WANDERLEY CORDEIRO, O OURO BRASILEIRO.
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Autor Rose Romero
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 9/5/2004 9:16:58 PM
Esta semana, depois de finda a Olimpíada de Atenas, o comentário geral circulou em torno do acontecimento envolvendo nosso maratonista Wanderley Cordeiro e o “louco” que quase conseguiu tirá-lo da corrida.
Todos, e principalmente os brasileiros ficaram perplexos com o acontecimento e muito mais com a atitude de Wanderley. Pois para a maioria a reação do maratonista foi inusitada senão inédita.
Eu mesma a princípio fiquei indignada e logo depois sem ação, fiquei surpresa dele voltar à corrida e ainda conseguir terminar a prova. Meus filhos indignados falavam impropérios ao agressor e se estivessem na Grécia certamente teriam tido um contato físico nada agradável com ele. Meu marido clamava por justiça e não aceitava a medalha de bronze, requerendo o ouro.
Frente a tanta atividade parei para observar nossas reações face ao episódio por inteiro e percebi claramente um micromundo na minha própria família.
É comum numa situação dessas cairmos na cilada dos opostos que não nos leva a lugar nenhum.
No caso referido, se Wanderley caísse na perplexidade, desespero, revolta muda frente á adversidade, teria desistido e não chegaria a lugar nenhum, apenas a um dos pólos que nossos instintos sempre nos levam – a passividade da vítima.
Já se tivesse se enfurecido e se deixado levar pela raiva, ódio e desejo de vingança, também teria ficado no “local do crime” resolvendo sua pendenga e não chegaria a lugar nenhum. Teria ficado paralisado no pólo oposto, na agressividade sem objetivo prático (em relação à sua meta) do injustiçado.
Mas para surpresa de todos nós ele transcendeu a pequenez, a fraqueza, o ódio, o desespero e não permitiu que nada o tirasse do seu caminho, da sua meta, do seu objetivo. Wanderley In-dignou-se com o destino que outro queria para ele e liberou o fogo (igni) interior não como raiva, mas como luz e despertou a dignidade interna, o que é digno dentro de nós, a chama crística que nos faz lutar pelos grandes ideais. E quando esta chama é acesa ela nos penetra, e a tudo e todos ao redor, por inteiro e nos mostra o que realmente somos, seres criados à imagem e semelhança de Deus. E foi dessa forma que nosso herói tupiniquim chegou ao final da corrida , com um semblante que estampava a contemplação da Graça, a experiência da bem-aventurança, contagiando todo o povo que o ovacionou reverberando em si a Força, a Vontade e o Amor que move todo verdadeiro atleta.
E como tudo na vida é perfeito, a prova da maratona e o gesto transcendente de Wanderley fecharam a Olimpíada com chave de ouro, mostrando que os deuses realmente estavam e sempre estão presentes e acessíveis dentro de nós. E que o verdadeiro poder, o ouro, emana do Espírito, não da agressividade. É suave, mas firme, determinado e perseverante, reflexivo, mas nunca apático e para nossa imensa alegria é brasileiro.
Rose Lane Romero da Rosa
Psicóloga Junguiana com atuação clínica no Rio de Janeiro
e-mail: [email protected]
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Psicóloga Junguiana, Teóloga e Facilitadora das Oficinas ArteVida de Meditação do Projeto Labirinto E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |