Você é o que seu coração sente!

   

Autor Sylvia R. Pellegrino

Alguém disse-me num outro dia que a vida é como você a compreende. Achei interessante a ótica da afirmação. De fato acredito nessa assertiva. Mas tenho uma visão otimista da vida e por filosofia sempre entendo que é você quem faz o seu destino.

A isso eu denomino qualidade de vida. Na verdade qualidade de vida é o jeito que cada um escolhe para viver bem. É a opção pessoal pelo bem viver. Logicamente que não estou falando tão somente sobre o aspecto financeiro. Muitos de nós tem por hábito pensar que qualidade de vida só pode existir com abastança. Na verdade qualidade de vida tem a ver com escolhas, boas escolhas. Muitos podem estar se perguntando se elas não estão limitadas pelos padrões de convivência social. Acontece que o que está fora de nós é um reflexo daquilo que pensamos e queremos para nossas vidas, assim podemos modificar, melhorar ou simplesmente aceitar a vida como ela se nos apresenta. Por exemplo, se estamos trabalhando em algo que não está nos trazendo compensações emocionais possivelmente nenhuma compensação financeira sanará a agonia desse sofrimento interior. Cabe a nós e apenas a nós uma mudança de comportamento ou de local de trabalho, ou até de atividade profissional. Para algumas pessoas, realmente funciona assim, mas tem gente que simplesmente abomina mudanças. Essas pessoas podem optar por levar uma vida destrutiva, com medo dos prejuízos que uma mudança radical pode trazer. Acontece que essa vida amarga acarreta para a saúde uma enorme perda. Por mais estranho que possa parecer, tal atitude não deixa de ser uma escolha errada. Essas pessoas tem de decidir o que melhor lhes convêm. Por isso é muito importante ouvir o coração para não se prejudicar ou mesmo prejudicar o próximo. Afinal quando estamos insatisfeitos com qualquer aspecto de nossa vida a tendência é procurar um culpado sempre fora de nós mesmos.

Embora haja algumas linhas mestras, não dá para padronizar a forma como devemos escutar o nosso Eu verdadeiro. Mas é preciso que o façamos sob pena de cairmos numa ditadura propalada pelo consumismo, por filosofias de vida inatingíveis e até por crenças religiosas desgastantes.

Existem exercícios aos quais podemos recorrer para alcançar o autoconhecimento do que nosso Eu Interior realmente deseja dessa vida. Um deles é o relaxamento  e outro a meditação. Apenas ressaltar que devem ser entendidos como coisas diferentes: em essência, a meditação é o esforço para reexercitar a atenção. É isso que dá à meditação os efeitos incomparáveis de obtenção de conhecimentos, aumento da concentração e capacidade de relacionar-se com empatia. O relaxamento é usado como técnica rápida e fácil de soltar a musculatura do corpo e esvaziar a mente. Alguns estudiosos sugerem que, talvez, o principal efeito da meditação seja proporcionar ao corpo do indivíduo um profundo repouso, enquanto sua mente se mantém alerta. Isso faz baixar a pressão sangüínea e diminuir o ritmo do coração, ajudando seu corpo a se recuperar do estresse.

A pessoa que pratica meditação regularmente lida com o estresse de modo a romper o círculo criado pela relação de enfrentamento ou fuga. Ela relaxa com muito mais rapidez e eficiência do que a que não medita, após a superação de um desafio. Ela percebe a ameaça com mais exatidão e reage com mobilização apenas quando necessário. Isso a exercita cada vez mais na sua recuperação rápida e a torna menos predisposta a encarar o próximo desafio como uma ameaça, como acontece com uma pessoa ansiosa.

Para se exercitar existem diferentes tipos de meditação. Alguns tipos usam objetos externos como objeto de concentração, outros empregam uma figura geométrica chamada mandala, e outros usam palavras silenciosamente repetidas ou sons (mantras). É aconselhável ter um local tranquilo para aprender a meditar. Para a obtenção de seus benefícios recomenda-se que a meditação seja praticada regularmente.

O cardiologista norte-americano Herbert Benson em seu bestseller The Relaxation Response, ensina a milhões de leitores que a prática de uma forma simples de meditação pode baixar a pressão arterial e reduzir o risco de infarto, ou minimizar os sintomas de muitas doenças físicas. Seus estudos sobre como os processos mentais afetam o bem-estar físico estão produzindo evidência científica dos poderes curativos da mente. Berson acredita que a capacidade que o cérebro tem de criar imagens visuais e de tratar estas imagens como reais pode estar no centro de um tipo de cura da mente /corpo.  Aliás  vários estudos tem sido levantados pelos cientistas nessa linha. Inclusive as revistas de circulação nacional brasileiras vem trazendo temas que debatem a força da fé para curar doenças ou pelo menos minimizá-las. É importante lembrar que não estamos falando de uma fé cega, mas daquela fé que vem do seu Eu Verdadeiro, daquela crença do possível para cada um. Tudo que massifica nos emburrece. A fé tem que ser crítica. Se ouvirmos nosso coração, nos tornaremos o que realmente ele nos fala silenciosamente e assim seremos nossos mestres e seguiremos a direção certa. A vida trará seus desafios que nos farão mais corajosos, compreensivos e alegres.

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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Sylvia R. Pellegrino    Sylvia R. Pellegrino é advogada e escritora. Escreve romance, contos e crônicas. Tem blogs no wordpress: Ecos da Terra, O Anjo Humano, Blog de Conto. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui.