UMBRAL E SINTONIA

   

Autor Christina Nunes

Ontem nos aconteceu mais um caso indicativo da realidade das leis da sintonia energética funcionando efetivamente num universo de almas empenhadas em finalidades comuns, ainda que necessariamente de dentro das respectivas idiossincrasias individuais.

Havia acabado de redigir o artigo imediatamente anterior a este, O Legado de São Francisco, para publicá-lo no STUM e noutro endereço da net onde colaboro, com igual participação expressiva de leitores. Qual não foi minha surpresa, mal acabei de colá-lo neste editor e levá-lo ao ar, quando me deparei com o texto da colega deste Portal, Edite Stauffer, publicado pouco antes e intitulado O Legado do Papa!

Li e, inevitavelmente,  prossegui na grata surpresa ao perceber no excelente texto da articulista a flagrante similitude,  em essência, nas mensagens voltadas à necessidade da real solidariedade humana,  e não de palavras vazias de sentido e inócuas em seus efeitos como as pronunciadas à Santa Catarina com fria imparcialidade a partir da distância imensa e inexpugnável do Vaticano.

O meu texto, por sua vez, fora uma ode à demonstração sublime de solidariedade prática dos monges franciscanos nas ruas do Centro do Rio de Janeiro, no socorro aos desvalidos!

Uma sem saber da existência do texto da outra até a hora em que foram publicados com títulos e mensagem curiosamente símiles! Trocamos emails comentando da maravilhosa "coincidência". E de nossa parte obtivemos mais uma prova cabal da realidade das sintonias energéticas funcionando, inalteráveis, no encadeamento dos acontecimentos que povoam os dias no nosso mundo, dos mais simples aos mais complexos!

Introduzimos deste modo para estabelecermos, através do contraste, uma comparação com o que acontece na via transversa das energias ingratas que maciçamente ainda maltratam o planeta e a humanidade, com nascente nestas dimensões mais sutis e despercebidas das massas reencarnadas.

Indubitavelmente, caros, torna-se fácil concluir que a nascente da existência do chamado Umbral reside dentro de nós mesmos e, disso, decorre que apenas em obediência à aludida lei das sintonias - e a nada mais do que isto! - estaremos destinados a estas paragens obscuras da existência, por nenhuma outra razão que não esta: no nosso dia-a-dia, por invigilância ou voluntariamente, edificamos nossos elos energéticos prejudiciais ou danosos, antes de mais nada, a nós mesmos! Desde aqui, na estadia transitória no mundo corpóreo. E o local onde aportaremos do lado de lá nada mais será que extensão continuada do que buscamos cotidianamente: mentalidades afins nas faixas vibratórias nocivas e circunscritas ao egoísmo e à ausência do amor e da fraternidade, nas suas formas disfarçadas ou mais ostensivas? Atividades obscuras e elos com indivíduos fechados nos círculos auto-destrutivos da revolta, do desespero contra o próximo, das baixas emoções? Ou os caminhos do amor?

Não é à toa que, nas páginas de suas obras literárias repletas de lições oportunas a qualquer tempo (vide, para exemplo, Nosso Lar, da psicografia do nosso saudoso Chico Xavier)  André Luiz nos oferece descrição ímpar tanto destes círculos espirituais infelizes circundantes do orbe, quanto das causas detalhadas destes dramas originados, primordialmente, no âmago das criaturas.

Assim, é ele mesmo, André, colhido pela dolorosa surpresa de ser tratado pelas falanges obscuras do Umbral como suicida inconsciente, em decorrência dos seus descuidos deliberados com o bom estado de sua saúde enquanto reencarnado; e é das lições neste sentido obtidas na convivência com os seus mentores da bela Colônia espiritual que nos traz notícias dos efeitos draconianos desta colheita obrigatória, que impreterivelmente remontará às nossas mais modestas escolhas de cada minuto, com suas repercussões principais, e não mais que naturalíssimas, na continuidade da nossa trajetória para além dos portais da transição da fugaz experiência corpórea rumo à Vida verdadeira do espírito!

É assim, pois, que grupos e locais se aglutinam por sintonia de horizontes,  de gostos e visões de vida, para o bem ou para o mal. E que mais de uma coincidência como a relatada no início deste artigo nos presenteia no dia-a-dia de um imenso grupo engajado na melhor e mais nobre das causas, sinalizando-nos que, sim! - estamos no caminho certo! E que seguimos juntos na direção de mais paisagens de Luz, onde se pugna incansavelmente pelo seu domínio absoluto na Terra! E que é assim que, a partir da soberania inviolável do nosso livre-arbítrio, em eventualmente atraindo sofrimentos a partir das nossas escolhas, compreendemos que tudo o que mais vale é a vida compartilhada nos contextos iluminados e indizíveis do amor e da fraternidade - distanciados daquelas paragens não mais que transitórias onde muitos, estacionados nas faixas escuras do ódio, do desamor e da desolação, burilam o insuspeitado tesouro divino acrisolado em seu íntimo,  apenas à espera da hora sublime do alvorecer de suas almas para as maravilhas reservadas por Deus aos que despertam para o fato que revoar  em bandos de luz iridescente na eternidade co-criadora  do Universo é a nossa destinação! 

Avaliação: 5 | Votos: 12

     

Conteúdo desenvolvido pelo Autor Christina Nunes    Chris Mohammed (Christina Nunes) é escritora com doze romances espiritualistas publicados. Identificada de longa data com o Sufismo, abraçou o Islam, e hoje escreve em livre criação, sem o que define com humor como as tornozeleiras eletrônicas dos compromissos da carreira de uma escritora profissional. Também é musicista nas horas vagas. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui.