Você consegue perceber quando está sendo atacado(a)?
Atualizado dia 5/5/2019 4:14:41 PM em Autoconhecimentopor Ana Carolina Reis
É difícil porque, na minha ingenuidade, eu demoro a acreditar que aquela pessoa “boa” a quem eu dei o mínimo de crédito e confiança possa me fazer mal de alguma forma (mesmo que inconscientemente, ou como já dizia o Chaves, naquele programa: “foi sem querer, querendo”)...
Antes que alguém pense que sou uma Poliana – que vê o mundo cor-de-rosa, eu gostaria de esclarecer que acredito sim, que estamos em um plano de dualidade, onde existe o mal em mim, em ti, nos outros, enfim... Trabalho o lado sombra arduamente e, mesmo assim, neste quesito ainda fico muito a desejar...
Como pretendo aqui ensinar algo que nem eu sei? A ideia não é essa e, sim, aprofundar a reflexão a respeito, para se autoconhecer melhor.
Uma coisa que já percebo de avanço é que antes eu levava “séculos” para me dar conta que “opa, tem algo errado aí!”.
Agora, percebo que essa percepção está se apurando – como um treinamento – e, às vezes, meu reflexo para defesa é quase imediato! Começa com uma sensação estranha no peito, um mal-estar, um sentimento de medo, de inadequação, preocupação, de ter feito algo errado (culpa), arrependimento, entre outros... Assim que me dou conta de que “peraí! Se isso fosse da luz eu não me sentiria assim”... já começo a virar o jogo e, então, finalmente me proteger (ufa!).
Proteger-se não é um revide. Virar o jogo quer dizer apenas: “por que você vai ficar sendo atacado passivamente que nem um “panaca”? E, no fim, ainda será manipulado a pedir desculpas”?
“Ah, mas Jesus ensinou a dar a outra face”... Acho que tem muita confusão e erro de interpretação aí no meio dessa história.
Em primeiro lugar, nossa consciência divina, Deus em nós, não quer que sejamos vítimas de nada (nem de nossos sentimentos negativos, nem do ataque dos outros).
A não-violência envolve o não revidar, sim, porém, Gandhi não foi um passivo, pelo contrário! Ele mobilizou um protesto bem ativo que culminou com a independência da Índia.
Ser livre é exatamente isso: saber se defender! De onde vem a culpa, o medo, o receio, a vergonha de se proteger e dizer: “Não!”, “Sai daqui energia negativa! Xô pessoa horrível, vai amolar outro!”?
Será que temos que ser condescendentes com o mal? Acredito que não. Então, em cada oportunidade de defesa está uma pepita de ouro de sabedoria a nos ensinar, a nos ajudar a reafirmar nosso comprometimento com a luz. É nosso dever zelar pela nossa luz. Somos zeladores e guardiões dos nossos portões (órgãos dos sentidos), como ensinou Sathya Sai Baba nesta bela mensagem abaixo:
“Há muitas entradas para um templo. Elas servem para que os devotos possam entrar e adorar o Deus consagrado lá dentro. Da mesma forma, para o templo do corpo humano, há cinco portões - os cinco sentidos. Qual é o propósito destas portas? Se construimos uma casa e erguemos portas, são para o uso de nossos amigos e parentes. Se qualquer animal perdido tentar entrar, as portas estarão fechadas para eles. Da mesma forma, as portas neste corpo sagrado devem ser mantidas abertas apenas para os bons e divinos visitantes. Só, então, ele merece o nome Kshetra (santuário). Ele deixa de ser um templo se objetos profanos são autorizados a entrar”.
Permita-se, portanto, proteger-se de todo mal, de tudo que não serve à luz e não condiz com sua consciência divina. Ame-se e trate-se, enfim, com o respeito, amor e dignidade que merece. Só assim, o outro irá lhe tratar da mesma forma. Om Sai Ram!
Aurora
www.espacopachamama.com
Texto Revisado
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Responsável pelo Espaço Aurora Pachamama. Terapeuta Integrativa (CRTH-BR 6400 ABRATH), Mestre em Reiki e Seichim (diversos sistemas), Apometria, Cristaloterapia, Terapia Floral, Constelação Familiar, Magnified Healing® e Light Healing®. Formada em Psicologia, pela UFCSPA. Autora dos livros: "Xô, depressão!" e "A Sabedoria dos Cristais E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |