VICIADOS EM EMOÇÕES
Autor Fernanda Petter
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 27/10/2006 02:17:15
Viciados em emoções
Quando falamos em vício a primeira imagem que nos vem à mente é a utilização de substâncias entorpecentes como drogas ou bebidas alcoólicas. Mas, se ampliarmos o significado da palavra, perceberemos que somos viciados em emoções e comportamentos. Pessoas que se vitimizam, outras que desmaiam em situações de tensão, outras que adoecem, outras que atiram coisas contra a parede em momentos de descontrole emocional e por aí vão os vícios de comportamentos que nada mais são que emoções distorcidas ao longo da formação de nossa personalidade. Uma atitude que “funcionou” em determinada situação quando éramos crianças vai sendo percebida como estratégia de defesa ao longo de nosso desenvolvimento, assim como modelos de relacionamentos que vemos em nossa família. Vamos absorvendo tudo, como verdadeiras esponjas de emoções. No filme “Quem somos nós”, esses vícios são mostrados. Nossas células ficam dependentes daquela emoção e mesmo que aparentemente não gostemos da sensação, simplesmente dependemos dela. Sentimentos de rejeição, necessidade de controlar, agressividade. Sempre que repetimos com muita freqüência determinado comportamento, é por que estamos viciados. Um dos grandes problemas desses vícios é que eles nos limitam, tornando-nos seres totalmente previsíveis sem capacidade de questionamento e opção de escolha em como agir ou posicionar-se diante das situações externas que surgem ao longo de nossas vidas. Outro grande problema a ser superado é o de que quem está viciado raramente enxerga que está viciado. A pessoa tem que estar muito disposta a se observar e aceitar que possui essa característica, somente assim ela poderá transformar-se. Compreendendo a origem do comportamento, em que contexto ele foi se difundindo e a libertação que se seguirá com o auto controle, até um comportamento mais saudável tornar-se o novo padrão natural. Apenas o auto conhecimento será capaz de promover essas mudanças. Leitura, observação e de preferência a ajuda de profissionais especializados são os caminhos para a individuação, e com paciência e persistência somos capazes de abandonar aos poucos esses antigos vícios.
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