VERDADES ALHEIAS
Atualizado dia 13/02/2009 16:07:19 em Autoconhecimentopor Silvana Giudice
Tive momentos em minha vida em que acreditei ter tudo sob controle.
Casa bonita, um marido bem sucedido e apaixonado, um trabalho que me realizava financeiramente, lindos filhos...
Aqueles que me olhavam de fora acreditavam que eu era feliz e realizada.
Eles acreditavam, e eu me convencia que era verdade.
Incrível, como construímos nossos sonhos moldados pela cultura, a sociedade, a família, a religião...
Caramba! Construi a vida de "sonho deles".
Aliás, meu casamento, da igreja à ornamentação, foi tudo do jeitinho que a minha mãe sempre sonhou.
E eu, onde me encontrava?? Qual a minha verdade??
Um belo dia acordei deste filme e me dei conta que a personagem feminina dentro desta história não acreditava em príncipe, nem em castelo, nem em "viveram felizes para sempre".
Fizeram de mim uma Cinderela, mas eu me sentia mais uma abóbora inerte e sem vida.
Quando eu iria acordar para a vida?
Chega de viver verdades alheias!
Sei que muitos diziam: coitada, enlouqueceu! Aí vem uma enxurrada de conselhos -diga-se de passagem- não solicitados: Menina, o que você está fazendo com a sua vida!!! Olha o que você está jogando fora!!! Você vai se arrepender, porque homem igual a esse não é todo dia que se encontra!!!
Comecei a ficar respondona e não admitia que opinassem na minha vida.
Quando alguém me falava com ar "professoral", eu já ia logo dizendo: Voce está feliz com a sua vida?
Sabia que muitos viviam essas mesmas mentiras que eu vivia, mas estavam ali firmes e fortes... e quem sabe não estão assim até hoje?
Mas os outros não me interessavam mais! Aliás, quando começamos a querer mudar realmente, precisamos ficar surdos e ouvir somente a voz do nosso coração.
Chega! Eu quero mudar! E foi aí que parei, refleti e comecei a ponderar os riscos.
Riscos?? Claro, ou acham que imaginei que sairia dessa "impune"?
Grata seria!
Era um momento crucial, que exigia ousadia e coragem. E como abrir mão da minha zona de conforto?
Se por um lado, o meu espírito explodia destemido, o meu outro lado acomodado me dizia: fique quieta...tá bom assim!
Mas isso era continuar vivendo "meias verdades", camulhadas e fingidas.
No momento desta tomada de consciência, se eu retrocedesse estaria admitindo a mim mesma que eu também era uma "meia pessoa".
Fácil? Simples? Não. Tive momentos de ascensão e quedas na reconstrução do meu caminho. Mas a loucura me fez bem!
Nesta história, resisti a pessoas que se fizeram de vítimas, não cedi a chantagens, larguei minhas muletas e tomei as rédeas da vida.
Algumas vezes, achei que estava suportando algo muito maior do que eu poderia carregar.
A jornada, outras vezes parecia assustadora, íngrime, mas um guerreiro não foge à luta!
Sobrevivi e encontrei muitos que nesta jornada me serviram de exemplo, referência e incentivo.
Quando nossa alma se abre e nos pede que a gente renasça por inteiro, ela também te apoia, e sua Presença é ilimitada, abundante, acolhedora...
Aprendi, que por mais difícil que nos pareça, quando enfrentamos as nossas verdades, a vida em contra-partida nos oferece os "meios de superação".
Definitivamente, nunca estamos sós!!
Silvana Giudice
Terapeuta Metafísica- Numerológa
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