A IMPORTÂNCIA DAS EMOÇÕES.
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Autor Vicente Romano Mattos
Assunto Corpo e MenteAtualizado em 12/26/2008 5:01:36 PM
Ela emagreceu 102 quilos sem remédios ou cirurgia
Se você faz parte do grupo de mulheres que vive em guerra com a balança só para reduzir alguns centímetros da cintura, já sabe que emagrecer não é nada fácil. Agora, imagine perder mais de 100Kg, sem qualquer ajuda dos recursos rápidos e tentadores da medicina. Parece uma missão impossível? Não foi para a antropóloga Sílvia Bonini Regiani, de Londrina (PR).
"Foi muito dolorido, eu tinha uma relação emocional muito forte com a comida, e tiraram isso de mim, de uma só vez", conta. A antropóloga se refere a todas as questões psicológicas que envolvem a obesidade (uma doença que está longe de ser um problema apenas estético e físico). Não foi à toa que, durante o processo de emagrecimento, a autora precisou contar com a ajuda de um psiquiatra, além do endocrinologista e de um médico especialista em tireóide, diabetes e hipertensão.
A antropóloga sempre foi aquela criança gordinha que a família tanto gosta. Os familiares adoravam agradá-la com guloseimas e a incentivaram bastante a ter gosto pela comida."As pessoas herdam não somente os genes, mas o ambiente também", concorda o endocrinologista Márcio Mancini, presidente do Departamento de Obesidade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade (Abeso). "A criança internaliza os costumes de alimentação da família", explica.
"O ato de comer ativa a área da recompensa e do prazer no cérebro que, quando estimulada, faz você se sentir feliz", explica a neurologista Denise Menezes, professora do curso de Psicologia do Desenvolvimento da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). "É a mesma área estimulada com o uso de drogas ou quando se está apaixonado. Ela proporciona uma sensação de bem-estar, felicidade, plenitude."
Processo lento e difícil
Desde pequena, a maneira que Sílvia encontrou de se proteger dos olhares preconceituosos e das provocações externas foi tornar-se uma menina agressiva, isolada. E esse jeito fez com que o processo de emagrecimento se tornasse ainda mais difícil.
Ela lembra que precisou, primeiro, admitir que precisava de ajuda e começar a enxergar quem era e por que estava agredindo a si própria (descontando suas frustrações na comida, inclusive) e as pessoas ao redor. "A maior dor da minha vida foi quando descobri que ninguém iria me salvar, que eu deveria tomar uma atitude. Chorei por três dias seguidos", conta.
Buscar ajuda na terapia foi o primeiro passo para Sílvia começar a mudar suas atitudes frente à mesa e à vida. Segundo a neurologista Denise, quando o prazer de comer é uma tentativa de suprir alguma carência, a comida ingerida nunca será suficiente, porque sempre ficará a sensação de vazio. "Nesse caso, uma boa terapia ajuda a investigar qual é, afinal, a razão dessa compulsão alimentar", garante a especialista. Decifrada a mensagem, o tratamento fica mais fácil, não há mais razão para associar a comida a essa necessidade.
A volta por cima
No início do tratamento, a antropóloga não conseguia caminhar por um quarteirão sem ficar exausta. "Eu não conseguia me levantar para tomar banho de tantas dores no estômago e nas pernas. Também sofria com dores de cabeça horríveis. sem contar que me sentia pequena, humilhada", confessa.
Sua rotina, atualmente, é acordar às 5h30 para uma caminhada de 8km e controlar a alimentação, sem grandes sacrifícios: ela garante que come de tudo, menos fritura, porque passa mal.
Também continua na companhia de dança flamenca que começou a freqüentar durante o tratamento. "Vou todos os dias. E só saio de lá quando me arrancarem as pernas", brinca. "A pessoa precisa se adaptar às atividades físicas que lhe dão prazer. O importante é pensar que o que você vai ganhar com isso compensa a obrigação e rotina às quais você se impõe", ensina.
Lições de uma ex-obesa
Por entender que a luta contra a balança é mesmo bem difícil e admitir que muitas vezes pensou em desistir, Sílvia dá algumas dicas para quem quer vencer a obesidade.
- O primeiro passo é assumir o seu peso. Diga "eu tenho 180 quilos, não estou feliz e quero ser melhor";
- Não ter medo de enfrentar o processo com a ajuda de um psiquiatra. Controlar a depressão e a ansiedade é fundamental;
- Não ter medo de abrir o jogo com amigos e família para exigir respeito deles. Não tenha medo de falar o que está se passando, que você está lutando contra isso;
- Mesmo que erre, mesmo que desista em algum momento, tente recuperar as forças. Levante a cabeça e siga em frente.
