VIVENDO PLENAMENTE
Autor Ceissamorim - Buddhayan
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 4/13/2005 8:21:17 AM
Por Thich Nhat Hanh
O texto a seguir é um capítulo do livro Ao Encontro de Deus, organizado
por Richard Carlson e Benjamin Shield, lançado recentemente pela Editora Sextante.
https://www.terra.com.br/planetanaweb/357/materias/357_vivendo_plenamente.htm
“Quero que você conheça um poema escrito por um amigo meu que morreu aos 28 anos em Saigon, há 30 anos. Depois de sua morte, foram encontradas muitas poesias lindas escritas por ele. Esta, em especial, me deixou encantado:
Encostada placidamente na cerca,
você sorri o seu sorriso maravilhoso.
Fico mudo e meus sentidos se enchem
dos sons da sua bela canção,
sem começo nem final.
Eu me curvo em reverência a você.
O “você” a que ele se refere é uma flor, uma dália. Naquela manhã, ele passou pela cerca, viu a flor e se impressionou com ela. Parou e escreveu o poema.
Eu gosto muito desse poema. Você pode imaginar que o poeta era um mestre zen, por causa de sua maneira profunda de ver as coisas. Mas se tratava de uma pessoa comum, um poeta. Não sei exatamente como ou por que ele via as coisas assim, mas é exatamente dessa forma que praticamos a meditação budista, a prática da concentração. Procuramos entrar em contato com a vida no momento presente e observar atentamente o que está acontecendo. Fazemos isso enquanto bebemos chá, enquanto caminhamos, sentamos e assim por diante. O segredo é ser você, ser você de verdade. Quando somos nós mesmos, encontramos a vida do momento presente.
Ao estarmos imersos no agora, podemos sentir a realidade maravilhosa da alegria infantil.
Existe outra história sobre flor que é muito conhecida nos círculos zen. Buda segurava uma flor diante de 1.250 monges. Por muito tempo não disse nada. De repente, sorriu. Estava retribuindo o sorriso de alguém na platéia – alguém que sorriu para ele e para a flor. O nome do monge era Mahakahyapa. Apenas uma pessoa sorriu e Buda, ao sorrir de volta, disse: “Eu tenho um tesouro de percepção e o transmiti para Mahakashyapa.“ Essa história tem sido comentada por gerações e gerações de budistas, em busca de um significado. Para mim, a explicação é muito simples. Quando alguém pega uma flor e lhe mostra, é porque quer que você a veja. Mas, se você se volta somente para os seus pensamentos, perde a flor. A pessoa que não está imersa em seus pensamentos, que está atenta para o momento presente, consegue encontrar a flor em profundidade. Por isso o monge sorriu.
Esse é o problema com a vida. Se não estamos aqui, vivendo plenamente o agora, perdemos tudo. Se uma criança chegar até você e sorrir, mas você estiver pensando no futuro, no passado ou em seus problemas, a criança não vai estar realmente presente para você. A técnica para estar vivo, viver simultaneamente as realidades divina e mundana, é voltar-se para você. A criança, então, aparece como uma realidade maravilhosa. E você pode abraçá-la e receber seu sorriso.
Texto revisado por Cris
Avaliação: 5 | Votos: 15
Facilitadora: Certificada de Access; de Processos de Corpo & de Rejuvenescimento Energético Facelift de Access Consciousness TM. Palestras, Workshops, Cursos e Sessões Presenciais de Barras, Facelift, Processos de Corpo Sessões à distância: SOP e Entidades (à distância). Consteladora Sistêmica Atendimentos em todo o Brasil 55 61 99963-9765 E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |
