Uma reflexão extraordinária: mais passado, menos futuro!
Autor Paulo Valzacchi
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 1/19/2016 9:10:27 AM
Passei dos 40.
Dizem que a vida começa aos 40 anos, talvez seja verdade, mas nunca me dei conta do porque.
Porém outro dia contei meus anos e descobri algo fantástico, eu tenho mais de passado do que de futuro.
Talvez quando chegamos a entender isso, começamos a refletir melhor sobre nossas escolhas e como saborear
verdadeiramente o que vem pela frente.
Eu gosto de uma analogia sábia sobre isso.
Um menino que recebeu uma bacia cheia de cerejas.
As primeiras ele chupou displicentemente, como nós fazemos com nossos anos de verão, quentes, cheio de energia e fogo.
Mas depois percebendo que faltavam poucas, ele desacelerou, e começou até a roer os caroços.
Se tenho mais passado e menos futuro, não quero roer o caroço, mas quero aproveitar a doçura da cereja.
Percebemos que não temos mais tempo para lidar com tantas e tantas coisas, como os desfiles de egos das pessoas,
o que dizem, ou o que deixam de dizer, a cobiça por lugares maravilhosos, desafetos enter as pessoas, cargos ou titulos mirabolantes,
conversas sem sentido, imaturidade.
Tem uma frase que realmente condensa isso:
” As pessoas não debatem conteúdos, apenas rótulos “
Essa é sem dúvida a frase que mostra o quanto temos de deixar de lado a superficialidade.
Meu tempo tornou-se escasso?
Talvez sim, mas por outro lado saboroso e rico.
Hoje quero mais o simples, o essencial.
Minha alma parece ter pressa, mas não, isso não é verdade, ela quer apenas chegar na essência e viver na profundidade.
Sem muitas cerejas na bacia, creio que o melhor é viver do lado de gente humana, amorosa, simples,sincera,
que saiba escutar e falar no tempo certo, que nos entenda e faça entender, gente que sabe rir de pequenas coisas,
coisas bobas da vida, que se encantam com tudo, que não fogem de sua mortalidade, que são pessoas de “verdade”.
Existem pessoas que sempre querem complicar tudo, inventar teorias, serem invencíveis, abraçar o mundo, fugir da própria existência,
repletas de medo, pouca confiança, acreditando que tudo exige perfeição, não se aceitando e assim “desvivendo”.
Eu quero sentar, abandonar todas as mazelas, saborear o entardecer, o amanhecer, e junto das cerejas, apenas dançar
uma música eterna que no compasso da vida me faça contemplar o mais divino da jornada.
Eu não sei quantas cerejas ainda restam nessa bacia, tão pouco me importa, mas que nesse momento elas me ensinem uma bela
e doce lição, a que a vida é uma incrível e extraordinária, mas que somente é fantástica se for compartilhada.
Por isso, sente-se aqui, deixe tudo de lado, e apenas sinta, mais nada, o extraordinário vai tocar você,
além do que imagina!
Dr.Paulo Valzacchi.:
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