Serviços
Silvia Bonini Regiani - antropóloga
Autora de Mulhersegura.com - 102 quilos a menos sem redutores de apetite e sem cirurgias, que pode ser adquirido pelo site da autora, na Livraria Porto e em breve também na Livraria Cultura
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Márcio Mancini - presidente do departamento de obesidade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia e presidente da Abeso e endocrinologista do Hospital das Clínicas da USP
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Denise Batista de Castro Menezes - neurologista e professora do curso de psicologia do desenvolvimento da PUC
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"Foi muito dolorido, eu tinha uma relação emocional muito forte com a comida, e tiraram isso de mim, de uma só vez", conta. A antropóloga se refere a todas as questões psicológicas que envolvem a obesidade (uma doença que está longe de ser um problema apenas estético e físico). Não foi à toa que, durante o processo de emagrecimento, a autora precisou contar com a ajuda de um psiquiatra, além do endocrinologista e de um médico especialista em tireóide, diabetes e hipertensão.
A antropóloga sempre foi aquela criança gordinha que a família tanto gosta. Os familiares adoravam agradá-la com guloseimas e a incentivaram bastante a ter gosto pela comida."As pessoas herdam não somente os genes, mas o ambiente também", concorda o endocrinologista Márcio Mancini, presidente do Departamento de Obesidade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade (Abeso). "A criança internaliza os costumes de alimentação da família", explica.
"O ato de comer ativa a área da recompensa e do prazer no cérebro que, quando estimulada, faz você se sentir feliz", explica a neurologista Denise Menezes, professora do curso de Psicologia do Desenvolvimento da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). "É a mesma área estimulada com o uso de drogas ou quando se está apaixonado. Ela proporciona uma sensação de bem-estar, felicidade, plenitude."
Processo lento e difícil
Desde pequena, a maneira que Sílvia encontrou de se proteger dos olhares preconceituosos e das provocações externas foi tornar-se uma menina agressiva, isolada. E esse jeito fez com que o processo de emagrecimento se tornasse ainda mais difícil.
Ela lembra que precisou, primeiro, admitir que precisava de ajuda e começar a enxergar quem era e por que estava agredindo a si própria (descontando suas frustrações na comida, inclusive) e as pessoas ao redor. "A maior dor da minha vida foi quando descobri que ninguém iria me salvar, que eu deveria tomar uma atitude. Chorei por três dias seguidos", conta.
Buscar ajuda na terapia foi o primeiro passo para Sílvia começar a mudar suas atitudes frente à mesa e à vida. Segundo a neurologista Denise, quando o prazer de comer é uma tentativa de suprir alguma carência, a comida ingerida nunca será suficiente, porque sempre ficará a sensação de vazio. "Nesse caso, uma boa terapia ajuda a investigar qual é, afinal, a razão dessa compulsão alimentar", garante a especialista. Decifrada a mensagem, o tratamento fica mais fácil, não há mais razão para associar a comida a essa necessidade.
A volta por cima
No início do tratamento, a antropóloga não conseguia caminhar por um quarteirão sem ficar exausta. "Eu não conseguia me levantar para tomar banho de tantas dores no estômago e nas pernas. Também sofria com dores de cabeça horríveis. sem contar que me sentia pequena, humilhada", confessa.
Sua rotina, atualmente, é acordar às 5h30 para uma caminhada de 8km e controlar a alimentação, sem grandes sacrifícios: ela garante que come de tudo, menos fritura, porque passa mal.
Também continua na companhia de dança flamenca que começou a freqüentar durante o tratamento. "Vou todos os dias. E só saio de lá quando me arrancarem as pernas", brinca. "A pessoa precisa se adaptar às atividades físicas que lhe dão prazer. O importante é pensar que o que você vai ganhar com isso compensa a obrigação e rotina às quais você se impõe", ensina.
Lições de uma ex-obesa
Por entender que a luta contra a balança é mesmo bem difícil e admitir que muitas vezes pensou em desistir, Sílvia dá algumas dicas para quem quer vencer a obesidade.
- O primeiro passo é assumir o seu peso. Diga "eu tenho 180 quilos, não estou feliz e quero ser melhor";
- Não ter medo de enfrentar o processo com a ajuda de um psiquiatra. Controlar a depressão e a ansiedade é fundamental;
- Não ter medo de abrir o jogo com amigos e família para exigir respeito deles. Não tenha medo de falar o que está se passando, que você está lutando contra isso;
- Mesmo que erre, mesmo que desista em algum momento, tente recuperar as forças. Levante a cabeça e siga em frente.
Serviços
Silvia Bonini Regiani - antropóloga
Autora de Mulhersegura.com - 102 quilos a menos sem redutores de apetite e sem cirurgias, que pode ser adquirido pelo site da autora, na Livraria Porto e em breve também na Livraria Cultura
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Márcio Mancini - presidente do departamento de obesidade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia e presidente da Abeso e endocrinologista do Hospital das Clínicas da USP
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Denise Batista de Castro Menezes - neurologista e professora do curso de psicologia do desenvolvimento da PUC
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Redação Terra
ARTIGO RECEBIDO DE HELOISA PEREIRA
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Massagista, Reflexologia, Acupunturista, Mestre em Reiki, trabalho com Aletiômetro. Sou facilitador da E.F.T. (Técnica de Tranformação Emocional) conhecida também como acupuntura emocional sem agulhas e ministro palestras, cursos e atendo pessoalmente com hora marcada. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Corpo e Mente clicando aqui. |