Sem as inquietações a vida seria um tédio

O ser humano tem em sua criação a essência da conquista. Há equilíbrio e paz na luta diária pela sobrevivência nas cidades movimentadas, isso é para ser alcançado e servir de exemplo e admiração. 

 

O ser humano, para o seu crescimento espiritual e material, precisa de um pouco de inquietação, conhecer seus limites, aprender a lidar com as tensões e tentações, ser útil, necessário, produtivo, criativo e construtivo. É um dever estar envolvido na evolução humana, cuidar do próximo e deixar o egoísmo de lado, são atitudes que nos fazem amar a vida, sem nos deixarmos abater pelo que consideramos erros e aprendendo a não julgar e não pensar que são perfeitos, por que a principal conquista está no desapego e na total liberdade do espírito. 

 

Ao nos isolarmos, estamos nos privando e até achando que somos melhores que os outros. Quando aprendemos a olhar a vida como um todo, nosso sofrimento passa a ser uma pequena fração comparada a tantas outras lições impostas pela evolução. 

 

O sofrimento não seria nada se não fôssemos tão egoístas e centrados no nosso pequeno mundo privado, se desejássemos sinceramente a felicidade do próximo, se fôssemos mais gentis, mais úteis nas diferentes sociedades em que nos dividiram, estaríamos a um passo do paraíso. 

 

Nossos sofrimentos muitas vezes são consequências dos pensamentos, das imaginações e das atitudes que tomamos em nossas vidas mesquinhas que procuramos viver. 

 

O que torna a vida apetitosa e digna de ser vivida é justamente o tempero com que a preparamos. A vida é feita com uma pitada de inquietação, inseguranças e leves incertezas sobre o amanhã, isso é a confirmação de que devemos dar o nosso melhor hoje. 

 

A diversidade de temperamentos, aptidões, inclinações, preferências, combinações, paixões e prazeres nos transforma em mágicos da vida. Por tudo que compõe a vida, reclamar e fugir dela é o maior dos pecados.

BNN

 

Texto Revisado