A recuperação do Dependente em Família
Atualizado dia 9/17/2008 5:40:31 PM em Corpo e Mentepor Marcos marques da silva
A co-dependência ocorre quando uma pessoa vive numa relação complementar com o outro. Considerada uma relação de complementaridade, não é saudável e, sim, patológica. No caso da dependência química ela aparece na relação com o álcool e as drogas. O co-dependente tenta controlar a vida do outro, sua dependência, seus comportamentos e atitudes compulsivas e ativas sobre o uso, sobre o qual é impotente e, assim, perde o controle sobre sua própria vida.
A co-dependência é considerada progressiva
O co-dependente desenvolve sintomas físicos, psicológicos e sociais dependendo do estado em que se encontra; portanto, devemos encarar como uma doença crônica e que exige cuidados e intensa vigilância por parte do co-dependente em grupos de auto-ajuda.
Nos grupos percebem-se como controladores compulsivos e descobrem o quanto mantêm “relacionamentos sofridos”. O co-dependente é assim, vive em prol do outro...
Estabelecendo uma relação de sujeito subordinado, tudo gira em torno do dependente e, no final das contas, um depende do outro, mantendo e sustentando essa relação patológica por muito tempo. O co-dependente torna-se prisioneiro de um único papel, que é cuidar do outro, esquecendo de si próprio.
Sua rede de relacionamentos fica restrita e perde aos poucos sua capacidade de atuar em outros papéis, ficando empobrecido de conteúdos.
Estágios da co-dependência
Inicial
Priva o dependente de aprender com experiências dolorosas, sendo que o mesmo precisa perceber que sua conduta inadequada está lhe causando perdas e danos a si e aos outros. É preciso passar pela perda, mas sem agentes facilitadores, caso contrário, o mesmo não irá mudar, ficando acomodado nessa situação.
Médio
Quando o co-dependente continua fazendo as mesmas coisas, os mesmos comportamentos e ainda com mais intensidade, mais facilitadores e mais protetores assumem as responsabilidades do dependente, sem perceber que essa conduta o torna mais irresponsável. Neste estágio o co-dependente perde o contato com o mundo fora de sua família; ambos se isolam: “o ser que cuida e o ser cuidado”.
Crônico
Consideram-se fracassados; o desespero e a culpa trazem a confusão, perdem o controle de suas vidas, adoecem, perdem o interesse total por outras atividades fora do problema e preocupações da dependência.
O co-dependente precisa aprender a desenvolver relacionamentos saudáveis e a viver um dia de cada vez e, principalmente, colocar-se em primeiro plano. Sempre.
É preciso praticar a arte do desligamento e do amor exigente. Desligamento não significa deixar de amar. Significa que "não posso fazer pelo outro aquilo que ele mesmo precisa fazer".
No tratamento de dependência química e alcoolismo os profissionais sempre orientam que os familiares podem procurar grupos para modificar condutas que facilitem ou tirem a responsabilidade de mudanças do paciente, que impedem que ele perceba o fundo de poço e a necessidade do tratamento.
O paciente precisa aceitar e ter a conscientização de sua doença sem resistência, praticando os passos da recuperação com propósitos de mudança de comportamento, crenças e atitudes, visando a busca de uma qualidade de vida.
Texto revisado por Cris
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Conteúdo desenvolvido por: Marcos marques da silva Orientação e Tratamento em Dependência Química; Palestras; Cursos; Terapias Alternativas. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Corpo e Mente clicando aqui. |