para aprender a me curar. Me curar de mim, como diz aquela canção... "Eu quero me curar de mim, quero me curar de mim, quero me curar de mim"...

Para essa cura acontecer
Primeiro precisa ceder
Precisa admitir, aceitar
Acolher, parar de brigar
Consigo, com sua história

Da sua história é que vem a força
[lembra?]
São tantos aprendizados acumulados
Em tantos anos de desespero e angústia extrema,
Fugindo de si mesma e da Vida
Acabou-se esse tempo!

Acabou o tempo de correr
Não há mais luta
Nem fuga
Apenas fique mais um pouco
Nessa nuvem de fumaça
Que ela há de dissipar
Na hora certa...

Como o Sol do meio-dia
Que vem à pino
Sem uma nuvem pra contar história...
É assim que vai acontecer
Quando menos se esperar!

Não é você quem determina esse tempo,
Nem Deus
Não é castigo não...
Nem karma!
É a Vida, com toda sua cartela de cores, com todos os seus prazeres e dissabores
Não há como fugir
De si mesma!

Aceite, acolhe, fique um pouco mais...
Uma hora isso passa
Confie, solte, entregue.
[o Xô, depressão! foi feito para você (e não para eles!)]

"Quando tudo está perdido
Sempre existe uma luz
Quando tudo está perdido
Sempre existe um caminho"...

Esse caminho já está aí
Mantenha a porta aberta
Os pés no chão e o
Coração nas estrelas...

Seu Lar, uma hora irá chegar
Tudo a seu tempo
Calma!
A Luz há de brilhar
E a Vitória há de chegar!

[já chegou, na verdade, só precisa acomodar e transmutar!]

Amém!
Ana Carolina Reis
@aurorapachamama  - www.espacopachamama.com
Texto Revisado

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Conteúdo desenvolvido por: Ana Carolina Reis   
Responsável pela Escola Ascensional Aurora Pachamama. Terapeuta Integrativa, há 20 anos (CRTH-BR 6400 ABRATH), com formação em Psicologia, pela UFSCPA. Mestre em Seichim e Reiki (Diversos Sistemas). Cristaloterapeuta pela "The Crystal Academy of Advanced Healing Arts". Autora dos livros: "Xô, depressão!" e "A Sabedoria dos Cristais".
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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