Você consegue dizer não aos outros?
Autor Eduardo Shimodah
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 14/11/2008 15:26:41
Como é fácil tomar decisões, escolher as roupas, os sapatos, suas cores, modelos, saber o que é bom o que é ruim para os outros. Mas os nossos... que tortura, que sofrimento, como é difícil! Que roupa visto hoje? A amarela, a azul, a vermelha, a da flor, da fruta, a com desenho do bicho, a do...
Há pessoas com enormes dificuldades em decidir, pois após muito refletir, fazem uma escolha e descobrem tardiamente que não era o que queriam, pois já se arrependeram daquilo que escolheram. Essas dúvidas repetitivas geram conflitos, arrependimentos, baixa auto-estima, insegurança, problemas de bexiga, garganta, síndrome da perna irrequieta, etc.
A capacidade de enxergar pequenos detalhes, os prós e contras, de um modo tão claro e preciso, é que dificulta a sua escolha, pois na sua visão tudo fica igual, ou quase igual.
Devido ao enorme desgaste que tudo isso provoca, fica mais cômodo e até um alívio não escolher nada, mas este fato gera insatisfação, tira motivação, nos deixa sem ânimo.
A vida fica parada e nós vamos nos afundando cada vez mais sem ter consciência disso.
Talvez por isso, nós fazemos de tudo para sermos aprovados pela sociedade, pois nós não conseguimos de nós mesmos esta aprovação. Então saímos em busca da aceitação dos outros, agora topando tudo, mesmo a contra-gosto, achando chato recusar, com medo que os outros não irão gostar ou o que irão pensar... Nossa própria vontade não é respeitada, acabamos sempre fazendo o que os outros querem, esperando assim conquistar alguma atenção, um elogio, uma migalha que seja.
Quando então os outros percebem a nossa fragilidade, seremos usados e abusados, transformando-nos num capacho.
Capacho é aquele tapete que fica rente à porta de entrada do lado de fora da casa, onde fica exposto ao Sol escaldante, à chuva, ao frio, ao vento forte, à escuridão e ao passarem por ele, as pessoas pisam, limpam seus sapatos, ajeitam-no dando um pontapé, e, como se não bastasse, batem a porta na sua cara. Os que estão passando por isso sabem do que estou falando.
Querido leitor, ao encontrar alguém nessa condição, respeite-o, não abusando dele; simplesmente trate-o com amor, muito amor, pois é tudo que ele precisa até encontrar o seu caminho.
Mas tudo na vida tem uma solução. Admita que tem um problema, sinta-se livre para dizer: eu preciso de bondade. Tente perdoar, se perdoar e esquecer. Sempre espere o melhor.
Quando merecermos e estivermos prontos, virá a ajuda Divina (ela nunca falha, virá aos bons e aos maus), às vezes em forma humana, outras não, e então a dificuldade se transformará numa boa lembrança, um precioso aprendizado.
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